Esse trabalho
é apenas baseado em pesquisas pela internet em função da curiosidade de saber
de qual fruto é a fava dos orixás.
A dificuldade
foi enorme em encontrar a árvore originária e o
país de origem já que algumas foram substituídas por sementes
brasileiras ou que foram trazidas para o Brasil e proliferaram.
Se alguém
quiser ajudar e corrigir algum erro, eu agradeço mas diga a fonte, mesmo que
seja o de um zelador(a) de santo.
De acordo com
a nação, podem ser usadas favas diferentes nos assentamentos ou nos trabalhos.
Como se chegou
a conclusão de que qual semente pertence a um determinado orixá?
Percebe-se que
houve muitas adaptações de favas africanas para as nativas do Brasil, quem fez
a escolha? Qual o critério?
Essas são
perguntas que eu vou ver se acho respostas.
FAVA DE ARIDAN
ORIXÁS: Exu,
Ogum, Obaluaiê, Oxum, Xangô e Oxalá, dependendo do Oro Axé.
Ela também é
usada em ritos de odu, ejé, sassanha e abô.
ARVORE: Tetrapleura tetraptera é uma espécie de
árvore originária da África Ocidental e está distribuída do Senegal à Tanzânia
a leste e de Angola e Zimbabwe a sul através dos Camarões e do Gabão.
O tronco tem
20 a 25 metros de altura e 50 a 90 cm de diâmetro. Seus frutos têm cerca de 15
cm de comprimento e quatro abas; dentro dele podemos ver que existem dois tipos
de abas: uma mais fina, que contém a semente, e a outra, um par de abas um
pouco mais grossa sem semente.
O nome mais
usado no Brasil para esta árvore é de origem yorubá: Àrìdan e foi trazida para o
Brasil pelos escravos, com a finalidade ritualística bem como farmacológica.
Seu nome em
território africano varia muito de acordo com a região e a língua local:
conhecida como Akpa, Dawo, Djaga, Esesié, Essanga sanga, Essesse, Kpwa, Ora
(Camarões); Angulu, Ekombele (República Centro-Africana); Badiok, Eyaka,
Ezibil, Kiaka (Congo); Coeso, Enkagouma, Mbaghesa, Munyegenye, Nkouarsa,
Ogagcume, Ouogueso (Gabão); Esem, Prekese (Gana), Belfou, Esehese, M'bekréhia,
Tchickboue, Tické (Costa do Marfim); Àrìdan, Apapa, Bokomake, Ebuk, Esekiseki.
Kombolo, Oshosho, Sassas (Nigéria). Mnandangao, Omuetanjula (Tanzania) Prekese
(Togo) Kappata, Mukaba, Munengenenge (Zambia).
Acredita-se
que ela tenha a capacidade de afastar malefícios e feitiços e por isso é
utilizada nos assentamentos de alguns orixás e na confecção do pó de Atin.
O fruto da
Tetrapleura tetraptera é tônico e estimulante. A casca do tronco, moída e
misturada com mel é utilizada para tratar envenenamento, as raízes são usadas
para tratar febres e malária.
É rico em
proteínas, lipídios, potássio, ferro, magnésio, fósforo e vitamina C.
O fruto é
utilizado em ensopados e servido às mulheres que deram a luz, com objetivo de
evitar as complicações do pós-parto. Pode ser utilizado para o diabetes,
repelente de insetos, cicatrização, anti envelhecimento, anti inflamatória e
analgésica ereduz a dor e alivia os sintomas da artrite e artrose.
FAVA DE IEMANJÁ
Encontrei 3 tipos de favas como de Iemanjá.
Algodão. Usa-se como fava com o algodão.
O algodão é uma fibra branca (esbranquiçada) que cresce em volta das sementes de algumas espécies do gênero Gossypium, família Malvaceae. Há muitas espécies nativas das áreas tropicais da África e Ásia.
Acredito
que este broto seja de algodão que é retirado antes de abrir e por isso seca e é usado como a fava de iemanjá.
