domingo, 22 de março de 2015

ODUS - DESCRIÇÃO dos 16 - ORIGINAL





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OS 16 ODUS





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Apesar de não existir Odu Negativo, a pessoa pode identificar, através do "negativo" os pontos a que está sujeito caso esteja com problemas espirituais ou de conduta na vida. LEMBRANDO que tudo pode ser mudado ou atenuado.

Este livro traz informações sobre os 16 Odus que eu pude conseguir através de curso e de Pais e Mães de santo conhecidos que forneceram seu conhecimento para que ele fosse divulgado de forma responsável e utilizável no Brasil já que existe uma diferença no culto de Ifá original africano e o brasileiro.

Sabemos que os Odus são mais de 300, mas no Brasil, usamos apenas os 16 principais na maioria dos casos e por isso, trouxe o conteúdo de apenas esses.

O jogo de búzios é um sistema divinatório que possibilita descobrir a causa de dificuldades e problemas e orienta como proceder para superar as dificuldades e resolver os problemas. Esse jogo também indica como se proteger e se prevenir das adversidades.

O jogo de búzios trabalha com 16 combinações possíveis de búzios abertos e fechados.   Durante o jogo, cada caída dos búzios indica algum dos 16 Odus.

Odu, é o conhecimento utilizado para decodificar o mistério contido no Ori de uma pessoa. Os 16 Odus contêm todas as mensagens adequadas e compatíveis com a vida, fase da vida e o tempo de cada pessoa na terra.

A divindade oracular Ioruba é chamada Ifá e também Orunmilá.

O aprendizado do jogo de Ifá deve ser aprendido em uma casa que ofereça esse aprendizado através do Pai ou da Mãe de santo.

No Brasil, costuma-se identificar os Odus de uma pessoa através do somatório da data de nascimento, mas ainda assim, é necessário que haja tempo de santo e preparo porque esse sistema de adivinhação exige responsabilidade e conhecimento por parte de quem o faz, pois é significativa a ajuda que se pode proporcionar a um consulente. No caso contrário, se uma pessoa não possui conhecimento necessário, pode confundir ou até desencadear a negatividade na vida de uma pessoa.

Uma das coisas que mais perguntam é como transformar o Odu negativo em positivo e aí eu respondo que não existe Odu Negativo, a pessoa pode identificar, através do item "negativo", os pontos a que está sujeito caso esteja com problemas espirituais ou de conduta na vida.

LEMBRANDO que tudo pode ser mudado ou atenuado.

 

            Espero que esse conhecimento traga tudo de bom para todos.

 



ODU 1-   ÒKÀNRÀ - Coragem e disputa 

 



Falam: Exu, Xangô, Oyá e Oraniyan 

Regente: Exu – Rege a laringe, cordas vocais, língua e pescoço. 

Elemento: Fogo 

O dia de sorte é segunda-feira. 

Suas cores são o vermelho, o preto e o azul. 

Corresponde ao ponto cardeal Norte – Noroeste. 

É um Odu feminino e é representado esotericamente por dois perfis humanos em uma referência inequívoca aos orixás gêmeos “Ibeyji”. 

Proibições: Os que carregam esse Odu não devem manipular cipós, comer peixes defumados ou trabalhar com a árvore sagrada “Iroko”. 

Personalidade: a pessoa regida por esse Odu na verdade, tem que ter muita ciência de como se comportar diante da vida. Existe uma tendência a ser um mau caráter, pois, além de prejudicar a própria vida, procura transformar a dos outros, sem se importar com ninguém. Provoca intrigas e separações mesmo que seja dos próprios pais, filhos ou de qualquer pessoa. As pessoas regidas por esse Odu são inquietas, independentes, desconfiadas e tristes.

A coragem é a chave do sucesso desse Odu. De forma alguma pode fazer empréstimo porque de maneira geral não consegue pagar e com isso, atrair a derrota.

Costuma-se dizer que não se deve pronunciar o nome de Okànrán, dentro de casa para não atrair problemas para a vida pessoal. 

Okànrán é o primeiro Odu e é ligado ao elemento fogo. É o Odu do movimento, do barulho, do alvoroço, de criações tumultuadas; é quente, nervoso. É um Odu muito perigoso vulgarmente falando e proporciona surpresas desagradáveis. 

Ele é composto pelos elementos de terra sobre o ar com predominância da terra o que significa a sensação de sufoco, vácuo e saturação.  

A fala humana foi introduzida por este Odu e com ela todos os idiomas existentes. 

As pessoas desse Odu não recebem qualquer reconhecimento por parte de seus semelhantes. 

São inteligentes, versáteis e passionais, com um enorme potencial para a magia. Seu temperamento explosivo faz com que raras vezes atuem com a razão.

Têm sorte nos negócios e no amor são extremamente sedutoras. São muito inconstantes e mentem com facilidade. 

É diabólico em seus objetivos. Foi criado para ser insubordinado e influenciar para que os outros também o sejam. 

É o Odu da variação das coisas, dos envolvimentos rápidos e impossíveis, explora potencialidade, investiga e procura desfazer bloqueios. 

Positivo: Quando em Ire, positivo, ele pode indicar vocação religiosa, eloquência, solução de problemas por intermédio de simples entendimento, nascimento de uma criança, nascimento de gêmeos, virilidade no homem, sexualidade na mulher, progresso ou enriquecimento repentino. Ainda no lado positivo são prósperos, amigos e excelentes empresários. Devem sempre procurar empreender em alguma coisa. 

Aspectos negativos: em Osogbo pode indicar fanatismo religioso exacerbado, injustiças, ingratidão, inquietude, abandono, lágrimas, perigo iminente e irremediável, inimigos ocultos,  alvoroço, coisas negativas em todos os sentidos ou até certo ponto. Roubos, prisão, ruína e perda total de bens e dinheiro.

A timidez também é um aspecto que prejudica as pessoas com esse Odu porque é disso que depende o seu axé. 

Nesse Odu, exu adverte que há perigo de roubos, brigas, discussões, inimizades, intrigas, perdas de qualquer tipo de negócio. Adverte que corre o risco de prisão, acidentes, feitiços com caminhos fechados e a ruína. As pessoas são vingativas, arrogantes e preguiçosas. 

Se o cliente sente dificuldade de realizar os seus negócios impedido por inimigos ou pessoas invejosas, é necessário fazer um ebó para limpar essas influências fazendo Exu trabalhar em sua defesa. 

Quando a regência for de Okàrán Meji, a pessoa é altamente complicada, mas pode ter seu caráter amenizado. 

Okànrán é tudo e é nada, de acordo com a sua vontade, é um nó, é bom e é péssimo de cada uma das coisas regidas por ele. 

A sua influência pode ser extremamente pesada e seus objetivos são bastante variáveis e a ligação dos seres na terra com ele.

Representa a magia boa e má e os maus presságios. Significa roubo, ambição, discussão, inimizade, trabalhos feitos, perdas de negócios e ruínas, susto, prisão. A pessoa sente dificuldade de realizar seus negócios, resultados de trabalhos feitos por inimigos invejosos.  As mulheres têm como ponto vulnerável o útero. 

Exu comanda este Odu e os nativos dele são desconfiados, gostam de ficar sozinhos, são muito pensativos e altamente preguiçosos. Tem uma proteção muito grande, por isso, feitiço é coisa difícil de cair sobre suas cabeças, mas em se tratando de trabalhos feitos com eguns, aí sim, são mais vulneráveis. Quando fazem algo por alguém, podem esquecer reconhecimento, pois é uma coisa que normalmente não terão. Amigos em suas vidas são coisas muito raras, pois tem dificuldades em se relacionar com as pessoas por serem Senhores da razão e da vaidade. Trabalhar só se for por conta própria, ser empregado dos outros, nem pensar! 

Presentes para ele deverão ser em locais altos, encruzilhada aberta do lado esquerdo, fazer Oriki e Oro de Exu, e tudo que se fizer para Okànrán deverá ser feito para Onan, Onitá e Odará. 

Na volta dar presente para Ayrá, Oyá e Oxalá também em lugar alto. 

Os ebós para esse cliente só poderão ser feitos por pessoas de Oyá e dos participantes não pode ter nenhum Yiaô.

Um bori é sempre bastante aconselhável para esse Ori porque é onde ele pode se acalmar e apaziguar todo o aspecto negativo da própria personalidade.

Pode-se dar oferenda para Xangô para dar segurança. Para Oyá para aumentar a capacidade de resistência e vencer o medo e para Olomió para evitar confusão mental e conflitos internos. 

Quando Okàrán se apresenta no jogo, o babalawô se levanta e manda despachar a rua com uma quartinha e a pessoa deverá passar imediatamente em um ebó. Só se dá ebó se Orunmilá permitir. 

 

História

Era um pobre peregrino que vivia migrando. Permanecia em diversos lugares, mas, depois de fazer as plantações, mandava ele embora, ficando os donos das terras com tudo o que ele tinha feito. 

Por conselho de alguém, esse homem foi um dia a casa de um Oluô, que lhe indicou um ebó (oferenda). Tendo tudo preparado, partiu o homem para a grande mata fronteiriça e, lá chegando deu início ao serviço. 

Mais tarde, ouvindo um barulho naquele lugar tão impenetrável, assustou-se.

Era Ogum, o dono dessa mata misteriosa. Chegando perto, ficou Ogum espreitando o estranho, até que este, muito amedrontado, implorou misericórdia, perguntando a Ogum se queria se servir de alguma coisa servida no ebó e que falasse sem cerimônia, pois estava tudo à sua disposição. 

Ogum aceitou tudo o que havia ali e ficou satisfeito. Perguntou, então, quem era tão perverso a ponto de mandar o peregrino para aquela paisagem impenetrável.

O homem contou todos os percalços de sua vida e Ogum, transfigurado, aterrorizado, bradou que ele pegasse o mariô e fosse marcar as casas dos seus amigos, pois ele, Ogum, iria aquela cidade à noite destruir tudo o que lá se achasse. Iria arrasar todos os haveres lá existentes, até o solo. 

Dito e feito... 

Ogum acabou com tudo, exceto as casas e os lugares que tinham sido demarcados pelo homem com a colocação de mariô em cima das portas. Tudo o que havia de riqueza ali Ogum deu para ele, tudo mesmo, conforme tinha prometido. 

 


 ODU 2. EJIOKO - a dualidade 

 



 Regente: Neste Odu falam: Ibeyji e Egbé 

Elemento: ar – Rege o órgão sexual masculino. Este Odu é composto pelo elemento terra sobre o ar com predominância da terra. 

Cores: todas aquelas derivadas do vermelho, aceitando também o negro e tudo o que for estampado com essas duas cores. Sua figuração inicial indica luminosidade e transparência 

Corresponde ao ponto cardeal Oeste-Noroeste. 

Sua árvore ritualística é o cedro, sendo o signo do tigre enfurecido. 

Personalidade: São pessoas com personalidade forte e objetivos definidos. São francos, sinceros, não aceitam falsidade, ciúmes, falta de espírito de luta e geralmente são criaturas tensas e nervosas. Não se preocupam com as lutas e sacrifícios que terão que enfrentar para conquistar o que desejam. 

Tendências para jogos, bebidas e casos amorosos. Ótimos como amigos, terríveis como inimigos. 

Pessoas com esse Odu são intuitivas, joviais, sinceras e honestas. Revelam grande combatividade, mas não sabem conviver com a derrota. Apesar de volúveis no amor, são muito ciumentas.

Podem ter progresso em dobro e gostam de viver várias coisas ao mesmo tempo. 

São pessoas alegres e felizes, possuem muita sorte, mas não chegam a ficar ricos porque não são ambiciosos e dividem tudo o que tem. São confiantes, voluntariosos, geniosos, prepotentes, exigentes e tentam impor a sua vontade. 

Dessa maneira podem adquirir inimigos declarados e ocultos, pois as pessoas desse Odu são muito invejadas e podem atrair inimigos traiçoeiros acarretando muitas demandas para vencer os obstáculos. 

Para ter sucesso precisam aprender a guardar segredo de todas as suas verdadeiras intenções porque se algo sair errado elas sofrem e fazem mexericos e criam confusões e depois se arrependem e tentam recuperar as amizades perdidas. 

Perigos: Devem controlar a obstinação e ter cuidado com a vesícula e com o fígado, seus pontos vulneráveis. 

Neste Odu, por ordem de Ofun, foi criada a terra e por esse motivo é um signo ligado à abundância e à riqueza. Foi este signo que criou as montanhas e é também um dos Odus gêmeos (Ibeyji). 

É um Odu feminino representado por um feto dentro do útero, referência inequívoca à sua influência sobre o estado de gravidez. 

Ejiokô é um Odu cuja criação é de calma aparente, carrega consigo a dúvida e a incerteza, o pensamento indefinido. Foi criado para duvidar e fazer duvidar de tudo o que existe.  É o Odu do questionamento que discute boas e más formas de comportamento dos seres vivos. A Ejiokô é atribuída à discussão sobre a melhor forma de proceder e sobre a forma que algo terá, se for grande, pequeno, largo, estreito, forte e fraco. 

Ele rege as cabeças humanas e de alguns animais, vegetais, como por exemplo, pássaros, ervas de rápida metamorfose, e entre elas outras coisas. 

É um Odu ligado às “Kennesis” espíritos feiticeiros femininos. É muito temido pelas mulheres grávidas pelo seu poder de provocar partos prematuros. 

Positivo: Este Odu é do encontro a dois, casamento ou convivência conjugal, tendência para grandes triunfos, felicidade inesperada, produtividade profissional, expansão nos relacionamentos, parcerias pessoais e profissionais. sucesso de empresa. 

Evoluir é a grande obra. 

Ejiokô pode indicar atitudes puras e inocentes. Revela sensibilidade artística, dignidade, evolução material e espiritual. Conquista de posições elevadas, vitórias e honrarias. Este Odu significa muita curiosidade, surpresas boas, notícias e gravidez. Traz amor, amizade, saúde, etc...

 


 

Negativo: Possibilidade de aborto ou parto prematuro, inveja de terceiros, atraso de vida por olho grande, trabalho de feitiçaria feito contra o consulente, melancolia, perdição no amor, separação da família (principalmente da mãe), frigidez nas mulheres, impotência para os homens, inimigos ocultos. Sofrem por doenças, amores não correspondidos e tem personalidade instável. Indica que a mulher trai o marido, assinala inversão sexual e aponta enfermidades e bruxarias por comida ou bebida. Também pode indicar dificuldade, mal entendido, inquietação, rivalidades, briga entre pessoas da família. Propiciam grandes ilusões, inimigos ocultos que impedem o progresso e poderá também perder tudo se estiver negativo. Indicam grandes confusões, prisão, brigas, complicações com a justiça e crimes. 

