domingo, 5 de julho de 2020

YEMONJÁ - HISTÓRIA

YEMONJÁ

 

É uma belíssima ninfa negra de grandes e belos seios desnudos e volumosos, aparece sempre com uma longa vestimenta da cintura para baixo, na cor azul, com um adorno em forma de coroa, chamado Akoro, mais conhecida com Adé, na cor prateada, tendo nos braços braceletes de prata e Idès. Em suas mãos um leque de prata em forma de peixe, chamado Abebè e uma espada chamada de Kupanga Omyi Benbe ou Lida, demonstrando assim, as riquezas encontradas nas águas profundas do leito do rio.

Yemonjá aparece como a esposa principal de Oxalá, é a mais jovem e preferida. Seu culto é realizado em Abéòkutá, onde encontramos seu principal templo. É divindade das águas doces e salgadas ao mesmo tempo e, em particular, é a Deusa do Rio Ogún.

Ela é considerada Mãe de: Ogún, Xangô, Oba, Oxossi e de Oxún – nascida de um caso ilícito que teve com Ifá.

Yemonjá é festejada junto com Oxún no Ipétè de Oxún.  Yemonjá é Mãe da água – Odo Iya – e também dos peixes que representam a fecundidade. As doenças em que suas filhas são punidas, por motivos de desobediência são os distúrbios menstruais, esterilidade, baixo ventre, problemas causados por umidade excessiva. A fertilidade é controlada, nas mulheres, por Yemonjá.

Ela é uma rainha majestosa, importante e bela. Representa um tipo de mulher robusta, alta, forte, sensual e fecunda.

Seu nome deriva de Yèyé omo ejá ("Mãe cujos filhos são peixes"), é o orixá dos Egbá, uma nação iorubá estabelecida outrora na região entre Ifé e Ibadan, onde existe ainda o rio Yemonjá... As guerras entre as nações Yorubás levaram os Egbá a emigrar na direção oeste, para Abeokutá, no início do século XIX.

Evidentemente, não lhes foi possível levar o rio, mas, em contrapartida, transportaram consigo os objetos sagrados e os suportes do àse da divindade O rio Ògùn que atravessa a região, tornou-se, a partir de então, a nova morada de Yemonjá. Este rio Ògùn não deve, entretanto, ser confundido com Ògún, o deus do ferro e dos ferreiros, contrariamente à opinião de numerosos que escreveram sobre o assunto no fim do século passado.

O principal templo de Yemonjá está localizado em Ibará, um bairro de Abeokutá. Os fiéis desta divindade vão todos os anos buscar a água sagrada para lavar os axés, não no rio Ògùn, mas numa fonte de um dos seus afluentes, o rio Lakaxa. Essa água é recolhida em jarras, transportada numa procissão seguida por pessoas que carregam esculturas de madeira (ère) e um conjunto de tambores. O cortejo na volta vai saudar as pessoas importantes do bairro, começando por Olúbàrà, o rei de Ibará.

Yemonjá seria a filha de Olokun, Deus em Benin, ou deusa, em Ifé, do mar. Numa das histórias ela aparece casada pela primeira vez com Orunmilá, o Senhor das Adivinhações, depois com Olofin, o Rei de Ifé. Com este último teve dez filhos, cujos nomes enigmáticos parecem corresponder a outros tantos Orixás.

Deusa das águas, mares e oceanos, esposa de Oxalá e mãe de todos os Orixás, é a manifestação da procriação, da restauração, das emoções e símbolo da fecundidade. Yemonjá: Ye-Omo-Yá_mãe de todos os peixes, que são seus filhos e estão contidos em suas estranhas de água. Está associada ao poder genitor, a interioridade, aos filhos contidos em si mesma. Seu adedé (leque) simboliza a cabeça mestra. Ela é muito bonita, vaidosa e dança com o obebé (espelhinho) e pulseiras. Em alguns mitos ela é considerada como sendo mulher de Oranyan, descendente de Odùdùwa, fundador místico de Oyo, de quem ela concebeu Sàngó (o Orixá patrono do trovão e ancestral divino da dinastia dos Alafins, reis de Oyo). Desta forma ela se vincula ao fogo, o fogo aparece como uma interação de água e ar.

Na Nigéria ela é patrona da sociedade Geledes, sociedade feminina ligada ao culto das Yamis, as feiticeiras.

No Rio de Janeiro, Santos e Porto Alegre, o culto a Yemonjá é muito intenso durante a última noite do ano, quando centenas de milhares de adeptos vão, cerca de meia noite, acender velas ao longo das praias e jogar flores e presente no mar.