Semente da árvore da
chuva: também conhecida como chorona (Samanea saman; Fabaceae - Mimosoiseae) é uma árvore de
grande porte comum na região amazônica e no pantanal matogrossense.
Árvore majestosa e de porte elegante, devido à singularidade das pregas mostradas pelo tronco robusto com 80 centímetros ou mais de diâmetro na altura do peito, já fora observada pelo explorador Alexander Von Humboldt em janeiro do ano de 1800 na Venezuela. É contemplada com mais frequência no pantanal mato-grossense, no nordeste mineiro e na Amazônia Ocidental, onde suas vagens doces são nutritivas e saboreadas pelo gado e pelos porcos. além disto é aproveitada em vários países, como Uganda, Madagascar e Indonésia para o sombreamento dos rebanhos e da cultura do café, do cacau e nas plantações novas da noz-moscada. É uma notável hospedeira de plantas epífitas, como samambaias, orquídeas, ripsalis, etc.
Semente de Longan ou lichia branca, também pode ser olho de dragão.
Nome científico: Euphoria longana
Nativa do sul da Ásia, é uma árvore tropical que produz frutos comestíveis cujo aspecto é o significado chinês da palavra longan: "Olho de Dragão".
OLHO DE EXU
Ormosia arborea é uma
árvore de copa frondosa e densifoliada endêmica do Brasil. O nome do gênero "Ormosia" vem do grego, ὅρμος/όrmos,
e significa colar, fazendo referência a um dos usos de suas sementes coloridas,
já o epíteto "arborea" tem a ver com suas dimensões por se tratar da
espécie de maior porte do gênero. Ela é conhecida por suas sementes
bicolores, chamativas e ornamentais que se assemelham aos olhos de caprinos e por isso a árvore é conhecida popularmente como olho-de-cabra. Outros nomes
populares mais comuns da árvore são tento, pau-ripa, angelim, arvoeiro, assacu-mirim, coroa-de-frade, coronheira, corunheira, macanaíba, pau-de-santo-inácio, pau-ripa, tento-grande e tento-macanaíba variando
de acordo com a região do país.
A Ormosia
arborea é endêmica do Brasil e tem ocorrência confirmada na região: Sudeste em todos os estados e também encontra-se
na Bahia e em Goiás;
nos biomas: Cerrado e Mata Atlântica; nas
vegetações do tipo Floresta Ombrófila. É encontrada em altitudes de
5 até 1100 metros.
Sua madeira é utilizada na confecção de móveis,
lâminas faqueadas, painéis e lambris. Sua lenha é de boa
qualidade. Suas sementes são ornamentais e usadas em artesanatos. A
árvore propicia ótimo sombreamento e é ornamental, portanto é uma espécie
interessante para arborização de avenidas e ruas. Ela é considerada planta
medicinal e é usada na medicina alternativa popular em tratamentos do sistema nervoso.
FAVA
DE OXUM
Encontrei 2 tipos de favas para a Oxum.
Carapa Procera D.C., Meliaceae, Carapa guianensis Aubl. Nome popular Andiroba, Fava-de-Oxum, Andiroba-saruba, Iandirova, Iandiroba, Carapá, Carapa e Nandiroba, no Brasil; Cachipou e Noix de Crab, na Guiana Francesa; Carapa Tree, em inglês; Carapo, na ilha de Trindade. Repelente natural.
Semente de Parinari é um gênero botânico pertencente à família chrysobalanaceae.
Tem mais de 50 espécies. Achei uma correspondente
chamada Jaraguaçaba que é uma espécie brasileira.
CARATINGUÁ, vem do tupí,
mais a etimologia ainda não foi descoberta. Também recebe o nome de fruta
ou Oití de Guará, Fruta de Ema ou Oiti de Ema.
Origem: Nativa do
cerradão ou dos campos onde o solo é bem arenoso, aparecendo nos estados de
Tocantins, Bahia, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Goiás e São
Paulo, Brasil.
FAVA DE ABERÊ:
Semente de Parinari é um gênero botânico pertencente à família
chrysobalanaceae.
Tem mais de 50 espécies. Achei uma
correspondente chamada Jaraguaçaba que é uma espécie brasileira.
