terça-feira, 16 de dezembro de 2014

INCORPORAÇÃO POR ESPÍRITOS


Incorporar em casa: características e riscos da prática

Segundo os estudos espíritas, ANIMISMO SIGNIFICA A INTERVENÇÃO DA PRÓPRIA PERSONALIDADE DO MÉDIUM NAS COMUNICAÇÕES ESPÍRITAS TENDO NESTE CASO MANIFESTADO APENAS OS SEUS PRÓPRIOS CONHECIMENTOS QUE SE ENCONTRAM LATENTES NO INCONSCIENTE. 
O fenômeno anímico ou incorporação, significa a intervenção da própria personalidade do médium nas comunicações dos espíritos desencarnados, quando ele impõe nelas algo de si mesmo à conta de mensagens transmitidas de Além-Túmulo.
Tendo neste caso manifestado apenas os seus próprios conhecimentos que se encontravam latentes no inconsciente. 
A interferência anímica inconsciente, por vezes, é tão sutil, que o médium é incapaz de perceber quando o seu pensamento interferiu ou quando é o espírito comunicante que transmite suas idéias pelo contato perispiritual.
PARTINDO PARA A PRÁTICA que tenho e das perguntas que me fazem eu vou dizer como é uma incorporação mediúnica.
Quando você está em uma casa de Umbanda por exemplo, os tambores, e a pré disposição em "receber" é maior e muita gente acha lindo. Nem todo mundo gosta de participar das giras de desenvolvimento porque já se acha pronto mas não é bem assim que funciona.
No meu entender de prática, na Umbanda "recebemos espíritos que já estiveram na Terra como encarnados e utilizam o espaço que oferecemos em nós para trabalharem em caridade pois, caso contrário (que acontece muito) ao invés de melhorar, ele piora e ainda leva o médium junto.Essa incorporação não costuma ser sutil, pelo contrário, ela depende de cantos, tambor, concentração, e algum saculejo. Muitas vezes o espírito para se "encaixar" sacode bastante mesmo em médiuns experientes.
A sensação que tenho é que eu estou ali e não estou ao mesmo tempo. Algumas coisas eu ouço e outras não. Não consigo ter controle de dança, de fala ou de gestos. Não consigo ouvir uma frase completa de consulentes e não consigo interferir na resposta. Mesmo que eu ouça a pergunta e tenha eu, pessoalmente uma resposta, não tenho nenhum domínio sobre o que estou dizendo mas, isso exige pratica.
No começo o "encaixe" é sutil, a gente balança muito, alguns chegam a quase cair, ficam sentindo a incorporação mas ela não está completa. Podem até falar, dançar e cantar mas a preparação do médium é fundamental.
Essa incorporação precisa ser testada, praticada até para o médium ter confiança de que está realmente "recebendo" um espírito.
Essa prática ficou muito avacalhada e muitas pessoas insubordinadas, fogem das giras de desenvolvimento e querem logo dar consulta principalmente com exu.
Os exus não são diabos. Eles apenas são os espíritos que estão mais próximos de nós e ainda possuem muito dos sentimentos que nutrimos como a vaidade, a sensualidade e os vícios de fumo e bebida. Isso pra eles é uma forma de estar aqui mas isso não pode exceder um certo limite. As pessoas que fingem estar com "santo" geralmente acabam bêbadas ou passando mal no fim da gira. 
Voltando ao assunto, a incorporação é bem sentida depois de praticada. Os médiuns honestos se deixam levar pela incorporação e não tentam interferir em nada.
Já o consulente inocente que se depara com um "espírito" e quer se consultar, não sabe avaliar o grau de verdade desse médium mas vou te dar umas dicas.
Primeiro vc não deve acreditar absolutamente em tudo o que te disserem. Segundo, vc se for possível, observe a vida desse médium fora do local. Pessoas com vida equilibrada e decente são médiuns mais confiáveis.
Desconfie de espetáculos onde os incorporados passam em cima de fogueiras ou caco de vidro. Quanto mais simples e humilde a casa, provavelmente vc encontrará os melhores trabalhadores. Questione as receitas de banhos e chás, pergunte para que serve, pesquise as ervas porque cada um tem afinidades espirituais com as ervas também. Existem as ervas quentes e frias e nem todas podem ir na cabeça porque ao invés de ajudar, podem atrapalhar.
No geral, tem muita gente boa trabalhando e no mesmo percentual tem os exploradores da fé. Se vc vai a uma casa que de cara te pede dinheiro para resolver seus problemas porque vai fazer um trabalho, a menos que vc esteja presente nesse trabalho, desconfie disso.
Geralmente casas de Umbanda trabalham com caridade e pra ela e normalmente não pedem nada de dinheiro. Eles costumam ter uma cantina ou outra forma de doação voluntária e é só isso.
Ao conseguir alguma graça, não fique paparicando o médium ou o espírito que te ajudou. Se vc fez alguma promessa de dar alguma coisa, cumpra e que seja só isso. Vc pode estar ajudando a despertar a vaidade do médium e até do espírito envolvido o que é ruim porque vc pode se sentir em uma dívida etern e isso não ser verdade.
Lembre-se que vc vai a uma casa espírita pedir alívio dos problemas mas nem tudo é permitido, nem tudo o que vc pede é justo ou vc merece. Então, se não conseguir o que quer não é a casa ou o espírito que pode ser ruim ou fraco. Pode estar ocorrendo outras coisas como um destino, um karma, um aprendizado ou até a lei do retorno. Tem coisas que não adianta querer então aceite conselhos, participe de correntes mas peça o que muita gente não tem coragem que é a compreensão do problema. Às vezes vc está disposto a pagar qualquer quantia ou qualquer promessa para conseguir uma coisa e até consegue mas será que isso é válido? Será que isso é justo? Será que isso vai te fazer feliz? Será que isso não vai gerar consequências ruins mais adiante? Nem sempre o que é bom pra vc é bom para o outro. Temos o direito de pedir o que for mas temos que ter ma terra fértil para que qualquer boa semente brote dela.
A lei é implacável: toda ação corresponde a uma reação então um médium ruim ou um consulente ruim vai ter coisas ruins esperando mais à frente.

A CAUSA DOS FENÔMENOS ANÍMICOS 
A causa encontra-se nas propriedades do perispírito que pode desdobrar-se e atuar fora do corpo físico. O termo Animismo vem do latim anima que quer dizer alma. Originados da própria alma do médium ou sensitivo, através do desdobramento do perispírito ou corpo espiritual. 

Um abraço.
Regina

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