No Novo Mundo, Yemonjá é uma divindade muito popular principalmente no Brasil e em Cuba. Seu axé é assentado sobre pedras marinhas e conchas, guardadas numa porcelana azul.

Conta uma das lendas que ela foi casada  pela primeira vez com Orunmilá, senhor das adivinhações, depois com Olofin, rei de Ifé, cansada de sua permanência em Ifé, fugiu em direção ao oeste. Outrora, Olokun lhe havia dado, por medida de precaução, uma garrafa contendo um preparo, pois não se sabia o que poderia acontecer amanhã, com a recomendação de quebrá-lo no chão em caso de extremo perigo. E assim Yemonjá foi instalar-se no entardecer da terra oeste. Olofin, Rei de Ifé, lançou seu exército à procura de sua mulher. Cercada, Yemonjá ao invés de se deixar prender e ser conduzida de volta a Ifé, quebrou a garrafa, segundo as instruções recebidas. O criou-se o rio na mesma hora levando-a para Okun (o oceano), lugar de residência de Olokun, seu pai.

Yemonjá seria a filha de Olokun, Deus em Benin, ou deusa, em Ifé, do mar. Numa das histórias ela aparece casada pela primeira vez com Orunmilá, o Senhor das Adivinhações, depois com Olofin, o Rei de Ifé. Com este último teve dez filhos, cujos nomes enigmáticos parecem corresponder a outros tantos Orixás.

Deusa das águas, mares e oceanos, esposa de Oxalá e mãe de todos os Orixás, é a manifestação da procriação, da restauração, das emoções e símbolo da fecundidade. Yemonjá: Ye-Omo-Yá_mãe de todos os peixes, que são seus filhos e estão contidos em suas entranhas de água. Está associada ao poder genitor, a interioridade, aos filhos contidos em si mesma. Seu adedé (leque) simboliza a cabeça mestra. Ela é muito bonita, vaidosa e dança com o obebé (espelhinho) e pulseiras. Em alguns mitos ela é considerada como sendo mulher de Oranyan, descendente de Odùdùwa, fundador místico de Oyo, de quem ela concebeu Sàngó (o Orixá patrono do trovão e ancestral divino da dinastia dos Alafins, reis de Oyo). Desta forma ela se vincula ao fogo, o fogo aparece como uma interação de água e ar.

Na Nigéria ela é patrona da sociedade Geledes, sociedade feminina ligada ao culto das Yamis, as feiticeiras.

No Rio de Janeiro, Santos e Porto Alegre, o culto a Yemonjá é muito intenso durante a última noite do ano, quando centenas de milhares de adeptos vão, cerca de meia noite, acender velas ao longo das praias e jogar flores e presente no mar.

No Novo Mundo, Yemonjá é uma divindade muito popular principalmente no Brasil e em Cuba. Seu axé é assentado sobre pedras marinhas e conchas, guardadas numa porcelana azul.

Conta uma das lendas que ela foi casada  pela primeira vez com Orunmilá, senhor das adivinhações, depois com Olofin, rei de Ifé, cansada de sua permanência em Ifé, fugiu em direção ao oeste. Outrora, Olokun lhe havia dado, por medida de precaução, uma garrafa contendo um preparo, pois não se sabia o que poderia acontecer amanhã, com a recomendação de quebrá-lo no chão em caso de extremo perigo. E assim Yemonjá foi instalar-se no entardecer da terra oeste. Olofin, Rei de Ifé, lançou seu exército à procura de sua mulher. Cercada, Yemonjá ao invés de se deixar prender e ser conduzida de volta a Ifé, quebrou a garrafa, segundo as instruções recebidas. O criou-se o rio na mesma hora levando-a para Okun (o oceano), lugar de residência de Olokun, seu pai.

Para Yemonjá, Olodumare destinou os cuidados da casa de Osalá, assim como a criação dos filhos e de todos os afazeres domésticos.
Yemonjá trabalhava e reclamava de sua condição de menos favorecida, afinal, todos os outros deuses recebiam oferendas e homenagens e ela, vivia como escrava.

         Durante muito tempo Yemonjá reclamou dessa condição e tanto falou, nos ouvidos de Osalá, que este enlouqueceu. O ori (cabeça) de Osalá não suportou a reclamação de Yemonjá.