ABEERE é o nome local
na Nigéria para a semente de Hunterria Umbellata.
A planta cresce na África Ocidental e pertence à família Apocy-naceae e é da fruta africana Osu cultivada no sul da Nigéria
É uma poderosa planta medicinal de uso antigo no tratamento de várias
doenças.
FAVA DE OXOSSI
Usa-se a fava de Aridan também para Oxossi.
Semente de Ayo - Caesalpinia bonduc é uma espécie de planta pertencente à família Fabaceae com uma distribuição pantropical.
A planta é uma liana, com aspecto
semelhante a uma vinha, que atinge cerca de 6 m de comprimento que se
espalha sobre a vegetação. Os turiões são recobertos por espinhos
recurvados.
Produz sementes acinzentadas
com 2 cm de diâmetro, com aspecto de nozes, que são impermeáveis
e flutuantes, capazes de permanecer durante muito tempo a flutuar, o que faz
delas favas do mar quando arrastadas pelas correntes oceânicas.
É nativo dos trópicos da África, américa, Ásia e Oceania e ocupa 49,3% do território brasileiro e
se estende através da Bolívia, Peru, Equador, Colômbia, Venezuela, Guianas.
É conhecido sob os nomes de gato olhos ou canique
cinza em Antilhas francesas, Cadoc em Reunião e Maurício e
olho apanhador em New Caledônia.
PINHA – também usada
como fava de caboclo.
O Pinus pineo, conhecido
também como pinheiro-manso,
é uma espécie de porte arbóreo que
se destaca pela sua produção de pinhas. Esta árvore, originária da
região mediterrânica, pertence à família Pinaceae e ao
género Pinus.
O pinheiro-manso é uma espécie
heliófila, muito resistente, capaz de se adaptar a solos pobres e temperaturas
elevadas. Na atualidade, distribui-se pela costa mediterrânica, desde o Sul da
Europa até à Ásia Ocidental, sendo nesta última pouco abundante.
Ainda que
seja de crescimento lento, tem uma vida muito longa.
Esta árvore cresce em bosques de
azinheiras, sobreiros e pinheiros resinosos.
(Pinus pinea) é uma espécie de pinheiro originária
do Velho Mundo, mais precisamente da região do Mediterrâneo. Desde
a pré-história, esta árvore é aproveitada como fonte de alimento, devido
aos pinhões que produz, sendo uma espécie bastante disseminada.
FAVA DE OBARÁ
Usa-se fava de
Alibé também para Obará.
O veludinho preto é uma planta nativa do Brasil, Argentina e Uruguai. Arbusto ou árvore de porte médio que forma uma copa cilíndrica ou com forma de guarda chuva quando o sol está pleno.
Nome Yorubá científico
– Luehea Grandiflora Mart., et Zucc., Tiliaceae Nome popular – Fava de Obará,
Ivitinga, Mutamba-preta, Acoita-cavalo, Ubatinga.
Espécie
bastante rústica, tem seu nome derivado de sua aplicação pelos cavaleiros,
antigamente. Galhos e folhas bastante ásperos.
Ela é da família
da Tiliaceae, e tem outros nomes
populares: envireira-do-campo, caa-abeti, ivantiji, ivitinga, mutamba-preta,
ubatinga, uvatinga, ivatinga, cacauei, vacona-do-campo, papeá-guaçu. Uso
Ritualístico: Pertencete a Ifá. Os frutos desta planta é que são utilizados nos
rituais afro-brasileiros, em trabalhos com Obará,
um dos signos de Ifá (Odú), com a finalidade de atrair riquezas.
FAVA DIVINA
Uso Ritualístico: Pertencente ao Orixá Oxum. Suas semente são utilizadas popularmente para “simpatia” em crianças para aflorar a dentição.
Schizolobium
Parahyba (Vell.) Blake, Leguminosae-Caesalpinoideae
Nome popular –
Fava Divina, Guapuruvu
FAVA DE OMOLU
Uso
Ritualístico: Pertencente ao Orixá Omolú. As favas são utilizadas em trabalhos
e assentamentos deste Orixá.