Oferendas: Dar o presente na mata perto de um riacho limpo, ou em um jardim e ao voltar, dar canjica nos pés de Oxalá com 22 acaçás em cima. Abrir o 1 Obi branco e, ao dar aláfia, comer um pedacinho e colocar em posição de aláfia por cima da canjica. 

Por ser um Odu com características infantis, pode ser agradado em praças, jardins e parques com doces, brinquedos, e tudo o que uma criança gostaria de ganhar como doces do tipo de aniversário, balas e etc.

Qualquer ebó para a prosperidade é bem vindo. Se a pessoa tiver uma companheira (o) ou sócio, o aconselhável é os dois fazerem o ebó.

Ritual de Sará que é confraternizar com as pessoas com uma refeição. Chamar os amigos para comer em sua casa é muito favorável. 

Ejiokô é um Odu que tem uma característica ligada às forças das águas. Os melhores rituais feitos para ele, devem ser à beira de um lago, um rio ou de uma cachoeira. 

Os ebós desse Odu devem ser perguntados a Orunmilá e se não for permitido verificar se tem que fazer ebó de Exu, Egun ou Iku. 

Sempre que esse Odu aparecer numa consulta, o adivinho deve tocar o solo com a ponta dos dedos e roçar de leve seu próprio peito pronunciando Ilero ou Lelo como fora de saudação. 

Obs.: esse Odu só tem ebó se aparecer nas 3 posições e o ebó será entregue na beira de riacho limpo. 

 

História: 

Dizem às histórias que havia diversos príncipes que disputavam o poder. Também havia outros fidalgos oriundos de diversas cidades. Entre estes, havia tela-okô, que era desprovido de todos os meios de subsistência. 

E lá um dia, enquanto roçava, bem no lugar onde havia colocado o ebó que ele tinha feito conforme a maneira decretada, tela-okô bateu com a enxada num forno enorme, que se abriu, causando-lhe grande espanto. Chamou os companheiros que estavam mais afastados, dizendo que tinha afundado no buraco da riqueza. 

Mas, em seguida, tendo ele reconhecido ser deveras um verdadeiro tesouro da fortuna o que encontrara, mudou repentinamente, dizendo que o que tinha encontrado era apenas um buraco cheio de orobôs, e que estes eram tão alvos que parecia tratar-se de moedas. 

Claro que através deste caminho de Odu entende-se que jamais devemos revelar de onde provem nossas riquezas e nem o tanto que temos, a fim de evitar invejosos, perseguidores e ladrões. 

 


 

3. OGBÈYÓNÚ - a perseverança e a obstinação 

 



Regente: Exu e Ossain

Elemento: terra – Rege as doenças de pele, furúnculos, varíola, erisipela e obsessões. É um Odu com elementos do fogo sobre o ar, com predominância do primeiro. 

Proibições: Devem evitar beber bebida alcoólica, comer inhame, manga espada e galo, e não devem transportar armas brancas e de fogo. Geralmente vivem perturbadas, e estão sujeitos à destruição e morte na família, demandas e trabalhos feitos no cemitério e outros locais negativos. 

Os regidos por este signo não podem comer carne de galo, fruta pão e inhame. Proíbe-se também o consumo de bebidas alcoólicas e devem prevenir-se de acidentes e atos de violência que podem lhe custar à vida ou mesmo prejudicar-lhe a saúde para sempre. 

Nesse Odu nasceram as 7 ferramentas de Ogum. As pessoas regidas por ele não podem trabalhar com feitiços de Egun, embora possam fazê-los através de Ossanhe. 

O dia de sorte é a terça-feira; 

Cor: azulão ou verde escuro 

As ervas desse signo são o peregun e a mirra e ambas tem propriedades afrodisíacas. 

Seus pontos vulneráveis são os rins, as pernas e os braços. 

Pedra é a safira. 

Positivo: são corajosos e usam muito a razão e podem receber herança. 

Se a pessoa está lutando com dificuldades para realizar um grande projeto, precisa manter a calma, caso contrário sofrerá as consequências e prejuízos. Cuidado com as doenças e as decepções. Este Odu fala em prisão, brigas, papéis, casos de justiça, mas haverá vitória nos maiores obstáculos apenas usando a razão. 

Em geral os seus esforços são recompensados e costumam vencer na política e conseguem obter grandes lucros nos negócios, particularmente nas atividades agrícolas, mas estão muito propensos a sofrer desilusões no amor e traições dos amigos. Emocionalmente inconstantes, estão sujeitas a ter problemas espirituais e físicos, embora na maioria dos casos consigam se recuperar com facilidade de qualquer doença. 

É um Odu conhecido pela obstinação, pela luta, pela agitação, pela adoração ao vitorioso, pela aplicação prática da criatividade, pela dedicação ao trabalho, pela capacidade de produção e realização. 

É considerado um signo perigoso e comanda a virilidade, os testículos, a ereção, o esperma e determina, até certo ponto, os hábitos sexuais e as doenças venéreas. 

Foi sobre este signo que Xangô desceu a Terra, segundo alguns, Heviosso, Bokono e Gu (Ogum) possuem origens idênticas e a diferença reside apenas em suas manifestações. Sob a regência desse signo e por ordem de Xangô, Obaluaê sentou-se numa pedra e adquiriu o dom da adivinhação o que o levou a reinar em Akará. 

Na discussão nasce à tragédia por isso tome cuidado porque este Odu indica muitas brigas em família, traições, descrenças, desordem, acusação, desastre, desacordo e rivalidade. Todos que tem este Odu devem se cuidar se ele estiver negativo, pois estará sempre trazendo dificuldade nos negócios, nos trabalhos e também nos envolvimentos com a justiça, com situações bem difíceis, bem desagradáveis para resolver, mas estando positivo em pouco tempo poderá mudar e ter ajuda inesperada. Com esforço terá lucro e com razão vencerá todos os obstáculos. Ogum fala nesse Odu, que representa a espada da lei e é o senhor da batalha. Consulte suas forças para não recuar e destruir os obstáculos e o mau com o mau e sim com o bem. 

Não tem tolerância com burrice e pouco compreende as limitações e diferenças entre as pessoas. 

Pode indicar desmascaramento de pessoas que vem agindo com falsidade, descoberta de uma traição, vitória sobre inimigos, vitória assegurada em todos os sentidos, vigor físico, virilidade, nascimento de uma criança, sobrevivência de uma situação de extremo perigo. Ogum se apresenta com toda a força da lei e da espada como justiceiro e no positivo ele esclarece sobre como encontrar forças necessárias para enfrentar o que virá. Se houver situações desagradáveis não recuar diante de nada. Não agir com impulsos de maldade e sim com esperteza, sabedoria e muita calma. 

Negativo: Traz sempre perdas, separações e brigas. É sempre sinônimo de cortes bruscos e quase sempre indica envolvimento com a polícia. Deverá ter cuidado com acidentes em rua, estradas e doenças graves e decepções. 

Traz também paixão por amor impossível e sonhos impossíveis de se realizar.

Não é aconselhável assinar papéis sem a presença ou orientação de advogado, pois tendem a fazer besteira e ter prejuízos. Causam desordem, favorecimento para zangas, acusação e desastre. A pessoa deve ficar em alerta para as indicações de dificuldades com alguns prejuízos e graves consequências e fracassos nos grandes projetos. 

Violência imposta ou obtida, corrupção moral, toxicomania, alcoolismo, falta de escrúpulo, guerras, disputas acirradas que acabam em desenlaces violentos, acidente, morte violenta, perigo em viagens, inversões e perversões sexuais, traição, morte por envenenamento e falha na conduta moral. Quando isso acontece, é preciso que o consulente tenha muita calma e paciência, pois esse é um Carma imposto por este Odu, e nesse momento, este deverá agir com prudência e, acima de tudo com justiça. Não deve depositar confiança demasiada em certos amigos porque no meio deles poderá ter um traidor ou um falso amigo. 

Ogbèyónú é a definição das situações vitoriosas. Ele é atribuído exatamente a isso, à vitória, a discussão, o trabalho solitário ou em conjunto, a definição das coisas. Ele rege o trabalho, a confecção de qualquer coisa e além de muitas cabeças, regem as árvores frondosas, animais poderosos como o tigre e o leão. 

 Os nascidos sobre este Odu são pessoas conscientes que sem força de vontade não obterão sucesso (pois lutam a vida inteira pelos seus objetivos). Vivem passando por cortes, separações e traições. Cansam de lutar, desistem rapidamente dos seus intentos. Tem que tomar muito cuidado com as pragas que rogam, pois pegam horrivelmente. É bom lembrar que Olodumarê não dorme, portanto, tendem a proferir boas palavras no lugar das pragas. Seus nativos devem se dedicar muito ao culto de Orixás, para que tenham uma vida com poucas atribulações e alcancem sucesso. 

Esse signo fala de construção de casa, é o Odu da casa própria. Se a casa estiver em mau estado, tem que ser reformada para afastar Osogbo (negatividade). 

O regido por este signo só terá bons lucros e bons resultados através de seus esforços e sacrifícios, pois o homem regido por este Odu é muito viril, sério e organizado. A mulher tem muita fertilidade, mas não é sensual. Tanto um quanto o outro, são radicais do tipo “dente por dente e olho por olho”. 

Obrigações: Tratar com banho de folhas de Iroko. 

Esse Odu tem ligação com Obará e por isso quando presentear Ogundá presenteia-se também a Obará e a Ejilaseborá e o presente deverá ser em forma de triângulo. 

Ebós para esse Odu devem ser no mato e no alto.

Ebó de Exu e obrigação para Ossain são muito bons. 

 

História: 

Dizem ter existido um senhor que, depois de ter estado muito bem, ficara num estado tão precário que, devido à extrema miséria em que se achava, viu-se forçado a procurar todos os meios para não pôs termo à própria existência, mas, tendo feito o que lhe determinaram fazer e tendo esperado a melhoria das suas coisas da vida sem ter algum resultado benéfico, foi-se para o mato com uma corda, a fim de se enforcar. 

Foi quando, de súbito, viu um pobre leproso que estava pelejando para botar a água de um igbim (caramujo) na cabeça. O homem que estava prestes a cometer a ação de suicidar-se, com grande admiração e louvor, levantou as mãos para o céu, agradecendo a Olorum (deus). Ele, que se julgava muito melhor do que aquele indigente leproso em semelhante estado de saúde voltou para casa bastante satisfeito e confortado com o que vira. 

Em pouco tempo, foi chamado para ocupar o trono de seu pai, que falecera.

Nessa ocasião, não se esqueceu daquele leproso que estava ali abandonado.

Assim que foi levado ao trono, mandou buscar o seu companheiro de infortúnio naquele mau dia. Assim, ficaram ambos bem. 

  


   

4. ÌROSÙN - a tranquilidade

 




 Regente: Ogum 

Elemento: terra – Rege os seios, cabeça e ventre. É um Odu masculino, representado esotericamente por uma espiral, ou por dois círculos concêntricos, representação de um “DO” (buraco ou cavidade). 

Cores: vermelho e o laranja 

Este Odu corresponde ao ponto cardeal Nordeste. 

Personalidade: audacioso, colérico, decidido e autoritário. As pessoas desse Odu costumam apresentar olhos vermelhos e lacrimejantes. 

Órgãos em que atua: coração, artérias, coordenação motora, visão, intestino, coluna vertebral e sistema circulatório. 

Proibições: Ìrosùn proíbe a seus filhos: O uso de roupas e objetos vermelhos, as frutas e cereais de cor vermelha, relacionamento sexual com filhos de Omolu ou de Xangô, envolvimento em brigas, discussões ou questões judiciais (das quais saem sempre perdedores). A carne de galo precisa ser evitada e não deve comunicar a ninguém seus planos, sob pena de não vê-los realizado. Não podem roer ou chupar ossos de animais, principalmente da cabeça. Saltar sobre valas, buracos, fossas e caminhar por locais onde existam mangues e, se isto for inevitável, devem fazer limpezas de corpo com ovos e velas. Terminantemente proibido o porte de punhais ou facas. 

Elemento: Fogo sobre a terra, o que indica escassez, parcimônia, insuficiência de recursos para atingir os objetivos. 

Cuidados: Precisam cuidar da alimentação, pois seu ponto vulnerável é o estomago. 

Foi esse Odu quem criou as catacumbas e as sepulturas. Todo mundo que tem o Odu quatro na cabeça traz caminho de Abicu. São pessoas que tem a cabeça perigosa, são pessoas que tem que procurar saber o que tem que fazer. 

São generosas, sinceras, sensíveis, intuitivas e místicas. Têm grande habilidade manual e podem alcançar sucesso na área de vendas. Entre os aspectos negativos estão à tendência a sofrer traições amorosas e a propensão a acidentes.

Muitas vezes são vítimas de calúnias e da perseguição dos seus inimigos. 

Quando positivo, traz brilhante futuro, e uma essência que emana sua riqueza e sua potência. 

Este Odu é o quarto no jogo de búzios (Oyó Ifá) e o quinto na ordem de chegada ao sistema de Ifá (Opele Ifá), onde é conhecido pelo mesmo nome. Fala de casos amorosos com separação, maldade, miséria, problemas de egum (antepassados), fala de Abicu, diz que se não tratado, a vida de seus Omos (filhos) não caminha. 

A fecundação deste Odu: Obatalá (rei do pano branco) pediu auxílio à Isele que uma vez mandou que raspasse uma madeira de cor avermelhada para retirar um pó de nome Ossum. Pediu que cravasse na ponta de cada lança uma cabaça grande. Colocar dentro de cada uma das cabaças um pouco daquele pó com pedaços de pano vermelho e quatro argolas de cobre, assim nasceu o Odu Ìrosùn, nascido, porém sem pecado original, sem ato sexual. 

Positivo: O lado positivo deste Odu pode indicar: vitória pelo esforço despendido, conformação, trabalho que surge, início de uma nova empresa, peregrinação religiosa, conquista de bens de pouco valor, mas que irão trazer satisfação, obtenção de recursos suficientes para satisfazer as necessidades, sorte no jogo, alegrias em ambiente familiar, uma paixão repentina, futuro brilhante. 

Negativo: O lado negativo pode indicar ofensas, calúnias, perigo de acidentes, derramamento de sangue, homem que deve ser evitado, mulher perigosa e faladeira, notícias ruins, doenças em casa ou na família, recursos insuficientes. 