Osalá ficou enfermo, Yemonjá deu-se conta do mal que fizera ao marido e, em poucos dias, utilizando-se de ori (banha vegetal), de omi-tutu (água fresca), de obi (fruta conhecida como nóz-de-cola), eyelé-funfun (pombos brancos) e esò (frutas) deliciosas e doces, curou Osalá.
         Osalá agradecido foi a Olodumare pedir para que deixasse a Yemonjá o poder de cuidar de todas as cabeças. Desde então ela recebe oferendas e é homenageada quando se faz o bori (ritual propiciatório à cabeça) e demais ritos à cabeça.

... Yemonja se apaixona

         Orunmilá que tinha os segredos da noite precisava ser detido com seus feitiços desenfreados. Era um dos homens mais bonitos e encantadores, tinha todas as mulheres, mas não queria nenhuma e não amava nenhuma. Osalá queria tirar a maldade e os segredos de Orunmilá mas só havia um jeito de conseguir tal feito pedindo a mulher mais bonita que o encantasse e tirasse todos os segredos dele.

         Então o povo Orisá duvidou e Osalá chamou Yemonja, que não tinha filhos, família e nenhuma, para seduzi-lo e conhecer os seus segredos.

          Osalá fez com ela um trato no qual ela só teria essas intenções e que depois voltaria para reinar ao lado dele novamente.  Yemonja foi e com o tempo eles se apaixonaram.

Yemonja e Orunmilá já não conseguiam viver longe um do outro. Ela conseguiu tirar todos os segredos e feitiços dele e eles tiveram muitos filhos Orisás.

 

QUALIDADES

 

YEYEMOWO – Fundamento com Obatalá, usa ade de pérola, veste-se azul e amarelo, verdadeira dona do Ori, qualidade em extinção. Solteirona e impositiva. Só pode ter uma na casa (iniciada).

Iemowô, na África, é a mulher de Oxalá. 

YAMASEMALE – Divindade independente, come inhames. A maternidade está relacionada a Yemonjá, embora a gravidez e o parto sejam mais junto com Oxún. Não é feita na cabeça de ninguém, apenas assenta-se e faz-se uma Iyàsesu.

Na África, Yamassê é mãe de Xangô;

 OLOSSÀ – Em extinção. É a quinta, come com Oxun e Nana. Veste verde claro e suas contas são branco cristal, come carneiro castrado na hora do sacrifício.

Olossá, a lagoa africana na qual deságuam os rios.

OGUNITA – Casada com Ogún Alakibebè, mãe de Ogún Akoro, come carneiro e todos os bichos machos, castrados na hora do sacrifício, come com Ogún seu filho nos campos e caminhos. Veste-se de azul marinho e branco cristal ou verde e branco.

Vive perto das praias, no encontro das águas com as pedras. Traz na cintura um facão e todas as ferramentas que Ogún usa, penduradas em suas vestes. Sua maior quizila é a pata.

Na África, Yemonjá Ogunté é casada com Ogum Alagbedé.

YEMONJÁ OGUNTÉ

É o orixá do rio Ogum, que corre por Oyó e Abeokuta, vem do território de Nupe, perto de Bida; também se diz que vem de Tapa, e associada com Abeokuta e Ibadán e de Shaki.

Mãe da vida, e considerada como mãe de todos os orixás.

É dona das águas e representa o mar, fonte fundamental da vida. Por isso se diz que "o santo nasce do mar".

Foi mulher de Babalú Ayé, de Aggayú, de Orula y de Ogum.

Ogunté – Veste-se de azul-claro e branco ou verde claro e branco, e vive nos arrecifes próximos da praia. É uma guerreira terrível que carrega, preso à cintura, um facão e outras armas de ferro confeccionadas por Ogun Alagbedé, seu marido.

É indomável, mas justiceira.

Vive com Ogun em campanhas de guerra. Dizem que é rancorosa, severa e violenta, que não aceita pato em seus sacrifícios e adora carneiro. Gosta de  comer galo na companhia de Ogun. Fala-se também, que Ogunté gosta que seus animais sejam castrados na hora do sacrifício.

Seu nome completo é "Yemonjá Ogunté Ogunmasomi" e, entre os ararás é conhecida como Akadume.

Está sincretizada com Nossa Senhora das Neves e gosta que seus adimús sejam regados com muito mel.

Seu nome não deve ser pronunciado por quem tenha ela assentada, sem antes tocar a terra com os dedos e leva-los aos lábios.

Uns dizem que vem da terra de Oyo; e outros, de Mina (versão de Cuba).


"Yemonjá Okuté u Okuti"  - Lá do azul celeste, esta nos arrecifes da costa.

"Porteira de Olokun". O mesmo se acha no mar, no rio, no lago, e no mato.

Geralmente por ser do monte se assenta em pedra de ametista e não em pedra do mar.