Hevea
Brasiliensis M. Arg., Euphorbiaceae Nome popular – Fava-de-omolú, Seringueira
Descrição : Da família das Euphorbiaceae. Também
conhecida como árvore-da borracha, seringueira-legítima.
A planta da
amazônia mais importante como fornecedora de borracha. A seringueira,
pertencente ao gênero Hevea, da família Euphorbiaceae, que possui a Hevea
brasiliensis (Willd. ex Adr. de Juss.) Muell.-Arg. como a espécie mais
importante do gênero. Hevea brasiliensis é uma planta de ciclo perene, de
origem tropical, cultivada e utilizada de modo extrativo, com a finalidade de
produção de borracha natural. A partir da saída de seu habitat passou a ser
cultivada em grandes monocultivos, principalmente nos países asiáticos. No
Brasil, seu cultivo obteve grande sucesso nas Regiões Sudeste, Centro Oeste, na
Bahia e mais recentemente no oeste do Paraná
Serenoa repens é uma pequena palmeira nativa da América do Norte. Trata-se
da única espécie do gênero Serenoa, pertencente à família recaceae. Também
conhecida coo Palmeira da Serra.
Nomes populares da espécie são serenoa (espanhol), sabal (francês), saw
palmetto (inglês), sägepalme (alemão).
GARRA DO DIABO
OU GARRA DE EXU
Martynia annua Martyniaceae - é uma família de plantas
angiospérmicas (plantas com flor – divisão Magnoliophyta),
pertencente à ordem Lamiales e desenvolvem desta forma embriões com
dois ou mais cotilédones. São plantas herbáceas anuais,
com raízes lenhosas e perenes. Nome popular – Garra do Diabo, Garra de Exú,
Unha de Exú.
Uso
Ritualístico: Pertencente ao Orixá Exu.
Nativa do México, América Central (ou seja, Belize, El Salvador,
Guatemala, Honduras e Nicarágua) e Caribe.
Esta família
ocorre em quatro regiões do Brasil: Nordeste – Bahia e Ceará. Já na Região
Centro-Oeste tem no Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. No Sudeste tem em Minas
Gerais e São Paulo. Na região Sul tem nos três Estados.
FAVA DE OSSAYN
Pertence aos
Orisàs Ossayn, Iyemonjà, nanã, xangô, oyá.
Encontrei 2
favas usadas para Ossayn.
ÀGBAÓ – Nome em Yorubá- Àgbaó /
Àgbamodá / Àgbawó
Nome
científico - Cecropia palmata Wild.,
Moraceae
Nome popular – Umbaúba, Imbaúba, Árvore-da-preguiça, Umbaíba, Embaúba, Baúna Considerações: Também chamada de arvore de preguiça, é uma arvore de tronco reto,oco, esgalhado a semelhança com o mamoeiro, folhas longipecioladas, duras, ásperas, esbranquiçadas por baixo, pecíolos lisos cilíndricos.
Descrição : Eficiência terapêutica comprovada pelo Ministério da Saúde. Embaúba (Cecropia peltata, Vellozo). Outros nomes: imbaúba, umbaúba, ambaíba, imbaíba, baúna, árvore da preguiça.
Planta urticácea brasileira que existe também na América Central. O fruto é oval, roxo (quase preto) com polpa doce, branca e aquosa. É medicinalmente usada nas afecções do trato respiratório. Tem ação de aumentar a força contrátil do coração, e por isto seu uso merece cuidados. É eficaz e eficientemente diurética.
Uso em Ifá; A única referência encontrada diz
respeito à espécie Musanga cecropioides R.Br., que também, pertence a família
das Moraceae, Sassanha: TAWA NI IBÀ, NI AGBAÓ TAWA NI IBÀ, NI AGBAÓ É nossa a
benção, É nossa a benção da embaúba. É nossa a benção, É nossa a benção da
embaúba.