É o Odu da imaginação, do choro, da dificuldade na vida. São pessoas que não podem perder, porque quando perdem custam a se recuperar. São pessoas com cargo de santo e que possuem características que trazem problemas espirituais, são muito teimosos e ficam muito em dúvida quando tem que tomar uma decisão séria porque são indecisas, inseguras e tudo o que começam a fazer, param sem chegar ao seu objetivo. Estão sujeitos à traição, difamação, calúnia e ciladas armadas. 

Este Odu carrega muita falsidade: há falsidade dentro da própria família, dentro de casa, e é cercado de falsos amigos, ingratidão e indiferença. É necessário ter cuidado com a saúde, pois são sujeitos a doenças passageiras, problemas nos olhos que poderá vir em acidente com recuperação muito difícil. Pessoas deste Odu deverão ter muito cuidado com feitiços que poderão deixa-lo no leito para o resto da vida. É muito perigoso mexer numa pessoa que tem Iorossum na cabeça, por que elas têm caminho de abicu e por terem cargo de santo. As pessoas deste Odu não podem errar, pois se errarem, o erro pode ser fatal. São pessoas muito protegidas por Xangô e Oxalá.

Em razão do carma imposto por esse Odu em sua fase negativa que traz influências desagradáveis e causa, principalmente ao consulente, ou a quem é regido por ele, um círculo de falsos amigos. 

Este Odu tem grandes poderes de sabedoria em sua fase positiva e propicia caminhos fechados, porém nem todos os problemas poderão ser totalmente resolvidos, mas poderão ser aliviados. Ìrosùn rege todos os buracos de terra, comanda também todos os metais vermelhos como o cobre, o bronze, o ouro, etc...

Prenuncia acidentes, miséria, fraudes, sofrimento, ambição e impetuosidade. Ìrosùn é muito forte e temido. Expressa a ideia de maldade, miséria e sangue.

 



 

Os filhos deste Odu são predestinados a adquirirem conhecimento dentro do culto a Ifá, para que não pereçam precocemente. São pessoas orgulhosas, animadas, exaltadas, realizadoras, muito agressivas e que se deixam dominar pela cólera com muita facilidade. É um Odu de prenúncios medianos, que fala do bem e do mal com a mesma intensidade, geralmente é mão aberta e não suportam ver as pessoas chorando miséria. São gratos e gostam de ajudar. São pessoas espalhafatosas, se atraem pelo oculto, pelo mistério, pelo misticismo, porém estão sempre ligadas ou junto à eguns. 

Esse Odu traz imaginação choro, dificuldade na vida, peregrinação, prevenção, cautela e futuro brilhante. 

A ligação com o orixá Oxum é devida a relação com o sangue menstrual (símbolo da fertilidade feminina) representado pelo “akodidé”. 

As pessoas desse Odu devem sempre cuidar de Exu e de Oxum. 

Obs.: O elemento principal do ebó de Ìrosùn é uma corda de sisal de tamanho equivalente a quatro palmos da mão esquerda do consulente. 

Sempre que surgir numa consulta deve-se imediatamente passar pó de Efun nas pálpebras, por três vezes, para neutralizar, os malefícios da cor vermelha são retirados através da proteção da cor branca (Efun). 

Agrado mensal: 4 acaçás, 4 velas, 4 bolas de farinha, 4 ovos e 4 moedas corrente. Ao entregar, mencionar tão somente o nome do Odu Iorossum. 

Catalisador energético: usar um cristal de citrino amarelo.

Defuma-se com alecrim, pó de café e sementes de girassol. Banhar-se com flor de laranjeira e alecrim. 

Ebó de Ogum e oferenda para Ogum para tornar a vida do consulente mais ativa e evitar acidentes e fatalidades. Ebó de Exu para fortalecer as virtudes

Também se recomenda atos de generosidade. Quanto mais generoso, mais recebe. 

 

História: 

“Provérbio de Ifá”: “Se um pássaro capturar um Alaxa (espécie de verme provido de pele espinhosa e urticante) deve adaptar ao bico, uma pinça de ferro”. Isto quer dizer: Alguém que quer o mal do consulente verá este mal se virar contra si. 

Em certo tempo um homem que se achava em situação tão precária e em tal aperto, que não via de lado algum qualquer milagre que pudesse salvá-lo. 

Ele resolveu ir até a casa de um Oluô fazer o ebó (oferenda) indicado. 

Feito tudo, lá se foi ele para um lugar reservado, acendeu o fogo, em seguida colocou as pimentas maduras no lume e pôs-se a receber fumaça nos olhos. 

Em um dado momento, ia passando um príncipe reinante e herdeiro do trono.

Observando aquela cena de sofrimento espontâneo, admirou-se do tal sujeito, que, no dizer dele, estava procurando o meio mais curto possível para pôr termo à existência. O príncipe, condoído com aquilo, o fez chegar aos seus pés e indagou dele o que havia ou o que queria dizer aquilo. Sem demora, o homem historiou a razão daquele ato de castigar a si próprio. Tratava-se de compromissos inadiáveis, que ele não podia cumprir. Disse o príncipe que, tendo pena dele, não consentiria tal cena. Também sem hesitação, o príncipe mandou-lhe uma verdadeira fortuna, com o qual o homem poderia viver toda a sua vida, sem o menor vexame. 

 


 

5. ÒSÉ - a fama 

 



 Falam: Oxum e Logun-Edé 

Elemento: Água – Regem os olhos, coração, quebranto, olho grande. 

Elementos ar sobre o ar o que representa uma dispersão súbita, a impotência diante de um obstáculo e o surgimento de obstáculos. 

Corresponde ao ponto cardeal Noroeste e suas cores são irisadas, matizadas, insípidas. Não tem preferência por nenhuma cor específica, mas exige que lhe sejam apresentadas 3 cores diferentes e reunidas, não importando quais sejam elas. 

Seus pontos vulneráveis são o aparelho digestivo e o sistema hormonal. 

Osé é um Odu masculino, e é representado por uma lua crescente com as pontas viradas para baixo. 

Proibições: Os filhos desse Odu não podem comer Obi de mais de 2 gomos e o Banja, que por sua dureza, não pode ser aberto com as mãos. Roupas demasiadamente colorida (principalmente mistura de três cores) não devem ser usadas por seus nativos, assim como não podem comer galinha d’angola, galo e devem ter muito cuidado ao dirigir veículos motorizados. 

Esse Odu traz: Ofensa, trabalho, necessidade, miséria, luta, oratória, início de empresa. 

Impedimentos: tudo o que for impedido a Sakpatá. 

O Odu Oxê é o Odu da fertilidade, da paz, do amor, da prosperidade para os seus filhos. Ele foi gerado com cinco espelhos, um grande pano amarelo e uma bandeira branca na beira de um rio. Ali foi concebido sem pecado original da própria natureza.

Desta concepção, nasceu a Oxum Igimum que é a Oxum mais velha de todas e dali se deu o grande encanto a todos os caminhos de Odu, porque Oxê é a própria feitiçaria. 

Personalidade: Os regidos por este signo gostam dos prazeres, são prosas e convencidos, ambiciosos, perseverantes e complicados no amor. Pensam em grandes lucros e quase sempre são impetuosos na maneira de agir e com isso perdem grandes oportunidades, pois sempre haverá um inimigo oculto tentando, com grandes esforços, derrota-los, porém no fim, elas conseguem sair vitoriosas das batalhas e, em pouco tempo se reequilibram, obtendo lucros e realizando seus desejos. 

São pessoas quase sempre calmas, choram muito, e que se preocupam mais com a dor dos outros do que com a sua própria, depois é que vem a traição e o desprezo. A pessoa ajuda, ajuda, ajuda, depois vem àquela malvadeza em cima, porque os ajudados não reconhecem nada. Cuidado. Pense em si. Cuidado com ilusões amorosas, vinganças e problemas de barriga, no baixo ventre também. 

Se souberem se tratar espiritualmente, conseguirão tudo o que querem e almejam. São pessoas vaidosas e que gostam do grande mistério do ocultismo e normalmente tem o poder da feitiçaria, da palavra e de se comunicar com as pessoas. 

Uma das principais características do Odu Oxê é a capacidade de transformação que este Odu traz. 

A palavra evoca, em Yorubá, a ideia de partir, quebrar, separar em dois, o nome é desagradável. Acredita-se que este Odu teria cometido incesto (LÓ) com sua mãe Ofun Meji e por isso, foi separado dos outros signos. Ele tem realmente o poder de partir em dois qualquer objeto que desejar. 

Ele comanda tudo o que é quebradiço, quebrado, mal cheiroso, decomposto, putrefato. Todas as articulações e juntas provém deste Odu e ele representa inúmeras doenças, notadamente os abscessos. Ele é a própria representação de Sakpata (a varíola) e está intimamente ligado às “kennesis”, tratando-se, portanto, de um Odu muito perigoso. 

Positivo (Ire): recuperação de coisas perdidas, enriquecimento súbito, cura de uma doença, capacidade e engenhosidade. Esse Odu traz grande intuição que deve ser seguida. 

São pessoas que geralmente tem grandes lucros, tem cargo de santo e são também pessoas muito vingativas, às vezes não costumam se dar muito bem na vida amorosa, são pessoas que gostam de liberdade e sonham demais e viajam na maionese, estão sempre sonhando com coisas que às vezes nunca irão acontecer. 

É um Odu das grandes causas e propõe defender o consulente em todos os aspectos. Ele determina o fim do sofrimento, traz grandes triunfos e cargos. O consulente terá grandes chances de se envolver com grandes personalidades. É ainda uma pessoa envolvida com mistérios. Indica mediunidade, bom caráter, cargo de chefia na casa de santo e no trabalho. Quando ele está positivo, ele pode transformar qualquer situação ruim ou negativa, em algo bom. É um Odu famoso por resolver questões de transformação na vida material, assim também na área do amor, pois é muito positivo e são excelentes amantes, ótimos cozinheiros e amam a limpeza. 

 



 Quando ele está muito bom, ele realmente transforma, ele vira para melhor a vida da pessoa, porém quando negativo ele tem esse efeito contrário. 

É um Odu grandemente ligado ao Orixá cabeça, ao plano mental, e as pessoas desse Odu normalmente são pessoas sensuais com grande sensibilidade até mesmo para a área da arte e também possuem uma grande inteligência. 

Devem procurar conhecer e tratar muito bem da ancestralidade, de antepassados, de egungum, Iyámi, e é justamente através dessas forças que ele pode transformar para melhor ou para pior a vida ou a situação de alguém. 

Os nativos desse Odu são pessoas carismáticas, de exótica beleza e algumas vezes se torna irresistível. São líderes natos. Adoram tudo que é ligado à beleza e normalmente são limpos e caprichosos em tudo o que fazem. Amam profundamente, mas vivem em lutas amorosas e financeiras. Não sabem agir e perdem grandes oportunidades. Adoram a família, principalmente os filhos. Estão sempre prontos a colaborar. 

Pessoas com esse Odu têm mão de magia, força e proteção espiritual, religiosidade e uma inclinação especial para o misticismo e as ciências ocultas. São ótimos professores e se destacam em qualquer atividade que exija liderança, mas precisam aprender a controlar sua vaidade e seu egocentrismo. 

Negativo: perdas de todos os tipos, desperdícios, evasão de energias físicas, falsidade, cirurgia e doenças principalmente na barriga, morte ocasionada por doença, traição e prantos. 

Quando este Odu está no aspecto negativo ele traz muita degeneração, transforma as coisas para o lado ruim e as pessoas vão perdendo, perdendo, perdendo cada vez mais, até ficar numa situação muito difícil. Costumam ter problemas profundos ligados ao abdômen, não são muito sinceros e são dissimulados, então é um Odu de grandes extremos. Seus inimigos ocultos impedem que seus esforços sejam bem recompensados, contudo espera sempre vencer. Normalmente (tratando de santo) são vencedoras. Se por qualquer motivo são contrariados, em primeiro lugar vem o choro e depois, aguardam uma boa vingança. Não esquecem o que fazem com eles, por isso não “dormem” com nenhum tipo de prejuízo. 

Outro aspecto negativo é a tendência de se vingar quando estão com raiva. Indica doenças mentais graves que se não forem tratadas podem levar à loucura.

Um ebó pode retirar esse risco e todos os inimigos serão derrotados. 

Diminuição das energias físicas o que predispõe o corpo ao enfraquecimento e por isso ficará exposto a qualquer doença principalmente no abdome. 

Quem possui esse Odu ou é regido duplamente com ele, possui poderes para a feitiçaria e são imunes a feitiços, mas não quer dizer que não possa levar uma balançada. 

Quando esse Odu dirige o Ori da pessoa, a mesma é misteriosa e vaidosa.

Quando lhe é conveniente é mão aberta, possui muito charme, além de ser muito inteligente. 

Apesar de ser um signo de péssimos augúrios, é por vezes portador de riquezas e longevidade. 

Seu nome jamais deve ser pronunciado junto com Irete Meji dado a grande carga de negatividade de que ambos são portadores. 

Dar oferenda para Oxum para fortalecer a amabilidade e para Exu para conquistar um temperamento favorável à preservação do amor. Ebó de Oxum é um recurso para colocar o consulente à altura do próprio destino. 

 

História: 

Conta-se que um filho de Orixalá que se chamava dinheiro, que se dizia ser tão poderoso que poderia dominar até mesmo a morte. 

Este fez uma oferenda indicada pelo babalaô e saiu maquinando como poderia trazer preza a morte, conforme prometera diante de todos. Deitou-se na encruzilhada e as pessoas que passavam na estrada deparavam com um homem espichado no meio do caminho. Diziam uns: -xi ! Este homem está esticado com a cabeça para a casa da morte, e os pés para a banda da moléstia e os lados do corpo para o lugar da desavença. 

Ouvindo tais palavras dos transeuntes, levantou-se o homem e disse, então, com ironia: - já sei tudo o que era preciso conhecer. Estou com os meus planos já feitos. 

E lá de foi ele direto para a fazenda da morte. Chegando ao local, começou a bater os tambores fúnebres de que a dona da casa (Senhora Morte) fazia uso quando queria matar as pessoas indicadas para morrer. Ela tinha uma rede preparada e, quando a morte aproximou-se, apressada, a fim de saber quem estava tocando os seus tambores, o homem envolveu-se na rede e levou logo ao maioral, Orixalá, dizendo-lhe estas palavras: - aqui está a morte que eu lhe prometi trazer em pessoa à vossa presença. 

Orixalá, então lhe disse essas palavras: - vai-te embora com a morte e tudo de melhor e de pior que possa haver no mundo, pois tu és o causador de tudo o que há de bem e de mal. Some-te daqui e a leva embora e, então, poderás possuir tudo e conquistar o universo inteiro. 