"Esta Yemonjá trabalha muito". E uma amazona terrível. O rato  pertence a ela. Como envia mensagens a seus homens e pode trasformar-se em rato pra os visitar, ela teme o cachorro.

E de caráter violento,   muito severa e não perdoa.

Vive dentro no mato virgem. E feiticeira,   experta em preparar afoxé. (pós mágicos, que se preparam com seivas de animais, usados para o bem e para o mal).

Gosta de dançar com um majá enroscado nos braços. Não gosta do pato e sim do carneiro.

São seus os corais e madrepérolas.

FLORES: Flor da água, violeta,   rosas brancas.

PERFUME: Verbena.

ANIMAIS: Carneiro, galo, pomba, galinha de Angola, tartaruga,   galinha.

Yemonjá Ogunté não come pato.

SAUDAÇÃO:   Seus filhos apóiam o corpo no chão do meio lado,  sobre o braço do lado esquerdo e direito, e saúdam-na assim: Omí o Yemayá, Omí Lateo, Omí Yalodde.

 ASAABA ou SOBÀ – É a sexta, é velha, manca da perna esquerda devido a uma luta com Exu, muito rabugenta e traiçoeira, fala de costas, fia as roupas de Oxalá e comanda as camadas profundas do mar. Foi casada com Orumilà Ifà e usa uma corrente de prata no tornozelo, come a pata e tem pavor de carneiro, come junto com Omolú, Oxún Karê e Oxalá.

Na África, ela é manca e está sempre fiando algodão.

AKURÁ – É a oitava. Vive nas espumas do mar, aparece vestida com lodo do mar e coberta de algas marinhas. Muito rica e pouco vaidosa. Adora carneiro, come com Nana, veste o verde água e contas iguais.

AYIO – É a nona. Muito velha e veste sete anáguas para proteger-se. Vive no mar e descansa na lagoa. Come com Oxún e Nana.

 

IYASAGBA – Velha, traiçoeira e rabugenta. Seu fio de cristal é verde claro. Fundamento com Xangô. Esta qualidade passeia sobre as ondas e mora nas profundezas dos oceanos.

 

IYASESU – É a sétima, jovem, é a mensageira de Olóòkun, o deus do mar. Vive nas águas sujas do mar e é muito esquecida e lenta. Come com Obaluaê e Ogún, veste verde água e suas contas são branco cristal. Come pata e carneiro castro na hora do sacrifício. Altiva e destemida.

Na África ela é muito voluntariosa e respeitável; mensageira de olokun.

 ATARAMAGBA – Jovem, próxima a Oxún, sua cor é azul turquesa, na obrigação de sete anos come porca.

YAWODO – Iyaomiodo – Deusa do Rio Ógun, é jovem.

 OLOKUN – Não tem culto específico.

 LAPAROGUN – Jovem, se veste de amarelo, branco e azul. Está ligada a Logun. Come junto com Oxún na cachoeira.

 IYAOMIKALE – Veste-se de amarelo e azul. Come junto com Oxun na cachoeira. Usa um argolão de metal do Orixá.

Vive perto das praias, no encontro das águas com as pedras. Traz na cintura um facão e todas as ferramentas que Ogún usa, penduradas em suas vestes. Sua maior quizila é a pata.

 

DETALHES DE YEMONJÁ:

Cores – branco, azul, verde-claro – azul-turquesa, rosa-claro (Iyaomiodo).

Comida – acaçá, egbo, obi, arroz, inhame, orogbo, peixes.

Dia da semana – Sábado

Data – 02 de fevereiro no Rio Vermelho – Bahia

Folhas – erva passarinho, canela de macaco, capeba, betis cheiroso, mutamba, iroko, saião, erva de bicho, colônia, condessa, graviola, erva santa luzia, lágrima de nossa senhora, pata de vaca, macassá, umbaúba, papo de peru.

O cristal representa seu poder genitor e sua interioridade.

Ileké – branco (cristal), verde-claro, azul-claro

Metal – prata, estanho, platina, ouro branco, brilhante, latão branco

Partes do corpo – cabeça

Símbolo – espada (para as guerreiras), abebe

Sacerdote – Omo Yemonjá

Toque – Barvun, Ijexá


OFÓ FÚN BIBO ORÍ

 Òrúnmìlá ní odi edún,

Mo ní odi èdún.

Òrúnmìlá ní odi èdùn okán,

Mo ní odi èdùn okàn.

Oní tí egbé eni nbá lówó, tá àbá lòwò, ò ní orí eni l’àá képè.