BURITI DO
CERRADO
O buritizeiro (Mauritia flexuosa) é uma palmeira que ocorre principalmente no
Cerrado, mas também pode ser encontrada nos biomas Caatinga, Pantanal e
Amazônia. A árvore é uma espécie majestosa que habita terrenos alagáveis e
brejos. No Cerrado é encontrada com muita frequência nas veredas, onde o solo é
encharcado mesmo na estação seca. Seu fruto é o buriti, que fornece uma enorme
variedade de produtos que servem como fonte de renda fundamental para
agroextrativistas.
O buriti é
uma árvore tipicamente brasileira, também conhecida como miriti, muriti ou
palmeira-dos-brejos. Com o nome científico de mauritia flexuosa, é chamada de
árvore da vida pelos povos indígenas. Isso porque ela atende grande parte das
necessidades do ser humano, já que é uma fonte de nutrição, moradia e tem
propriedades medicinais.
ATAARE - Pimenta da costa
Nome Yorubá- Ataare
Nome popular- Pimenta da Costa Descrição:
Planta da família das anonáceas, originária do continente africano, cultivada
no nordeste brasileiro. Uso Ritualístico: Pertencente ao Orixá Ossayn.
Embora atribuída a Exu, este tipo de pimenta
tem várias utilizadas nos rituais dos Orixás, sendo utilizada no borí, nos
assentamentos de alguns Orixás, nos rituais de Ossayn e para fazer pós e ebós.
È um vegetal ambíguo, pois presta-se também para trabalhos maléficos. Todavia,
tem destaque no culto, uma vez que é prestigiado no ritual da sassanha com um
korin ewé próprio. È comumente mastigada pelos sacerdotes quando dirigem suas
súplicas e desejos aos Orixás, pois acreditam que tem o poder de purificar o
hálito.
Uso em Ifá; Verger cita dezoito trabalhos de uso medicinal, cinco relativos à gravidez e ao nascimento, dois trabalhos para os orixás e quinze trabalhos de uso benéficos (àwúre,) cinco trabalhos de uso maléfico (àbìlù) dez de proteção contra trabalhos maléficos (ìdáàbòbò,) todos com pimenta-da-costa.
Os Grãos do Paraíso ou atarè tem sido a planta nativa favorita para curandeiros africanos, que usam suas sementes para tratar doenças de tosse, dor de dente e para sarampo .
Suas sementes são utilizadas na África Ocidental
como um remédio para uma variedade de doenças como dor de estômago, diarreia e
até mesmo picada de cobra. As sementes do atarè contêm gingeróis e compostos
relacionados que podem ser úteis contra as doenças cardiovasculares, diabetes,
e inflamações.
FAVA
DE EXU E ORUMILÁ
Àyò –
Olho-de-gato
Nome em Yorubá-
Àyò
Nome científico
– Caesalpina Bonduc (L.) Roxb., Conhecida popularmente como “fava da vidência”,
a planta toda está associada a Èxù e a Orúnmìlà.
Leguminosae-Caesalpinoideae
Nome popular – Olho-de-gato, ariós, carniça, junquerionamo, silva-da-prata.
Descrição: Planta encontrada em estado espontâneo, tanto no continente africano quanto no brasil, provavelmente, porém, nativa da África. Apenas a semente é conhecida e utilizada juntamente com uma pequena pedra de rio (seixo), em jogos divinatórios, chamados de “amarração de ibo”.
Uso em Ifá; A
planta é usada nos rituais de Ifá, porém, com poucas citações.
A semente tem a mesma função oracular que nos
terreiros, ou seja, é usada na “amarração de ibô”. Outros nomes yorubá: Sáyò,
sénwò, séyò olópón.
ATIM
AKAN - Cará-moela
Nome Yorubá-
Akan
Nome
científico – Dioscorea bulbifera l., Dioscoreaceae
Nome popular – Cará-moela, cará-do-ar, cará-de-corda, cará-de-sapateiro Considerações: O Cará-do-ar é um tipo de inhame originário da África e Ásia
É uma planta
calcidiforme, trepadeira que produz batatas na sua parte aérea. Suas folhas são
cordiformes. É encontrado aqui em nosso país (Brasil), mas o seu cultivo é
feito apenas de forma doméstica nos quintais do interior. Por isto é raro
encontrá-lo no comércio em geral. Estes carás tem formato de uma moela de ave,
e por isto também é chamado de cará-moela e é consumido cozido. Pode ser
cultivada também como uma exótica planta ornamental. E na Flórida é considerada
como uma espécie invasora. Descrição : Utilizado em diversos pratos na
culinária nacional, porém mais conhecido é o arroz preparado com essa espécie,
que faz parte da dieta da população do interior, e também muito apreciado pelos
africanos.