6. ÒBÀRÀ - a riqueza e o brilho 

 



 

Regente: Oxalá e outros orixás "funfun" 

Elemento: Fogo – Não rege o corpo humano 

É composto do elemento ar sobre terra, com predominância do primeiro, o que indica a evolução através da experiência adquirida na busca do objetivo pretendido. Corresponde ao ponto cardeal Sul-Sudeste. 

Cores: Azul claro e o violeta. 

É um Odu masculino representado por uma corda em referência ao poder que possui de tudo levantar. Exprime força e poder e a possibilidade de realização humana. 

Presentes: Os presentes deverão ser colocados numa pedra, em lugar alto, dentro de uma mata. Na volta oferecer um amalá pra xangô, acarajé pra Iansã e comida pra Exú e Oxalá. 

Proibições: Os filhos desse Odu não podem comer acaçás enrolados na folha da bananeira, farinha de milho e carne de tartaruga. Não podem relatar fatos que tenham assistido e que não lhe digam respeito. 

Seu ponto vulnerável é o sistema linfático. 

Obará nasceu de Ejilajeborá com Orain que por sua vez, não vem na cabeça de ninguém, e quem é de Xangô não tem Obará na cabeça, tem Obará pelo caminho de progresso no dia a dia. Ajejalunga foi quem gerou Obará junto com Ejilajeborá. “Aje” quer dizer a mãe terra, a natureza, a riqueza, por isso que esse Odu tem a prosperidade, tem o caminho do progresso, tem tudo o que se pode pensar de positivo, porém ele traz muita traição, falsidade, mentira, sofrimento da pessoa ou de parentes, traz também muita vaidade. 

O Odu Obará é o Odu da riqueza, da prosperidade e do progresso. Ele abre na casa de Ifá, no grande oráculo, pela 6a. casa, os seis ministros que absorvem.

Ele foi gerado e nasceu de um bloco maciço de ouro e suas arestas foram representar as grandes riquezas da natureza. Obará se cultua, mesmo que não se tenha ele na cabala porque ele representa a riqueza e ele foi gerado das profundezas de uma mina de ouro. 

Suas arestas representam a riqueza, e a prosperidade, é o mais rico e quando se chama por ele, tem que gritar em voz alta, (pois Obará é surdo) e de preferência numa quarta-feira de lua cheia. 

Positivo: As Pessoas com esse Odu têm grande proteção espiritual e costumam vencer pela força de vontade, especialmente em profissões relacionadas à justiça.

Mas são com frequência, vítimas de calúnias e não têm sorte no amor.

Devem aprender a silenciar sobre seus projetos e a determinar por onde começá-los. Aquisição de bens materiais de um modo geral, fim de um obstáculo que deve ser o último, expansão física e moral, ausência de enfermidade e evolução no sentido ascendente, regularização, alegrias, ambição, questões relacionadas a dinheiro, processos em andamento, solução de problemas de ordem financeira. 

Os filhos deste Odu são pessoas alegres e festivas, carregadas de religiosidade, gostam de observar e manter as tradições. São pessoas saudáveis que se recuperam fácil de qualquer doença. 

Tem grandes ideais a realizar, mas não sabem como começar e fracassam às vezes por não pedirem ajuda e o sofrimento não é duradouro. Odu Obará é um Odu de tanta prosperidade, de tanta riqueza que não se despacha Obará porque não se pode despachar o progresso da vida de ninguém. Quando se positiva o Odu Obará para ele dar caminhos, a parte negativa dele se desfaz e ele passa a caminhar com o lado positivo. 

 



Dificilmente as pessoas desse Odu encontram meios para começar algo. São pessoas batalhadoras e possuem o privilégio de muita proteção espiritual e também dos outros Odus que se dobram a Obará. Se numa situação difícil procurarem auxílio de um amigo, serão prontamente atendidos. 

Negativo: deslealdade, imoralidade, orgulho nocivo, injustiça e libertinagem, adultério, maldade, filho adulterino, guerra em família de santo, doenças, infecções do sangue, problemas circulatórios, atrofias musculares, apoplexia, desnutrição, problemas respiratórios, mania de grandeza e loucura. 

Trazem muitos feitiços e são sempre vítimas de invejas e são perseguidas gratuitamente, porém as possibilidades de melhoria de vida são muitas, só é necessário um bom líder espiritual em sua vida. 

As pessoas deste Odu devem tomar cuidado com miséria, roubos e furtos, gostam muito de fofocas, calúnias, sempre chorando miséria, pois não podem viver sem dinheiro e está sempre diante de grandes oportunidades e vitórias, principalmente nos negócios e demandas. Tem muito medo da justiça, verdade e solidão. Devem fazer segredo dos seus projetos, senão fracassam logo em seus negócios. As pessoas que estão sob essa influência, têm problemas com justiça, rompimento com casos amorosos, perda de emprego ou de qualquer outra oportunidade boa. 

O aconselhamento para esses clientes se estiverem passando por dificuldades, é para ter paciência e não perder as oportunidades que se apresentam repentinamente. 

Obará era o irmão mais pobre dentre seus irmãos. Os outros não lhe procuravam para nada, pois eram ricos. Todos os anos os outros irmãos procuravam um Babalawô para dar presentes para não ficarem pobres. Quando o Babalawô jogou, sentiu a falta de um irmão e eles se entreolharam e disseram: “É Obará, nosso irmão mais pobre, pois nós não o procuramos, por ele ser a ovelha negra da família”. O sacerdote então disse: “Toma essas abóboras de presente para vocês”. Irritados, foram na casa de Obará comer e dormir. Na manhã seguinte foram embora e deixaram as abóboras para Obará que as plantou no quintal enriquecendo-o, pois dentro das abóboras havia todos os tipos de pedras preciosas. Dessa forma Obará tornou-se o irmão mais rico de todos. 

Obará Meji criou o ar e por extensão os ventos. Dele depende a existência dos bosques cheios de ramagem, das forquilhas e de todo tipo de bifurcação. 

Neste Odu nasceu às riquezas, o costume de usar joias, os mestres e o ensino. Aqui surgiu o adultério, e neste signo o ser humano aprendeu a mentir e ser enganado. 

Obará Meji é um Odu de prenúncios quase sempre positivos muito embora seus aspectos negativos sejam terríveis e tragam miséria total, loucura, traição e calúnia. 

Saudação a Obará Meji: 

“Saudemos Obará Meji 

Ele é o barro que faz 

Secar o nosso suor. ” 

Essa saudação evoca a ideia de alívio da mesma forma que o barro refresca o corpo cheio de calor. Ele tem o poder de trazer alívio para os problemas que estejam nos afligindo. 

Oferendas para Oxalá para elevar a autoestima e autoconfiança e também, acender a luz interior.

Usar roupas brancas inclusive roupas de cama. Se puder o ambiente pode ser pintado de branco.

História: 

Dizem que no principio do mundo, 15 dos 16 odus seguiram todos à casa do Oluô, a fim de procurar os meios que os fizessem mudar de sorte, mas nenhum deles fez o que foi determinado pelo Oluô. 

Obará um dos dezesseis Odus existentes, não se encontrava no grupo na ocasião em que os demais foram consultar o Oluô. Sendo ele, porém, sabedor do ocorrido, apressou-se em fazer o que o Oluô determinara e que os demais odus não fizeram por simples capricho da sorte. 

Obará com afinco fez o máximo que pode para conseguir seu desejo, dada a sua condição precária (de pobreza). Como era de costume, os 15 Odus de cinco em cinco dias iam à casa de Olofim, e nunca convidavam Obará, por ser ele muito pobre, tanto que olhavam para ele sempre com menosprezo. Foram à casa de Olofim jogaram e até altas horas do dia não acertaram o que queriam que Olofim adivinhasse e, com isso, acabou que todos eles se retiraram sem ter sido satisfeita sua curiosidade. Olofim, com desprezo ofereceu uma abóbora a cada um deles, e eles, para não serem indelicados levaram consigo as abóboras ofertadas. 

No caminho, porém, alguém se lembrou apontando para a casa de Obará, de fazer ali uma parada, embora alguns fossem contra, dizendo que não adiantaria dar semelhante honra a Obará, pois ele era um homem simples que nunca influía em nada. 

Mas um deles, mais liberal, atreveu-se a cumprimentar Obará-meji com estas palavras: - Obará, bom dia! Como vais de saúde? Será que hás de comer com estes companheiros de viajem? 

Imediatamente respondeu ele que entrassem e se servissem da comida que quisessem. Dito isso, foram entrando todos, eles que já vinham com muita fome, pois estavam desde a manhã sem comer nada na casa de Olofim. 

A dona da casa foi ao mercado comprar carne para reforçar a comida que tinha em casa e, em poucas horas, todos almoçaram a vontade. 

Depois, Obará convidou todos para que se deitassem para uma madorna, pois estavam todos cansados e o sol estava ardente. Mais tarde, eles se despediram do colega e lhe disseram: - fica com estas abóboras para ti, e foram embora satisfeitos com a gentileza e a delicadeza do colega pobre e, até então, sem valia. 

Mais tarde, quando Obará procurou por comida, sua mulher o censurou por sua fraqueza e liberalidade, dizendo que ele tinha querido mostrar ter o que não tinha, agradando a eles que nunca olharam para ele, e nunca ligaram nem deram importância ao colega. 

Porém as palavras de Obará eram simples e decisivas: - eu não faço mais do que ser delicado aos meus pares estou cumprindo ordens e sei que fazendo estes obséquios, virá à nossa casa prosperidade instantânea. 

Finda explicação, Obará pegou uma faca e cortou uma abóbora, surpreendendo-se com a quantidade de ouro e pedras preciosas que havia dentro dela. Surpreso, e com muita felicidade, viu que em uma abóbora havia lhe dado o título de Odu mais rico, porém logo percebeu que havia mais outras 14 abóboras a serem abertas e em cada uma delas havia outras riquezas em igual quantidade. 

Obará comprou tudo o que precisava, como um palácio e até cavalos de várias cores. 

Daí que estava marcado o dia para todos os Odus irem novamente a conferencia no palácio de Olofim, como era de costume, já muito cedo, achavam-se todos no palácio, cada um no seu posto junto a ele quando Obará veio vindo de sua casa com uma multidão que o acompanhava, até mesmo os músicos de uma enorme charanga. Enfim, todos numa alegria sem par. De vez em quando, Obará mudava de um cavalo para outro em sinal à nobreza. 

Os invejosos começaram a tremer e esbravejar, chamando a atenção de Olofim que indagou o que era aquilo. Foi então que lhe informaram que era Obará. Então perguntou Olofim aos demais Odus o que tinham feito com as abóboras que presenteara a eles. Responderam todos que haviam jogado no quintal de Obará.

Disse então Olofim que a sorte estava destinada a ser do rico e próspero Obará. O mais rico de todos os Odus. 

 

 


 7. ÒDÍ - o rancor e a violência 

 



 

Regente: Oxóssi, Logunedé e Egbé ou Ossanhe, Oxalufã. 

Elemento: terra – Rege Órgão sexual feminino, ossos e dentes. 

Dentro da ordem de Ifá tradicional, ele é o quarto Odu, por isso ele tem uma importância muito grande porque está relacionado diretamente aos quatro grandes elementos: água, terra, fogo e ar. Ele é composto dos elementos ar sobre água com predominância do ar o que indica renovação dos obstáculos. 

Cuidado com doenças de coração, nervos, pressão alta e rins. Seus pontos vulneráveis são os rins, a coluna e as pernas. 

Trabalho: Para positivar o Odu Odi através de banho, use folhas de mamona, sálvia e orobô ralado. 

Corresponde ao ponto cardeal Norte. 

Cores: o negro, ou a mistura de qualquer outra cor. 

Personalidade: As pessoas do Odu Odi quando estão do lado bom, são pessoas alegres, satisfeitas, contentes, amigas, prestativas, caridosas. São pessoas que procuram obter sucesso no que fazem, possui muita sorte, fartura, dinheiro, grandes amores, adoram sexo, gostam de organizar a área financeira e aperfeiçoar formas de gerar rendimento e, possuem muita fé na vida. 

Nesse Odu podemos identificar o fenômeno de abiku. 

Pessoas com esse Odu são ambiciosas e costumam ser bem sucedidas na sua profissão, mas a indecisão as leva a não concluir muitos dos seus projetos. 

Quando a fé as impulsiona, porém, ultrapassam todas as barreiras. Sonham com o poder e adoram se divertir e às vezes provocam enormes confusões. 

As pessoas nascidas sob este signo são perseverantes, duras, inflexíveis, não creem em nada e nem em ninguém, mas, podem facilmente ser levadas por superstições tolas, que nem sempre são aceitas pelos demais. 

São dotados de muita inteligência e excelente memória, assimilam com facilidade tudo o que se proponham a aprender, negando-se, entretanto, a transmitir seus conhecimentos, preferindo antes, usa-las como instrumento de manifestação de tantos quanto deles dependerem. 

Elas não temem a morte. Apesar de humildes são pessoas influentes, gostam dos prazeres, pensam em grandes lucros e viagens. Estão cercados por invejas, olho grande e traições. 

Essas pessoas devem ser bem tratadas espiritualmente caso contrário, tem futuro incerto e normalmente sofrem por sete anos consecutivos. São pessoas humildes, forte em personalidade e forte tendência para o envolvimento com coisas ocultas e misteriosas se forem bem preparados espiritualmente e podem ser grandes feiticeiros, pois possuem força para isso. 

No amor são desconfiados e ciumentos, mas, muito zelosos do objeto dos seus sentimentos. Adoram viver isolados e suas ações contribuem efetivamente para que isto ocorra independente de sua vontade. 

Odi é um Odu feminino e é filho de Orunmilá e Ologbara. Seu nome significa duas nádegas que nasceu dos órgãos genitais de onde Odi, nasceu. A cor preta, as galinhas, as baleias, a cabaça, o carma e os íbis (caracóis) e todos os peixes do mar lhe pertencem. Esse Odu traz problemas com egum, antepassados, ancestrais, enfermidades graves e pânico quando ele está no lado negativo da cabala. 

O Odi é um dos mais ricos. Aliás, corre uma lenda que para ser zelador de santo, tem que ter Odi no seu conjunto Odúnico. Isto é contado num dos itans de ifá e no Omerê de Logun também. Representa uma porta fechada, um círculo mágico, um tabu, limitação, obstrução e aprisionamento. 

Obaluaiê, detentor dos segredos da morte, da cura e das doenças sem deixar de dizer, o Senhor da vida, é a própria terra que recebe nossos corpos para que vire pó. Nos sete primeiros dias do mês de agosto são feitas rezas aos pés desse Orixá que fica ornamentado no centro do barracão (no Axé) coberto de palha da costa e com deburu aos seus pés. Debaixo da saia de Obaluaiê ficam sete panelinhas de barro com mel e uma moeda para o Odu Odi. 