Oní tí egbé eni bá à nse,

Óhun rere táàbá rí ohún rere se, ò ní orí eni l’àá.

Orí mì, wá se lé gbè léhin mi.

Igba, igba, ní orògbò nso lóko

Igba, ní obì nso lóko,

Igba, igba, ní ataare nso lóko,

Igba, ajé kó wole tó mi wá,

Oògun, aísàn, ejó, wàhálà,

Ikú, àíríjé, àìrímu kó pòórá.

Tí efun bá wo inú osún ápòórá.

Kí gbogbo wàhálá mi pòórá.

Àwíse ní ti Ifá, àfòsé ní ti Òrúnmìlà.

Àbá tí Alágemo bádá ni Òrisá òkè ngbà.

Kon kon ní ewé inón njó.

Wárá, wárá, ní omodé nbo oko Èsìsí.

Ilé ogbá ònòn ò gbá ní ti àrágbá.

Gbogbo ohun tí mo so yìí,

Kí arò kó ró mò.

Àse, Àse, Àse!

 

TRADUÇÃO

ENCANTAMENTO PARA PROPICIAR A CABEÇA.

Orunmilá que fortifica os tristes,

Fortifique a mim, que estou triste.

Orunmilá que consola o coração triste,

Console meu coração que está triste.

Senhor da comunidade, aquele que é honrado e respeitado, é a cabeça de alguém cansado que implora a tua ajuda.

Senhor da comunidade fica comigo,

Que as coisas boas me encontrem e que obtenhamos coisas boas. É a cabeça de alguém cansado que implora a tua ajuda.

Minha cabeça venha defender a casa e minha retaguarda.

Que de duzentos em duzentos o orogbo cresça na floresta.

Que aos duzentos o obi cresça na floresta.

Que de duzentos em duzentos o ataré cresça na fazenda.

Que aos duzentos, a força do dinheiro entre em minha casa.

Que os feitiços, as doenças, as confusões, as aflições,

A morte, a fome e a sede não tenham lugar na minha vida.

Quando o efun entra no osun este desaparece.

Que todas as minhas aflições desapareçam.

Que a palavra de Ifá e a de Orunmilá se realizem, como uma canção.

E ao encontrarem Alaguemo, se realizem desde o alto, através dos Orixás.

A folha do fogo queima rapidamente (que minhas súplicas sejam assim realizadas)

Que haja leite com fartura para as crianças, como na fazenda de Esisi.

Que minha casa, meus caminhos e meus conhecidos se tornem grandes.

Que todos os meus pedidos desabrochem e transforme-se em realidade,

Para que, ao nascer o dia eu encontre a felicidade.

Axé, Axé, Axé!

 

ORIKI DE YEMANJÁ

Woyo, awoyo jé ile jé odo

Yemonjá a so igbo oju omam

Arubo Olokun

Feré obimrin oji fon ni taraobá

 

TRADUÇÃO

Come Yemonjá, em casa e na beira do rio,

Yemonjá que faz o mato virar milho,

Velha dona do mar

Flauta de mulher que ao amanhecer soa na corte do rei.

 

ORIKI DE YEMANJA USADO NA SANTERIA CUBANA

 

Iwo kam aiyagbá Orisá, yuló yanfé nitori gbogbo naa Orisá,

Bawo ri dagba Olodumare na agbara iwo kilodo olugba ni gbobo oni laiye iwo.

Iyami dudu dara naa Iyagba kimi yokotá nilekun,

Iyá tisó niabuku kpelu naa meje,

Aso wiwoo omo lokun gbogbo omó Orisá,

Babalorisa ati Iyalorisa nibinle durode iwo ati kunle ni lese ati fenukune,

Gbogbo awaomó iwo feri yo ati funukeji,

Jikan naa jubelo daradara, ni gbogbo naa ariyayo Orisá oni balo

Nitori omi korin, dukpe Yemonjá

 

TRADUÇÃO

Oh, Santa Rainha e mãe querida de todos os Orixás, A quem Olodumare confiou todas as águas do mundo Minha mãe, Rainha Negra e Linda que tem assento e trono sobre os mares.

Mãe que, com suas sete saias – as águas dos sete mares –

Protege a todos os filhos de Orixás, babalorixás e ialorixás aqui em nossa casa.

Todos nós, teus filhos, ajoelhamos e beijamos o chão onde pisas, 

 Na esperança de te vermos bailar a mais linda dança da festa dos Orixás.

Permita, então, que cantemos para ti, em sinal de agradecimento por tudo o que nos tem dado.

Axé.


Um abraço

Regina

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