Uso
Ritualistico:. Utilizado no preparo de um pó (atín) para boa sorte, segundo uma
formula conhecida em algumas casas de santo. “Em uma vasilha de barro nova e
seca, deposita-se um bife de carne de boi, pequeno e fino, deixa-se a carne
criar larvas, colocando-se a vasilha sobre um telhado. Quando a carne estiver
completamente seca, tritura-se até tomar a consistência de um pó. Rala-se um carámoela
e mistura-se à carne pulverizada, torra-se tudo, adiciona-se efun, peneira-se
até que obtenha um pó fino usa-se em casa e no trabalho para obter prosperidade”.
FAVA
DE ALIBÉ
Orixá Xangô
Entada pursaetha; é uma
trepadeira grande, lenhosa e trepadeira com folhas bipinadas e folíolos
pequenos e arredondados. As flores são brancas. As vagens são castanhas claras,
curvas e até 1 metro de comprimento. As sementes são 4-7 cm. largo, marrom, brilhante
e arredondado ou às vezes retangular.
É usado no tratamento de
doenças de pele, febre, abcessos, pós-parto - mialgia, terçol, inchaços
glandulares e fortes dores nas costas.
Comumente conhecido como: erva dos sonhos africanos porque é usada para se comunicar com os espíritos, feijão nicker,
feijão do mar, feijão de São Tomás.
FAVA DE OXAGUIÃ E OXALÁ
Mucuna branca
Mucunã (Mucuna pruriens) é uma planta de origem africana,
mas é encontrada em outros países tais como o Brasil, sendo conhecida por suas
propriedades afrodisíacas e na medicina popular.
A
planta é muito popular na Medicina Ayurveda, que é sem dúvida o sistema mais
antigo de medicina no mundo. O uso desta erva, nessa modalidade de medicina,
data mais de 4500 anos.
É
conhecida também como: Velvet bens, feijão veludo, feijão da Califórnia e é de
origem indiana.
PALMEIRA DE PESCOÇO
MARROM
NOME CIENTÍFICO: Dypsis lastelliana
SINONÍMIA: Neodypsis
lastelliana.
FAMÍLIA: Arecaceae.
ORIGEM: Madagascar.
Existem essas palmeiras no Brasil, Colômbia,
Equador, Guiana e Venezuela.
FAVA DE IANSÃ
Vicia faba L.
Vicia é um gênero botânico pertencente à família
Fabaceae que inclui um importante conjunto de plantas cultivadas de grande
interesse económico como as favas e diversas leguminosas forrageiras, entre as
quais as ervilhacas. O género inclui cerca de 140 espécies de fanerógramas
nativas da Europa, Ásia e África.
FAVA DE NANÃ
Baunilha (do castelhano vainilla, pequena
vagem) é uma especiaria usada como aromatizante, obtida de orquídeas do
género Vanilla, nativas do México. Originalmente cultivada pelos
povos mesoamericanos pré-colombianos, parece ter sido levada para a Europa juntamente
com o chocolate na década de 1520, pelo conquistador espanhol Hernán Cortés.
As várias subespécies
são Vanilla planifólia (sin. V. fragrans), cultivada
em Madagáscar, Reunião e outras áreas tropicais do Oceano Índico; V.
tahitensis, cultivada no Pacífico Sul; e V. pompona,
encontrada nas Índias Ocidentais,América Central e do Sul. A maior
parte da baunilha produzida no mundo é da variedade V. planifolia,
conhecida como baunilha
"Madagáscar-Bourbon", produzida numa pequena região de Madagáscar e
na Indonésia.