Por ser um signo feminino, sua representação esotérica é um círculo dividido ao meio por uma linha vertical significando duas nádegas ou ainda o órgão sexual feminino que provém de Osá Meji. Essa palavra nádega é um eufemismo que pretende somente designar a feiura e as impurezas do órgão sexual feminino. Dizem ser este signo que incita o ser humano a copular e é por esta razão que encontramos uma estreita correspondência entre Odi Meji e as “Kenesis”, considerada a impureza das mulheres. Proporciona ainda uma tendência natural à prática da feitiçaria. 

Ele fala das mulheres em geral e foi sobre este signo que apareceram na Terra as mulheres, os rios, cujas margens tem a forma e a aparência de lábios, as nádegas e o costume de sentarmos sobre elas. Este signo ensinou os homens o uso de deitarem-se, indiferentemente virados para a direita ou para a esquerda. 

Ele ocupa-se dos partos efetuados com a parturiente de cócoras e preside ainda, o nascimento de gêmeos e de todas as espécies de macacos. 

Positivo: Odi quando está no lado positivo é só lhe dar caminho, fazer presentes dentro de um alguidar ou balaio com tudo em sete elementos, para ele trazer sorte, vitória no amor, vitória em trabalhos, vencer uma grande demanda. 

Odi pode apontar: pessoa importante, influência em todas as camadas sociais, viagens com propósito de lucros, sorte em qualquer tipo de jogo (embora efêmera), heranças, bons empregos, conquistas de todos os tipos, bom gosto e boa aparência.

Para que essas pessoas tenham uma direção adequada na vida, é necessário constantemente fazer ebó para se livrar das negatividades. Um ebó grande só deverá ser feito uma vez ao ano se houver uma situação ruim muito grande. 

As pessoas regidas por esse Odu são pessoas importantes e influentes em todas as camadas sociais (da mais alta a mais baixa), gostam de todos os tipos de prazeres da vida, principalmente os do sexo. São também ambiciosas, pensam em grandes lucros, sonham demais com grandezas, viagens para receber lucros elevados, enfim vivem sempre sonhando com uma melhora repentina de vida, mas, infelizmente fracassam em quase tudo, principalmente no amor. 

Por não saberem agir devidamente nas ocasiões precisas, dependem sempre de muitos conselhos e orientações. 

Quando é uma mulher regida por este Odu, na maioria das vezes, perde a virgindade cedo e é muito difícil permanecer com um só homem e também não se prende ao lar e aos filhos. 

Negativo: Este Odu traz prisão, condenação, roubo, abandono, prejuízo, sequelas advindas de acidente, moléstia, traição, perfídia, possessão de maus espíritos, mulher de maus hábitos e vida sexual desregrada, homossexualismo (só masculino), caminhos fechados, imobilidade ou dificuldade de ação. Esse Odu traz dificuldades, caminhos fechados, recompensa, bem estar futuro de forma espantosa. Quando o fracasso ocorre, culminam todos os tipos de perturbações até pelas coisas mais simples e daí passam a viver cercados por influências negativas, pois não sabem perder qualquer um dos seus sonhos e oportunidades. Não têm sorte no amor. 

Para as pessoas desse Odu, que já nasceram doentes ou que venham a adoecer depois, sempre sofrem risco de morte. 

Pode trazer muita dificuldade, caminhos fechados, fracasso na vida conjugal e no trabalho, aliás, em tudo que se propõe a fazer, destruição, perseguição, vida complicada, vive em eterno começar, ganha rápido e perde mais rápido ainda, pois nunca consegue fixar-se com êxito.

Odi Meji indica aprisionamento, possessão demoníaca, prejuízos de toda ordem, roubo, sequelas advindas de acidente ou de enfermidades, sendo, portanto, portador de mensagens quase sempre ruins. É um signo malvado (muito ruim) e responde não. Representa caminhos fechados e, por vezes, estados de gravidez.

Seu surgimento em questões sobre se uma mulher está grávida ou não representa resposta afirmativa. Este Odu representa caminhos perdidos, discórdia, guerra na vida da pessoa, desgraça de modo geral, traição, problemas com drogas.

Quando ele está negativo tem que se fazer um ebó com tudo em sete. 

Grandes desfechos poderão ser contornados ou aliviados através de ebó, rezas, banhos, agrados, obrigações e um bom comportamento para com os Orixás. 

O Odu Odi vem por três caminhos, e antes de se fazer um ebó tem que se verificar por qual caminho ele vem. Os caminhos são a água doce, a água salgada e a terra (estradas). Quando ele vem por água doce despacha-se no mar, pois todo o rio vai para o mar, quando ele vem por terra despacha-se na encruza ou praça. Para despachar no mar, procura-se uma praia com bastantes pedras, pois Odi tem pavor delas. 

Todas as vezes que for presentear Odí, este deverá ser entregue numa encruzilhada aberta, de barro, do lado esquerdo, ou num caminho de mato ou praça.

Fazer Oriki de Exu e, na volta, não se esquecer de dar comida a Oxun e Obaluaê. 

Quando se positiva o Odu Odi de uma forma eficiente, tanto no campo espiritual, mental, emocional e físico, pode-se ter uma boa resposta para isso. 

Dar ebó de Oxóssi e Logunedé. Ebó de Exu para vencer as dificuldades ou oferenda. Obrigação para Egbé. 

 

História: 

Conta-se à história de um homem que era escravo e um dia se viu abraçado em um eminente perigo. Este homem foi amarrado porque o acusaram de ter cometido um crime. Foi julgado e, segundo as leis daquela terra, botaram o homem num caixão grande todo pregado e deitaram a caixa rio abaixo. Por uma dessas coincidências que sempre acontecem no destino das criaturas, a correnteza lançou o caixão na praia duma cidade cujo rei estava morto e enterrado, e onde os súditos ainda estavam guardando luto. 

Acontece que ali havia muitos príncipes com direito a sucessão imediata, mas sobre todos pesava alguma grave acusação, de forma que não se sabia como haviam de decidir o complicadíssimo problema da sucessão do rei morto, como nunca jamais acontecera na história do dito povo. Depois de muito cogitar do assunto, foi decidido que marcassem um prazo para que surgisse uma pessoa estranha àquela nação que assumiria o governo e seria o rei daquela terra daí em diante. 

Dito e feito, esse homem, que tinha antes do cativeiro feito uma oferenda que o babalawô determinara, veio ele se esbarrar, dentro do caixão, na praia de Ibim, onde o acolheram e imediatamente o elegeram rei daquele povo. Assim ficou ele sendo o venturoso rei de uma nação. Onde só o destino (Odu) poderia dar tamanha sorte. 

 


 

8. ÈJÌ-OGBÈ - a impaciência e a agitação 

 



 

Regente: Ori, Ifá, Aje e Iemanjá. 

Elemento: ar – fogo sobre fogo, o que indica dinamismo puro que impele, de forma instintiva, a conquista do objetivo. 

Rege a respiração, pulmões e coluna vertebral. 

Problemas: Trazem problemas de sistema nervoso, irritação, pressão alta, dificuldade de concentração, dificuldade de poder encontrar realmente o melhor caminho a ser seguido. Traz muitas dúvidas, uma irritação fora do comum onde à pessoa vira literalmente o cão chupando manga e traz muita confusão mental e muita confusão ao redor da vida da pessoa com muita briga e muita dificuldade da pessoa se centralizar. É a famosa cabeça quente, pois o sistema nervoso fica abaladíssimo podendo também prejudicar a saúde. Seu ponto vulnerável é o sistema nervoso central. Rege o sistema respiratório e tem também, sob suas ordens, a coluna vertebral e todo o complexo de vasos sanguíneos embora se saibam que o sangue não lhe pertença, mas sim a Osá Meji. 

Proibições: Tem quizila com inhame e taioba. Não devem usar roupas vermelhas, pretas ou de cores demasiadamente escuras. Não devem comer acaçá enrolado em folha de bananeira, não usar pérolas negras, Ônix e corais negros. Não deve matar ratos. Devem evitar o consumo de álcool e de carne vermelha e devem se vestir de branco nas sextas-feiras. 

Personalidade: As características das pessoas deste Odu são principalmente a inteligência, o dinamismo e com uma velocidade muito grande de pensamento, com raciocínio muito bom e são também pessoas de um temperamento muito ardente, muito passional que às vezes, mesmo sabendo que estão fazendo a coisa errada, o fazem movidas pelo fogo da paixão e pelo impulso. 

Costumam ser diretos, e desconhecem a sutileza quase que totalmente.

Quando elas conseguem dominar este fogo, este ímpeto, elas colocam essa inteligência para guiá-las na sua vida e conseguem realizar grandes coisas e são pessoas bastante talentosas. 

As pessoas deste Odu têm grande proteção espiritual, boas amizades, procuram à calma, mas são geniosas. São aquelas pessoas que brigam, se irritam, vivem nervosas e não fazem nada com essa força que tem, não conseguem realizar nada, pois vivem com os caminhos fechados e outras pessoas procuram briga com elas. É uma situação de completa estagnação. É uma bomba que está explodindo por dentro. Às vezes são vingativas, porém em geral são delicadas, honestas e de grandes paixões. Costumam sofrer por amigos em geral. 

As pessoas desse Odu são impulsivas, chegando quase à irracionalidade.

Seus objetivos devem ser atingidos a qualquer preço mesmo que isto represente o sacrifício de outros. 

Essas pessoas possuem desenvolvimento intelectual mediano alimentado por sua curiosidade incontrolável e enfraquecido por uma imaginação excessiva que os leva a criar fantasias demasiadamente absurdas. 

Os filhos deste signo tendem ao vulgar, ao mais fácil, ao comum, não se importando muito com a qualidade e sim com a quantidade das coisas. 

Ele é considerado o pai dos demais Odus, sendo, portanto, o mais velho de todos, com exceção de Ofun meji de quem foi gerado. Sua principal função é proteger o nosso mundo suprindo-o em todas as suas necessidades e cuidando de sua permanente renovação. 

Representa o Oriente e é o senhor do dia e de tudo o que acontece durante ele. É ainda responsável pelo movimento de rotação da Terra que provoca, depois de cada noite, o surgimento de um novo dia. 

Ejionilê controla os rios, as chuvas, os mares, as cabeças humanas e a dos animais como o pássaro Lekeleke consagrado a Oxalá, o elefante, o cão, a árvore Iroko e as montanhas. A Terra e o Mar pertencem a este signo assim como todas as coisas naturalmente brancas. 

Esse Odu é ligado à força do sol, do fogo e do céu. É o Odu mais quente de todos e, ao contrário do que muita gente muita gente pensa, ele é todo composto por fogo e por isso quando ele está negativo traz males terríveis, principalmente na cabeça. 

Corresponde ao ponto cardeal Leste e sua cor é o branco podendo às vezes, aceitar o azul. É um Odu masculino, representado esotericamente por um círculo inteiramente branco. 

O Odu Ejionilê tanto tem a energia da vida como a energia da morte, os espíritos de encosto. Dentro dos caminhos de Ejionilê existe uma qualidade de Oxalá Odudua Barabá Afunfun que veste uma saia preta para fazer os seus orôs através de caminho de Itotô que é a terra, que é Onile. 

É através do Odu Ejionilê, que se adquire a visão, pode trazer o sol, a força e fazer subir na vida como pode lhe arrasar, lhe trazer a morte e lhe jogar no buraco, no fundo do poço. Quem carrega esse Odu na sua cabala não deve deixar para amanhã para cuidar dele. 

Este Odu significa vaidade, orgulho, ajuntamento de corpos, gozo, proteção, simpatia, estruturação, interiorização, expansão geral, fortuna, sucesso e amor, mas se tiver negativo pode trazer muita ruína, doenças, destruição no lar, traições, brigas, esquecimento de amizade e desavenças. Mudanças no amor, no trabalho, problemas de saúde com câimbras, enfermidades nas pernas. Perseguição e intrigas por parte das mulheres, brigas e fofocas, ódio acumulado no íntimo, vinganças e falsidades lhe cercam. 

Pessoas com esse Odu são dedicadas e honestas e levam uma vida quase sem sofrimentos, mas estão sujeitas a acidentes graves. Amam com intensidade e têm amizades sinceras. Quando são repudiadas ou sofrem uma traição, podem se tornar vingativas. 

Este Odu enganou até a própria morte e quando ele responde no jogo, quem está jogando deve levantar-se três vezes em reverência a Oxaguian. 

Positivo: independência e determinação, um caminho aberto e que deve ser seguido, autossuficiência, vitória sobre o inimigo, dedicação em face de problema próprio ou alheio. Desenvolvimento intelectual pela vontade de saber, vitória em problemas de ordem financeira. 

As pessoas regidas por este Odu ou influenciadas por ele possuem grande proteção espiritual, boas amizades e quase sempre caminhos abertos. Gostam de calma e procuram acalmar o próximo, porém são também vingativas, mas possuem comportamento delicado. São honestas e atenciosas. Vivem com grandes esperanças, estão sempre apaixonadas, são sonhadoras, sofrem e se desdobram para ajudar um amigo. Possuem proteção espiritual, caminhos abertos e vitória nas batalhas e indicativo de cargo de santo. 

Negativo: este Odu indica perdição pelo jogo, estupidez, teimosia, irracionalidade, ações impensadas que ocasionam problemas sérios, confusão, agressividade, fúria descontrolada, casos judiciais, aventura que terá final desastroso, falta de escrúpulos, adultério, sensualidade excessiva. Esse Odu traz morte súbita com regozijo infalível, esquecimento de amizade, ajuntamento de corpos, gozo, proteção, simpatia. Doenças como anemias, males do estômago, das mamas, da garganta, do ventre, loucura por imaginação excessiva, problemas da coluna vertebral e do olho esquerdo. 

Geralmente este signo avisa possíveis riscos de doenças graves, traições, pequenos furtos e mexericos. 

Quando a pessoa for de Ejionilê Meji, a mesma sofrerá muitas vezes de calúnia e falsidades. Alerta para riscos de acidentes, doenças graves, traições, pequenos furtos e mexericos. Dar comida à cabeça quando isso acontecer. 

No caso do consulente estar doente, esse Odu torna-se muito perigoso, pois o mesmo possui uma característica um tanto contraditória, pois esse Odu é tão sagaz a ponto de enganar a própria morte assim, todas as vezes que esse Odu se apresenta em qualquer posicionamento, o mesmo se torna o mais especial de todo o jogo, sendo, portanto o merecedor de todas as atenções. 

Presente a esse Odu deverá ser entregue em uma pedra no meio de um rio limpo e na volta dar comida a Oxalá.

Oferenda para Exu e fortalecimento do Ori. 

Ebós feitos a esse Odu devem ser duplos para despachar negatividades e atrair sorte 

 

História: 

Naquele tempo, mandaram todas as árvores fazerem oferendas à Olorum (deus), mas nenhuma deu importância ao conselho. Somente a cajazeira fez a oferenda. Daí por diante, todas as árvores morreram sem delongas quando estavam deitadas, exceto a cajazeira, que mesmo deitada, caída ao chão, sempre grela e renasce. 

 

 


 

 

  9. ÓSÁ - a desconcentração 

 


Regente: Iyami Oxorongá e Iemanjá 

Elemento: água – Rege os vasos sanguíneos, sangue, intestino e coração. É um Odu composto pelo elemento água sobre fogo, com predominância sobre a água o que indica dinamismo no sentido de ajuda e apoio. 

Os dias de sorte são todos menos quinta e sexta-feira. 

Corresponde ao ponto cardeal Sul-Sudoeste. 

Cores: vermelho, o laranja, vinho, branca e prata. 

 Personalidade: Pessoas com esse Odu são líderes natas, O instinto protetor e a religiosidade também as caracterizam. Seus pontos vulneráveis são os conflitos psicológicos e, no caso das mulheres, os problemas ginecológicos. Essas pessoas têm como característica o autoritarismo, caprichos, teimosias, qualidades essas que levam a grandes transtornos, caminhos fechados, acidentes em viagens e toda a sorte de influência de maus espíritos, causando constantemente às pessoas deste signo ou por ele influenciadas, a receberem más notícias, falsidades e perseguições, tanto da parte masculina quanto da parte feminina o que ocasiona muitos desgostos. 

São pessoas donas de si, mandonas e desobedientes, mas seu autoritarismo lhes cria sérios problemas, inclusive conjugais. Escutar conselhos é coisa que não fazem, e por este motivo vivem quebrando a cabeça. Possuem um lado espiritual super aguçado, mais infelizmente não sabem administra-lo muito bem, são pessoas astuciosas e à frente do seu tempo e tem grande tendência para ser regido por Iemanjá. Esse consulente derramará muitas lágrimas. 

Proibições: Os filhos desse Odu não devem comer carne de gato e nem todas as comidas que são oferecidas à Nana. Não usar tecidos de fundo vermelho ou azul.

Os homens deste Odu são proibidos de esperar o orgasmo de suas mulheres e as mulheres não devem praticar o coito durante o dia. Os nativos desse Odu não devem usar tecidos vermelhos ou de fundo azul, nada de que seja feito de bambu, como por exemplo: móveis, porta incenso, instrumentos musicais, objetos com cores misturadas, azul e vermelho, e usar arco e flecha. 

É um Odu feminino representado esotericamente por uma cabeça humana sobre a lua minguante. Símbolo do poder feiticeiro feminino em uma referência inequívoca à sua ligação com as práticas de feitiçaria nas quais as mulheres se destacam por sua dotação natural, inerente à sua condição de procriar, transformando o espermatozoide minúsculo em um ser humano. 

Osá Meji representa as Kennesis (feiticeiras), potências da magia negra que utilizam o fogo e a noite. São espíritos malvados que, hierarquicamente se encontram situados abaixo dos Voduns. Osá Meji é, portanto, um dos Odus mais perigosos. A ele é atribuída à criação de todos os animais ligados à feitiçaria como o gato, alguns antílopes, a coruja, a andorinha, o pintarroxo, o verdalhão, a lavadeira e o engole-vento.

 



 Osá comanda o sangue e todos os órgãos internos do corpo e, por extensão o coração e a circulação sanguínea, a abertura dos olhos e os intestinos. É ele quem dá cor ao sangue. Osá é o senhor do sangue. Todos os homens, pelo fato de possuírem sangue, são propriedades desse signo. Regem as orelhas, os olhos, as narinas, os lábios, os braços, as pernas e os pés, da mesma forma que os órgãos genitais femininos. 

Pode ser encontrado no fluxo menstrual, no ventre das mulheres menstruadas, daí a extrema nocividade que lhe é atribuída. Devemos esclarecer que, embora pertencendo a Osá Meji, logo que se aparta do corpo da mulher, passa a pertencer a Irosun Meji e, quando derramado sobre o solo passa a ser de Ofun Meji. 

Esse Odu preside a evocação dos demais signos sobre o Opon Ifá. É também este signo que evoca e traz todos os demais à presença do Babalorixá durante as consultas ou em qualquer procedimento em que as figuras sejam riscadas sobre o tabuleiro, cabendo a Iká Meji, a função de conduzi-los de volta logo que suas presenças não se façam mais necessárias. 

Como pode observar, Osá possui poderes ilimitados porque é ele que pode fazer tudo. 

Positivo: Esse Odu tem grande tendência para proteção de grandes pais de santo e grandes mães de santo e outros líderes espirituais; A parte positiva é abundância em tudo. Elevação espiritual ou material, poderes mediúnicos ou parapsicológicos, vitória nos objetivos, progresso e ideias inteligentes. Este Odu traz expansão social, investir e concretizar projetos de vida. 

Esse Odu tratado beneficia a pessoa com elevação espiritual, material, poderes parapsicológicos, vitórias, progresso e muita felicidade. Para serem felizes precisam frequentar templos espirituais. Geralmente são pessoas inteligentes. 

Negativo: Este Odu tem forte influência de Egungun e o consulente está sujeito a passar por situações de desespero, derramamento de lágrimas pela não realização de quase todos os seus projetos devido a perturbações causadas por Egungun. 

As pessoas desse Odu vivem cercadas de pessoas que se dizem muito amigas e não são. 

Feitiçaria, aborto, quebra de um tabu, trabalho (feitiçaria) feito. Problemas na coluna, doenças do sangue, menstruação excessiva, hemorragias de todas as origens. 

As pessoas deste Odu devem ter cuidado com acidentes com fogo e com mar. Tem risco de quedas dentro de casa e se for gravidez deve tomar cuidado com pressão alta e aborto. Este Odu faz com que as pessoas estejam bem num momento e mal no outro, é difícil entender, pois são como as quatro estações num só dia. Quando estão doentes, deve fazer oferendas para não piorar. É um Odu muito característico ligado a Iyámi Oxorongá. É considerado o Odu dos enfeitiçados.

As grandes reencarnações de bruxas e a presença delas estão nele. 

Quem é regido por Osá tem indicação de muita influência negativa de egungum, passando por situações de desespero e de muito pranto. Atraem com facilidade falsas amizades e por tanto devem guardar segredos a sete chaves. 

Podem trazer muitas dificuldades financeiras, muitas dívidas, roubos, assaltos, fugas, problemas com pessoas que entram e saem da sua casa, trazendo-lhe confusões, discórdias, brigas e dores de cabeça, épocas difíceis, fugas preventivas. 

O lado negativo dos filhos deste Odu é que são super teimosos, autoritários e adoram rogar pragas. O lado positivo é que são líderes natos, inteligentes, simpáticos, responsáveis e de bom caráter, tem sempre grandes projetos, mas estão sempre cercados de pessoas que fingem ser amigas. Tem muita proteção de Oxalá e Xangô e devem ter muita força de vontade para vencer os obstáculos contando com esses dois Orixás. 

Pode indicar feitiço em cemitério, causando horríveis transtornos na vida do consulente. Esse Odu na fase negativa traz má circulação nas pernas, fortes dores nas costas e muito desperdício de água em casa. Esse Odu fala em falsidade, perseguição de mulher ou homem e de uma perda que não trará desgosto. Quando responde Ossá-Meji três vezes consecutivas significa felicidade, boas notícias, porém traz uma perda com desgosto e dor. 

Segundo Esé (contos), esse Odu leva o consulente direto à proteção de Xangô e de Oxalá para quebrarem a influência negativa desse Odu. 

Com relação ao presente, ele deve ser em campo aberto, beira de rio ou de mar. Na volta faz-se Oriki de Oyá e de Yemonjá e coloca-se acarajé dentro e fora do quarto de santo. 

Obs: Antes de presentear esse Odu, na véspera se presenteia a egungum. 

Os ebós para Osá servem para sanar problemas de saúde e para tirar problemas com a família. A cura da mente, do emocional e do ambiente. Também ajuda para limpar as invejas e olho grande que é um ponto que afeta muito nesse Odu.

Oferenda para Iyami Oxorongá aumenta a vitalidade do cliente 

 

História: 

Conta-se que no princípio mandaram Orunmilá fazer uma oferenda citada, porém, ele não o fez. Orixalá, sim, fez tudo conforme havia sido determinado. Num certo dia, veio muita gente que fugia apavorada, mas o chefe e maioral do lugar como deveria ser, recebeu todos e os salvou das perseguições e eles, em gratidão, entregaram-lhe tudo de valor que cada um trazia consigo assim, Orixalá ficou muito próspero no devido tempo ou quando chegara sua vez de ter tal fortuna. 

 

 


 

 

 

10. ÒFÚN - a esperança, pureza e equilíbrio 

 Regente: OXALÁ e outros orixás "funfun" 

Elemento: Ar – Rege as doenças na cabeça. É um Odu composto pelos elementos água sobre água, o que indica uma ajuda constante e pronta a apoiar, o esforço que evoca, sem obstáculos a serem vencidos ou contornados. 

Pontos vulneráveis são o estomago e a pressão arterial. 

Dia de sorte é sexta-feira. 

Proibições: Aos filhos de Ofun Meji é vedado beber vinho de palma e qualquer outra bebida alcoólica, peneirar farinha, usar roupas vermelhas ou escuras, soprar fogo quer seja para atiçá-lo ou apaga-lo. Comer carne de porco, assim como todos os alimentos oferecidos à Dã e à Nana. Esses filhos não podem andar sujos ou em ambientes sujos. Devem sempre usar roupas claras ou brancas. Os nativos deste Odu não devem assoprar fogo, usar roupas vermelhas e pretas, pegar em carvão e nem  comer nada que leve azeite de dendê. 

Cor: branco à qual representa, mas aceita também o azul e o violeta. 

Personalidade: As pessoas sob influência desse Odu têm o mistério em sua vida, são sinceras, honestas, inteligentes e sabem fazer boas amizades e as conservam por longos anos. São pessoas muitas caladas, envelhecidas interiormente, embora possa parecer jovem algumas vezes, isso porque o Odu é o mais velho por ordem de chegada. 

Pessoas com esse Odu são inteligentes, fiéis e honestas, capazes de dedicar atenção total ao seu amor. Têm amigos sinceros e elevada espiritualidade. 

Em contrapartida, mostram-se muito teimosas e tendem a sofrer perseguições e desilusões amorosas. 

É um Odu feminino representado esotericamente por um ovo onde se inscreve, à direita, verticalmente, doze pontos em pares superpostos e, à esquerda, quatro traços horizontal superposto. O ovo representa o próprio Ofún Meji envolvendo todos os outros Odus e a si próprio. Ofun Meji é a mãe de Ogbé Meji (Ejionilê), Oyèkú Meji (Ologbon), Iworí Meji e Odi Meji, a vida e a morte, o oculto e o revelado. 

Os 12 pontos representam os demais Odus e inclusive o próprio Ofun Meji. A importância desse signo reside no fato de ela ser a própria mãe de Ogbé (Ejionilê) e este ser o pai de Ogbé (Ejionile), logo possuindo os dois sexos e sendo hermafrodita. Ogbé (Ejionilê), por ser o filho mais velho, reina sobre os demais Odus. 

Ele é portador de um “Ló” (mistério) que seria, na realidade, o incesto praticado com seu filho Osé Meji. Em decorrência disso, todos os segredos e mistérios são regidos por Ofún Meji que, conhecendo o segredo da morte, possui o poder de ressuscitar os mortos. 

Ofun Meji representa a grande mãe e o princípio maternal e, sendo mãe de todos os Odus, o é também de toda a criação, não tendo domínio somente sobre o ar que, após ter criado, liberou Ejiogbê (Ejionilê) que passou a domina-lo. 

Depois de Ejionilê, Ofun Meji engendrou os demais Odus, possuindo, desse modo, o mundo onde cada Odu criou e simbolizou uma parte, sempre sob as ordens e leis estabelecidas por Ofun Meji. 

Este Odu rege homens e mulheres indiscriminadamente. É um signo ligado as "Kenesis", sendo que dele provém todas as aves ligadas a feitiçarias. 

Suas atribuições são tantas que é impossível enumera-las, assim como é impossível enumerar tudo o que está sob seu domínio. Como exemplo, podemos mencionar que, tudo o que se move e tudo o que é branco está sob seu poder. Os albinos, as pessoas demasiadamente velhas, os cavalos brancos estão sob a custódia de Ofun. 

Esse Odu fala de paz, tem que ser cuidado, pois fala em perigo de morte. É aconselhável banhos leves e dar um bori à cabeça. Quando ele chega a pessoa se levanta. É bom que passe um ebó branco no consulente e coloque uma oferenda a Oxalufã. Deve ser feito também uma oferenda para Iansã. 

No jogo de búzios quando sai na primeira queda, indica perturbação espiritual e material. Se cair três vezes seguidas, é feitiçaria na certa, trazendo com isso perigos de acidentes e muitos prejuízos, não conseguindo o consulente concluir seus projetos principalmente no campo sentimental. 

Este Odu é muito rico, velho, teimoso, não gosta da cor preta, geralmente só traz vitória rápida quando responde duas vezes consecutiva, e quando isso acontece deve ser dado um bori à cabeça. 

Quando está positivo traz bons empregos, cargos de chefia, riqueza, vitória rápida em qualquer problema. 

Positivo: Sua parte positiva é muito forte e deve ser cuidado para explorar o lado bom do Odu, pois Ofun é o Odu da prosperidade, da riqueza e da calma. Pode adquirir riqueza, longevidade, aumento de recursos materiais, aumento de energias físicas e espirituais, credibilidade, segurança e sucesso. Este Odu traz semeadura de virtude, posse de objetos valiosos, desenvolvimento na área profissional. 

É muito forte, pois seus nativos são caridosos, humanos e pacientes.

Geralmente entendem os problemas das pessoas e assim costumam exercer a liderança de ajuda para quem precisa dele. 

Adquirem bens materiais a partir da meia idade quando se encontram e se realizam espiritualmente, na medida em que se descobrem interiormente. 

Negativo: Esse Odu traz aperto financeiro, fim, prejuízo, moléstia e gravidez, avareza, obsessão em acumular riqueza, traição, desmoralização, perda do respeito público. Os naturais desse Odu são pessoas fadadas a viver muitos e muitos anos. 