A Fazenda Cachoeira do Cravo, em Nestor Gomes, interior de São Mateus, no norte capixaba, é a única produtora de baunilha do Espírito Santo e uma das poucas no Brasil
BEJERECUM
É
usada também para assentamento de Ossayn, iniciação dos Iaôs e banho de abô.
Nome Científico : Xylopia aromatica (Lam.) Mart.
Nomes
Populares: Pindaíba, Biriba, Pimenta-de-negro, Pimenta-da-guiné.
Aframomum
melegueta é uma espécie de planta da família do gengibre, Zingiberaceae.
A
especiaria conhecida como grão-do-paraíso, malagueta ou pimenta-da-guiné, de
sabor pungente e apimentado, é obtida a partir das suas sementes moídas.
É
nativa da África Ocidental.
Tem
sabor apimentado e resinoso. Pode ser moída junto com o café,
Senegal (café Touba).
É
usada também para assentamento de Ossayn, iniciação dos Iaôs e banho de abô.
FAVA DE OGUM
Encontrei 2 tipos de favas, essa do Jatobá e a Fava Divina (já descrita anteriormente).
O jatobá-verdadeiro, jatobazeiro ou
apenas jatobá, ( Hymenaea courbaril) é
uma árvore da família das fabáceas. É a espécie arbórea
dominante na A espécie pode alcançar 40 metros de altura e 2 metros
de diâmetro, embora uma árvore tenha atingido 95 metros na Amazônia.
Embora a espécie seja considerada ameaçada de extinção devido
à superexploração
É considerada sagrada por povos indígenas, que
serviam os frutos antes de rituais de meditação, pois acreditavam que o fruto
trazia equilíbrio mental, e pesquisas recentes demonstraram que realmente, o
fruto pode trazer benefícios à organização mental, o fruto é rico em ferro, e é
indicado a quem sofre de anemia. A madeira do jatobá é uma das mais valiosas
entre todas as espécies do mundo. Como espécie mais amplamente distribuída
do gênero, o jatobá pode ser encontrado desde o sul do México e Antilhas até
grande parte da América do Sul, no Brasil é encontrado desde o norte a
sudeste; na Amazônia,na Caatinga, no Cerrado, na Mata Atlântica
e no Pantanal, e está sendo introduzida na China, na Costa do Marfim, na
Indonésia, no Quênia, Madagascar e em Uganda.
Das 6 variedades da espécie, 3 são endêmicas do
Brasil, a variedade Hymenaea courbaril var. stilbocarpa está
em risco de extinção, foi uma das espécies plantadas pelo Instituto
Florestal São Paulo, para conservação genética.
FAVA DE LOGUN
A Fava de Logun, conforme a imagem
parece seriguela ou a fruta Jujuba.
Há quem coloque a fava de Oxum e a de
Oxossi, mas vai de cada nação.
Penso que colocar uma fruta como fava no
assentamento poderia apodrecer. Por falta de certeza, se alguém quiser
colaborar, eu agradeço.
FAVA DE EXU
Essa foi a
foto que encontrei de fava de exu e a mais próxima que achei foi a da buchinha
do norte que é a foto seguinte.
FAVA DE ERÊ
PALMEIRA-REAL
Archontophoenix cunninghamiana (H.Wendl.) H.Wendl. & Drude
Família: Arecaceae
Divisão: Angiospermae
Origem: Austrália.
É frequentemente cultivada no Sul do Brasil.
Além dessa semente da Palmeira Real, o que é igualzinho é a semente de coentro e se alguém souber ao certo, agradeço a informação.
OROGBO
Orogbô ou orobó,
cujo nome científico é Garcinia Kola, é um fruto sagrado de origem africana,
muito utilizado nos rituais do candomblé. Pertence a família da Garcinia. É
utilizado na medicina tradicional africana, tendo indícios de ação anti-inflamatória
e antiviral com algum efeito no tratamento do Ebola.