São pessoas teimosas e observadoras. Traz aperto financeiro, prejuízo, problemas de saúde, problemas nas pernas, no sangue, no baixo ventre, na barriga.

Cuidado com os seios quando senhora, podendo até ter que fazer cirurgia.

Não tem sorte no trabalho. Quando sua posição é nos pés, é sinal de grandes doenças e possíveis cirurgias abdominais. 

Obesidade, problemas de circulação, apoplexia, abortos, extirpação do útero e do ovário e cirurgias abdominais. Perigo de acidentes, agressões, calúnias e envolvimento com a polícia. Tristeza e desgraça por causa de dinheiro. Cuidado com traições de pessoas ligadas a você. 

Esse consulente deve ser orientado por causa de uma série de perturbações no amor, trabalho, dinheiro, inimigos, talvez até doenças, gravidez, doenças de barriga, trabalhos feitos de feitiçarias, consequências amorosas com prejuízos pessoais. 

O consulente não saberá iniciar nem concluir os seus projetos em qualquer tipo de atividade e também, na parte sentimental. Este signo tem muito envolvimento com doenças, quase sempre levando as pessoas a grandes cirurgias, principalmente ligadas ao abdome (fígado, intestino, estômago e etc.). 

Geralmente as mulheres deste Odu ou influenciadas por ele quase sempre perdem a gravidez (abortam) ocasionando, na maioria, histerectomia com risco de vida. O lado negativo dos seus nativos é que tem o poder de odiar profundamente, por isso são vingativos e rancorosos (nunca faça mal a quem é regido por esse Odu). 

São ainda pessoas ranzinzas e teimosas, embora sempre exaltem a paz. Este signo traz constante perigo de morte, são vingativas e por isso envia a morte aos seus adversários. 

Quando cai este Odu para um consulente, é preciso que o mesmo seja bem orientado devido à série de perturbações que virão em seguida, tanto materiais como espirituais, abalando sua personalidade de paz, ou seja, entrará em choque com fatos que aparecerão. 

Ofún não tolera outra cor que não seja o branco e se houver necessidade de fazer ebó para o consulente com problemas de Ofun, deverá ser feito no mato, praia ou onde for determinado pelo jogo. O consulente deverá ir de roupa branca, assim como quem for passar o ebó. Se não for assim, a oferenda será inútil. O resguardo deverá ser obedecido pelo prazo de 7 ou 14 dias só usando roupa branca e após, o consulente devera tomar um Obi d’água ou mesmo fazer algo mais sério. 

Sempre que um adivinho encontra esse Odu costuma dizer “Ló ou Eró”, palavras que transmitem ao mesmo tempo a ideia de preocupação, pecado e mistério. Em seguida sopra três vezes, sobre as palmas de suas mãos como se elas contivessem um pó. Esse procedimento é para afastar a negatividade que acompanha Ofun. 

Quando a pessoa for de Ofun Meji, já começa pelo ebó e preceitos, investigando os Orixás. 

Após dar-se caminho do lado negativo os banhos serão de ervas calmas e frias assim como deverá ser ainda, oferecido um Obi d’água ou, se sair no jogo, um Bori de Ejé Funfun (Igbin) porque a pessoa que der caminho ao lado negativo não poderá levar ejé (sangue) por, pelo menos, 90 dias. 

Se sair no jogo, independente de ebó, a pessoa deve procurar um médico ou continuar o tratamento que estiver fazendo. 

O presente deve ser entregue no mar ou beira de rio. Se for ao rio colocar na areia úmida e não se esquecer de fazer o Oriki de Oxalá e de Ofun. Dar comida a Egungun não se esquecendo de fazer o Oriki de Egungun. Após a entrega do presente dar comida a Exu, Ilê e Oxalá. 

Ele sempre reclama seus sacrifícios de 16 (dezesseis). Comanda, juntamente com Osá e Irosun, a menstruação feminina. Este Odu é tão perigoso que a maioria dos adivinhos omite seu nome diante de profanos preferindo dizer Hekpa Babá. 

Os ebós de Ofun devem ser feitos sempre na lua cheia.

Dependendo da caída também pode ser feito ebó de egungun e de Ofun em caso de separações e brigas. 

 

História: 

Um dia foi marcado uma reunião entre todos os orixás e cada um tratou de realizar as oferendas especificas a fim de que tudo transcorresse muito bem e orixalá tratou logo de preparar a sua. Findando a feitura da oferenda, entregaram a orixalá panos brancos para ele fazer um vestuário e penas de papagaio da costa para ele colocar em sua cabeça. Assim feito tudo, chegou o dia da grande reunião em que todos os orixás se apresentaram. 

Orixalá apareceu de uma forma tão maravilhosa em suas vestes novas, como se fosse iluminado pelos raios do sol. Assim, todos foram se curvando diante do tamanho brilho da aurora nascente, juraram fidelidade e lhe deram tudo o que possuíam, com a palavra de o adorarem para sempre. 

 


 

 

11. ÒWÓNRÍN - Ancestralidade 

 



 Regente: Egungun e Oxossi 

Equivale ao ponto cardeal Oeste-Sudoeste. 

Elemento: Fogo

Rege Abdome, mãos e pés. É um Odu composto pelos elementos terra sobre fogo com predominância da terra o que indica proteção, ajuda, admissão e aceitação. 

As pessoas que tem este Odu na cabala deverão lhe dar um presente a ele todo dia 11 de cada mês para ficar em paz e tranquilidade. 

Personalidade: Pessoas com esse Odu têm imaginação fértil, boa saúde e vida longa, mas as más influências e a falta de fé as levam a enfrentar dificuldades materiais e a só alcançar o sucesso depois de grandes sacrifícios. São muito volúveis no amor. As mulheres geralmente fracassam no primeiro casamento, mas acabam encontrando a felicidade. 

Cores: são sempre luxuriantes e quentes, principalmente o vermelho e o dourado. Esse signo é o criador das cores, transmitindo a ideia de colorido (estampado). 

Proibições: Devem evitar a bebida e outros vícios. 

Seus pontos vulneráveis são a garganta, o sistema reprodutor e o aparelho digestivo. 

É um Odu feminino, representado esotericamente por dois triângulos superpostos, no meio dos quais estão dispostos três pontos formando triângulos. 

Cada ponto é de uma cor diferente o que transmite a ideia de colorido, matizado (são utilizadas seis cores diferentes, não importando quais sejam elas).

O Odu Owarin é um Odu extremamente ligado à sexualidade, aliás, existem dois grandes Odus que regem a sexualidade: O Okaran e o Owarin, particularmente o Owarin no sentido de sedução, da parte de relacionamento, de amor e de sexo. 

O comportamento de Ogum em Owarin é como o próprio Orixá ogum que é de grande virilidade, de grande força, seja ela energética dos caminhos, seja ela até mesmo ligada à sexualidade. Ogum nesse caminho é o Ogum namorador, quando ele pega Oxum, quando ele pega Oyá, quando ele pega as Iabás. O comportamento de Ogum como um sedutor, um cara que conquista muitas mulheres e faz da conquista das mulheres uma guerra onde ele adquire essas vitórias na conquista, ele faz da mulher um prêmio, então tem uma relação muito grande envolvendo a parte da sexualidade e a parte das relações. 

No dia a dia, os filhos de Ogum ligados a esse Odu são pessoas com temperamento bem quente, mas também com uma sensibilidade emocional muito grande. São pessoas que apesar de terem um temperamento um pouco quente, possui também uma sensibilidade, uma espiritualidade bastante sensível e nessa combinação está à chave de grandes poderes associados à força e a sensibilidade. 

Este Odu tem a filosofia de que quem tem que morrer não adoece, morre logo. Quando ele aparece e diz que a pessoa vai morrer não espere doença, pois ela morrerá logo, sem adoecer. 

Esse Odu introduziu neste mundo as rochas e as montanhas, as mãos e os pés dos seres humanos e as cólicas femininas. 

Positivo: As pessoas nascidas neste signo ficam ricas ainda na juventude, realizam muito cedo tudo o que desejam na vida e obtém precocemente filhos, mulheres, dinheiro e todas as boas coisas da vida. 

Ele aponta nobreza de atitudes, uma decisão que leva a um bom resultado, planos que darão certo, um bom empreendimento, proteção do alto, ajuda de terceiros, fartura e riqueza. As virtudes desse signo são muitas: mediunidade, vidência, premonições, sorte no jogo, no amor, em comércio e vitória sobre os inimigos, só que de forma lenta e muito sacrificada. Esse Odu traz surpresas, ingratidão, vingança oculta, dificuldade de ter o que se deseja, consegue tudo o que quer por meio de muito esforço, satisfação com aquilo que se deseja ter. 

São naturalmente bafejadas pela sorte, atraentes, excessivas em tudo, generosas, dominadoras e entusiasmadas. Não conhecem desafios que não possam vencer e nem obstáculos que não possam superar. Gostam de tudo o que é bom, do que é caro e nunca medem esforços para alcançar o que desejam. 

Este Odu traz muito sucesso nos negócios, satisfação com aquilo que se deseja ter, lucros e sociedade, mas pode trazer muita demanda, acidentes, ingratidão, doenças passageiras, fracasso no amor, dificuldade de ter o que deseja, tudo o que quer é por meio de esforço, porém se estiver positivo, traz muita prosperidade, paz, harmonia com toda a família e amigos. Poderá ter uma relação amorosa muito forte e duradoura. Tendência a fazer uma boa e grande viagem. 

Negativo: Oworin Meji é um Odu muito poderoso que revela inúmeras doenças localizadas no abdome, onde o signo estabelece o seu reduto. É, portanto, o assistente direto de Iku, a morte, durante a noite e de Gbé, a vida, durante o dia. 

Traz acidentes fatais, morte súbita ou prematura e vida curta. Aponta doença no olho direito, excesso de sangue, hipertrofia dos órgãos, hipertensão, congestões e todos os tipos de doenças ocasionadas por abundância ou excesso patológico de fluídos, tumores e matéria orgânica. Ele predispõe as estadias curtas sobre a Terra, isto é, as pessoas desse signo tendem a viver pouco. 

Por ser este Odu portador de acidentes, é muito difícil que se possam desfrutar, por muito tempo, os seus benefícios. 

Esse Odu impõe muitas influências negativas, tanto para o consulente quanto para as pessoas regidas por ele. 

Devido à forma carmática muito pesada a qual esse Odu propicia, as pessoas se tornam muito perturbadas, negativas e lutam com grandes dificuldades tentando realizar algo na vida porque todos os caminhos se fecham. 

Geralmente elas sofrem constantemente com doenças correndo algum risco de morte, pois esse signo pode ocasionar, de um momento para o outro a morte por doenças, acidentes graves ou crime. 

Na verdade esse Odu causa supressão com a morte, não permitindo por muito tempo, tratamentos médicos nem trabalhos espirituais. 

São pessoas com más influências perturbadoras, com dúvidas, felicidade oculta e difícil. Se for homem é volúvel e sem fé e luta com muitas dificuldades para a realização de qualquer objetivo. 

Sofrem por calúnia, perda de bens e outros valores sentimentais, doenças passageiras. Egun em cima, muito carrego e só vencem obstáculos com muita luta e após sofrer com grandes sacrifícios. 

Tendência para mendicância e para os vícios da bebida e das drogas, ou ainda envolvimentos com pessoas e casos obscuros, levando a envolvimentos com a polícia. Não se sensibiliza com o que vier a acontecer. 

Para levantar seus nativos, o zelador ou zeladora deve ter muito conhecimento e paciência. São pessoas boas, porém volúveis; lutam com dificuldade para um grande projeto e tem que agir com calma, caso contrário perderão tudo. Vencerão os obstáculos com a razão; porém quando este Odu está positivo, ele oferece vitória sobre todas as lutas e obstáculos. 

Para as pessoas desse Odu, existe um fator muito importante: quando ele está em boa fase ele oferece vitória sobre todos os inimigos, os quais tentam guerrear com armas mesquinhas como difamação, fofoca, intrigando ou fazendo magias pesadas com propósitos mesquinhos tentando denegrir a boa imagem e a dignidade de suas vítimas. 

Somente com um grande ebó, muitas obrigações e muita calma o consulente poderá, gradativamente, atingir seus objetivos, caso contrário, a pessoa perderá tudo e inclusive a própria vida. 

Para as pessoas que vão viajar ou que trabalham viajando, deverão ter cuidados especiais fazendo ebó. 

Para as que estão doentes ou que vão fazer cirurgia, também devem fazer ebó antes. 

As pessoas desse signo, embora aparentemente estejam em boa situação, deverão agrada-lo uma vez ao mês (dia 11 de cada mês). Não é dar caminho e sim e apenas agradar. O tipo de agrado mensal não é o mesmo que o anual é mais simples. 

As pessoas desse Odu deverão usar constantemente um patuá especial, banhos de folhas em defesa e fazer “Ofó” e “Oriki”. 

Para as pessoas desse Odu ou influenciadas por ele, é necessário, além de ebó de Odu, deverão fazer um Ebó de Egungun para um espírito de um antepassado o qual sempre tenta viver encostado com propósito de levar a pessoa ou a influencia negativamente.

Ebó geral para a vitalidade, Oferenda para Oxóssi e Iroko para não deixar a sorte ir embora e a pessoa criar raiz. 

 

História: 

Certo dia, uma mulher muito fiel aos orixás fora numa fonte lavar roupa levando consigo sua criancinha. Lá havia outra mulher invejosa que, vendo que ela estava distraída com a sua ocupação, tentou lançar a criancinha da outra numa bacia d'água. Mas outra mulher ainda, ouvindo o chorinho da criança, correu para ali e a tirou de dentro d’água, salvando-a do perigo, antes mesmo de sua mãe se dar conta do horror que acontecia. 

Assim se vê o ponto onde uma pessoa má pode chegar e também o quanto podemos contar com a ajuda e proteção através de oferendas específicas. 

 



  

12. ÈJÌLA-ASEBORA - a diplomacia 

 



Regente: Xangô 

Elemento: Fogo – Rege os músculos, nervos e ligaduras. É um Odu composto pelos elementos água sobre o ar, o que determina um encaminhamento dos esforços, ao encontro de obstáculos que poderão ou não ser transpostos, dependendo da qualidade de esforços despendidos neste sentido. 

Proibições: Aos filhos de Ejila-Aseborá é proibido: comer carne de qualquer animal morto por decapitação, ingerir mel de abelhas ou qualquer alimento que o contenha. Matar ou colecionar borboletas nem objetos adornados com suas asas. 

Seu ponto vulnerável é a circulação sanguínea. 