A cola (Cola acuminata), também conhecida como ervilha-de-pombo, jero ou obi,
DANDÁ DA COSTA
A Cyperus rotundus,
mais conhecida como tiririca, ou junça, é
uma planta pequena, de rápido desenvolvimento, pertencente à
família Cyperaceae, e ao gênero Cyperus. Produz pequenos tubérculos de
alto poder regenerativo (um único tubérculo cortado pode dar origem a várias
plantas) ricos em fitormônios, sendo usado inclusive na produção de mudas de
outras plantas por estaqueamento. É uma planta de difícil controle no campo,
quer seja por controle mecânico (capinas) ou mesmo por herbicidas.
De origem indiana, e
acredita-se que a chegada dela no Brasil foi durante os tempos coloniais, pelos
navios mercantes portugueses.
OLHO DE BOI
Dioclea
grandiflora é uma planta encontrada no cerrado e na caatinga do nordeste
brasileiro, da família Fabacea.
Essa semente, que também pode ser conhecida
pelo nome de coronha e é utilizada para fazer colares, vem de uma planta de
pequeno porte chamada cientificamente de Dioclea violacea ou popularmente conhecida como cipó-de-imbiri,
coroanha, micunã, mucunã assú ou pó-de-mico.
Existem uso medicinal com o
olho de boi.
A
HISTÓRIA DAS FAVAS DOS ORIXÁS
FAVAS
Encontrei um trabalho feito por Lucas Marques (referenciado no final) que diz o seguinte:
“Aquele que entra em contato com o universo do candomblé pela
primeira vez logo percebe que ele é povoado pelas mais distintas “coisas”: são
colares, roupas, animais, plantas, pedras, instrumentos musicais, artefatos de
barro, ferro, palha, porcelanas, os mais peculiares ingredientes e até
paisagens, lugares e situações específicas. Tudo parece indicar ou pertencer a
uma ou outra força divina, por meio de um complexo sistema de organização do
cosmos.”
“...onde cada parte do universo pertence e é parte de cada
orixá; ou seja, onde a divisão mítica iorubana do universo se expandiria para
as formas, pessoas, cores, matérias, perfumes, elementos da natureza, datas,
tempos, espaços etc. Cada divindade possuiria um conjunto de materiais que a
expressa e por meio do qual ela se materializa no mundo.
”... orixás caçadores, como Exu, Ogum, Oxóssi, Ossain e
Oxumarê, por exemplo, possuem ferramentas feitas de ferro e com formas que
remetem, de uma maneira ou de outra, à caça, à guerra, à agricultura ou à mata.
Outros orixás, mais ligados às águas, possuem a prata, o ouro
ou o metal branco (latão) como matéria-prima, como Iemanjá, Oxum ou Oxalá, por
exemplo. Outros, ainda, como Xangô e Iansã, são feitos em cobre ou bronze, e
possuem como formas machados, espadas e coroas; e assim por diante... No
limite, cada entidade - em sua qualidade particular
- possui uma ferramenta específica, feita com o material característico daquele
orixá e respeitando um determinado “padrão” de cores e formas mais ou menos
variável.” (https://www.scielo.br/j/rs/a/hghGxf7Tqn9cRhhDJ9849kz/?lang=pt)
As favas fazem parte dos frutos
que compõem as oferendas rituais e constituem, o elemento essencial da comunhão
como os Deuses, no ápice dos rituais. Elas são as primícias da terra, o
símbolo de todas as benfeitorias proveniente dos Deuses que habitam debaixo da
terra por representar o sol mineral, o embrião das plantas.
As favas, na qualidade de símbolos dos mortos e de sua prosperidade,
pertencem ao grupo dos Deuses protetores.
Elas também representam os filhos-homens esperados; numerosas tradições
confirmam e explicam essa aproximação.
Dentro do cultos dos Voduns/Orixas/inkices e outros, a fava representa
e confirma a ancestralidade dos Deuses. Nesses rituais, faz-se uso tanto da
fava inteira como ralada, em forma de pó.
O pó, assim como a cinza é comparado ao sêmen, ao pólen das flores, à
posteridade. Inversamente, por vezes é signo da morte. Fazer uso da fava e do
pó da fava representa perpetuarmos nossa ancestralidade, as primícias da terra
e dos Deuses.
Todas as favas usadas nos rituais, possuem
propriedades curativas.
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