Personalidade: Geralmente são pessoas agradáveis, boas, simpáticas, porém muito mão fechada. As pessoas com influência desse Odu são boas, prestativas, inteligentes, arrogantes, mas de bom coração. Mesmo quando não ocupam posições elevadas não deixam de possuir as qualidades de seu Orixá. 

As pessoas regidas por este Odu são sensíveis, amáveis e cordiais, adoram relacionamentos superficiais e numerosos e dificilmente assumem compromissos que durem muito tempo, o que provoca uma constante troca de parceiros.

Costumam se entediar até com as melhores coisas da vida. 

Significa que duas forças conflitantes se confrontam e que o resultado dessa disputa tende sempre em favor do lado mais fortalecido. 

Expressa a ideia de contato, de troca de relação entre dois seres ou duas coisas. Refere-se a tudo o que diz respeito à união, casamento, contratos, pactos, acordos e compromissos. 

Esta figura exprime tudo o que entra em contato, não só por associação como também, por oposição. Desta forma, o confronto de dois homens, dois exércitos em luta, desde que ocorra um contato bem próximo, corpo a corpo. Dessa forma, um acoplamento sexual ou ainda, um par de dançarinos em ação, também estarão sob sua influência. 

Pode significar ainda o fim de uma estadia sobre a Terra, a morte do corpo físico, daí seu nome significar “cortar a cabeça”. 

Simboliza ainda a ligação entre o céu e a Terra, o caminho que une os dois planos que deve existir material e espiritualmente, possibilitando a evolução espiritual do ser humano. 

É um Odu que tem grande relação com os quatro elementos e é muito ligado à comunicação. 

Se aparecer duas vezes cuidado com roubos. Significa que só conseguirá progressos mediante a feitura do santo. 

Esse Odu representa também as doze Iabás, sendo que seis condenam e seis absorvem. São pessoas que devem ser bem cuidadas. 

Quando esse Odu aparece no jogo joga-se Ejilajeborá + Ossá na rua, despachando a rua. 

Fala em desgraças, prisão, briga, miséria, sangue, ruína, perda de tudo. Cuidado com roubos. Significa também problemas com a justiça. 

Pessoas com esse Odu têm o dom de convencer os outros. Dotadas de grandes qualidades espirituais, são bondosas, justas e prestativas, embora às vezes se mostrem arrogantes. Apaixonam-se com facilidade e são muito ciumentas. 

Positivo: vitória em todos os sentidos, situação de desespero que chega ao final sendo superada com esforço. Fortalecimento espiritual, inteligência, um relacionamento de amizade que se transforma em romance. 

Negativo: Este Odu traz muita agonia, desassossego, insônia, inquietude, falta de ânimo, rancor, mas também justiça e vitória em casos difíceis. As pessoas deste Odu estão sujeitas a muitas calúnias, traições, perseguições, invejas, amigos errados, desilusões, separações no lar, desconfiam da sua própria sombra, porém trazem sempre o poder da justiça para conseguir o que almejam, mas sempre vencendo admiravelmente, desenvolve formas de melhora, performance e qualificação profissional e organização de suas finanças. Cuidado com envolvimento com polícia, troca ruim que traz maus resultados, morte no sentido literal da palavra, inimigo difícil de ser derrotado, associação prejudicial, compromissos que não podem ser cumpridos. Tendência ao suicídio e ao desespero. 

Distúrbios nervosos, paralisias locais ou gerais, falta de coordenação motora, epilepsia total e catalepsia. 

Esse Odu é o mesmo que outorgou poderes aos 12 ministros de Xangô dos quais seis podem absolver e 6 condenam. 

As pessoas sob influência desse signo ou por ele regidos são pessoas prestativas, inteligentes, justas, possuem bom coração e, mesmo quando ocupam uma posição social elevada, jamais tem a pose de um rei ou de um ministro. 

O homem desse signo é quase sempre predestinado ao trabalho pesado, mas, encontrará sempre ajuda de um amigo nos momentos difíceis. Também poderá receber uma herança e ter grande futuro. Tanto para o homem quanto para a mulher, ele prediz que haverá muitas batalhas na vida. 

Dor de cabeça, pessoa com problemas mentais na família ou parentes com tendência para loucura. Herança no futuro, bebidas e mulheres trarão muitas dificuldades e desespero. Tendência acentuada para o alcoolismo. Facilidade para progredir e subir na vida, como também descer e se afundar. 

Quando esse Odu se apresenta no jogo, deve-se despachar a porta e encerra-se o jogo imediatamente, soprando-se em direção à rua com as duas mãos (como se tivesse algo entre as mãos). 

Quanto ao consulente, esclareça que realizará seus intentos desde que haja a feitura de Orixá ou pelo menos a colocação de uma grande obrigação para se ter êxito nas coisas. 

Quando sair no jogo Osá e em seguida Ejila-Aseborá, indica que o consulente terá grandes dores de cabeça, podendo se tornar um ébrio ou doente mental. Essa indicação também é estendida a alguém da família que correrá o mesmo risco. 

O presente deverá ser entregue numa pedreira, bem no alto, ao raiar do sol, de frente para o nascente, fazendo Oriki correspondente. Na volta dar comida a Xangô. 



13. ÌKÁ - a cura 



Regente: Obaluaiê 

Fala: Nana, Yami Osorongá, Omolu, Osá, Olokun, Oyá, Ogun, Exu, Egun e Ori. 

Elemento: terra - Rege As pernas, coluna, costas, espinhela caída. 

Corresponde ao ponto cardeal Oeste. 

Cores: Suas cores são o negro e o branco nacarado e o cinza prateado. 

Proibições: Aos filhos desse Odu é vedado destruir, seja por fogo, veneno ou algum outro modo qualquer tipo de formigueiro. Não pode beber vinho de palma e nem usar perfumes fortes e roupas vermelhas. 

Para manterem seus signos sempre no positivo devem banhar-se com folhas de cabaceiras e algas. 

A pérola negra e o quartzo fumado são excelentes catalisadores de vibrações positivas deste Odu. 

Saúde: Traz problemas de visão, de estômago, aparelho digestivo em geral, bexiga, útero, queda de temperatura do corpo, perturbações emocionais e alucinações fantasmagóricas. 

Personalidade: Os filhos deste Odu são pessoas dóceis, de temperamento mórbido, que preferem ser dirigidas e orientadas por alguém em que depositam confiança cega. Preferem viver em grupo. 

Costumam vencer suas dificuldades, porém não tem sorte no amor e levam uma vida com perturbação. 

As pessoas que estão sob o domínio desse Odu vencem as maiores dificuldades. São trabalhadoras, honestas ao extremo e possuem grande vontade própria. 

Esse Odu representa morte, mas também pode representar fim de sofrimento e inicio de nova vida. 

Tem facilidade de descobrir novos caminhos e assim recomeçarem com uma nova vida de sucesso e amor. Também significa doenças passageiras. 

Pessoas com esse Odu aceitam com resignação os sofrimentos físicos, emocionais e espirituais, conscientes de que todas as situações da vida são transitórias. Além disso, sua profunda fé termina por lhes assegurar vitória.  Dotadas de mão de cura, se destacam nos serviços médicos e de assistência psicológica e nas terapias alternativas. Seus pontos vulneráveis são o baço e o pâncreas. 

É um Odu feminino representado esotericamente por um círculo inteiramente negro, ao contrário de Ejionilê (Ejiogbê). Oyekú é à noite, ao contrário do dia. A morte, o inverso da vida. 

Alguns adivinhos afirmam que este foi o primeiro Odu a ser criado, tendo perdido seu lugar para Ejionilê. Esta opinião prende-se ao fato de que as trevas existiam antes que fosse criada a luz. Oyeku é exatamente o contrário de Ejionilê ou a sua complementação. Representa o Ocidente, à noite e a morte. 

Quando Ejionilê veio a Terra não existia a morte. Oyeku a introduziu e dele depende o chamamento das almas e suas reencarnações após a morte. Oyeku Meji (Ejiologbon) participa 

Dos rituais fúnebres e um pouco das guerras. É ele quem comanda a abóbada celeste durante a noite e o crepúsculo. 

Devido a sua influência direta sobre a agricultura e toda a produção agrícola, aqueles que nascem sob este signo poderão ser excelentes agricultores. Todos reconhecem neste Odu, uma enorme influência e uma estreita relação com a terra que reafirma sua condição de oposição a Ejionilê que comanda o céu. 

Oyeku Meji (Ejiologbon) ensinou os homens a alimentarem-se de peixes. Com este signo vieram ao mundo o couro de crocodilo, o focinho do hipopótamo, o chifre do rinoceronte, e todos os animais (de pelo ou penas) que possuem hábitos noturnos.

As nodosidades das madeiras e os nós das cordas. 

Representa tudo o que é neutro, ineficiente, fatal, o conformismo, aquilo que cai, que se decompõe. É o declínio do sol, o final do dia, o fim de uma etapa.

Anuncia um acontecimento nefasto, uma notícia desagradável, um falecimento, uma condenação na justiça. Determina sempre o fim radical de uma situação ou que pode ensejar ou não, o surgimento de uma nova condição. 

Positivo: Este Odu traz lutas difíceis, astúcia, sagacidade e destreza para conseguir fortuna ou bem estar. No positivo, conseguirá tudo com êxito e sucesso. Atividades ligadas à comunicação. Mudanças para melhor, fim de uma situação desagradável, boa orientação de alguém que deve ser seguida, desmascaramento de certa pessoa que vem agindo com falsidade, intuição correta, capacidade de convencer, eloquência, fidelidade no amor, neutralidade em relação a uma briga ou disputa envolvendo outras pessoas. Pode de um momento para o outro, haver o fim de um longo sofrimento e surgir um novo horizonte cheio de surpresas. 

Negativo: traz morte, destruição, ruínas, em caso de pessoas com problemas na família que poderá trazer a morte. Está sujeita a trabalhos de feitiçaria em cemitérios ou enterrados em outros locais. Analise bem sua caída e confirme mais de uma vez, pois pode ser a cabeça pedindo bori. 

Golpes, paixão, amor impossível, sonhos que não se realizam, fantasia e ilusão, resignação a tudo, à doença, ao progresso, à dor, ao luxo, à pobreza, enfim, tudo, para o alto bem como para o baixo astral, ineficiência, incapacidade de tomar decisões, queda de situação, morte do consulente ou de pessoa a ele ligado. Fala principalmente de morte de pessoa do sexo feminino. Notícias ruins que estão para chegar. Rompimento definitivo de qualquer relação, esgotamento de possibilidades e recursos. 

Este Odu traz inveja, vida e lutas difíceis, muitas dívidas, sagacidade e destreza para conseguir fortuna ou bem-estar, trabalhos feitos para te derrubar e te arruinar. Muita doença e tristeza. Cabeça fraca. Envolvimento com paixões difíceis e impossíveis, traições, desprezo. 

Esse Odu é um dos mais velhos e as pessoas regidas por ele poderão vencer as maiores dificuldades, mas não possuem muita sorte no amor e por isso vivem constantemente perturbadas, porém não deixam de serem trabalhadoras, honestas ao extremo, possuem muita vontade própria, são muito conscientes, sensíveis quando se sentem agredidas e tornam-se momentaneamente vingativas. 

As pragas e os feitiços das pessoas desse Odu são por demais perigosas e com muito efeito, e infelizes serão os seus inimigos os quais tentarem guerrear ou cair no desagrado. 

Quando ele se apresenta, costuma indicar a morte para o consulente ou para pessoa da família. É o tipo de morte quase sempre por feitiços feitos principalmente em cemitérios, pois ele tem envolvimento muito próximo a Egun. 

Para as pessoas que se encontrarem doentes, qualquer posicionamento será perigoso, com exceção e unicamente quando cair à direita (lado do futuro positivo). 

 


 

14. ÒTÚRÚPÒN - as amizades 

 



Regente: Obaluaiê e Omolú 

Elemento: Água – Rege Caixa torácica. É um Odu composto pelos elementos água sobre a terra, com predominância da água o que indica que o objetivo é em si mesmo, o obstáculo que se renova permanentemente, provocando a necessidade de se reiniciar a tarefa e a consequência é a revolta do indivíduo contra si próprio e contra o mundo, que passa a considerar injusto e mau feito. 

Corresponde ao ponto cardeal Este-sudoeste. 

Cores: são o vermelho, o negro e o azul. 

Proibições: Aos filhos de Iká Meji é vedado comer peixe defumado, carne de cobra, jacaré de pangolin, macaco (se comer é punido com a morte), batata doce, vinho de palma. São proibidos de beber na cabaça seja o que for. 

Os nascidos sob este signo não podem usar o “Abuta”, pano colorido e fabricado no Abomey. 

Personalidade: As pessoas regidas por esse Odu são sempre muito confiantes e, por essa razão, chutam a felicidade, passando ao arrependimento logo após, mas elas, inúmeras vezes, se recuperam e se renovam após os obstáculos, cheios de esperança a cada momento e de imediato, conquistam novas amizades com mais precisão e muita cautela em tudo e por tudo, pois não sabem e detestam a solidão e por isso adquirem muita lábia. 

São pessoas por demais prestativas e agradáveis. Fingem ser viris, gostam de vaidade e esforçam-se para sobressaírem em todos os meios e em todas as áreas, lutando com sua dupla personalidade. 

Belas e sensuais, as pessoas com esse Odu têm aparência juvenil e forte poder de sedução. Vivem paixões arrebatadoras, mas passageiras e estão sempre em busca de novos amores. Possuem talento para a magia e enorme força espiritual, que se manifesta através do olhar. Enriquecem com facilidade e se destacam na vida profissional e social, mas são desconfiadas e propensas a ter conflitos psíquicos. 

São pessoas difíceis de lidar, pois estão sempre em estado de defesa e, sendo assim, é bom estarmos alertas para um golpe certeiro que pode ser desferido a qualquer momento. É sempre bom ter cautela com seus nativos. 

Seu ponto vulnerável são as articulações que podem lhes causar problemas de locomoção. 

É um Odu masculino, representado esotericamente por uma serpente. 

É um Odu rico e promissor e seus nativos sempre estão exuberantes e em estado de grande força, pois sempre se adaptam e tiram vantagens de qualquer ambiente em que estiverem. 

Esse Odu mostra o despertar de surpresas, cartas, dinheiro, lucros ou negócios, amores, felicidades para se arrependerem mais tarde. Significa que novidades estão para acontecer. Novas amizades. 

As pessoas desse Odu são confiantes e deixam passar a felicidade. Surgem novas esperanças, mas não tem muita firmeza no que querem. São inconstantes, fazem boas amizades, são bons amigos e gostam de prazer. 

Este Odu estando negativo pode trazer muitas brigas, agressões, envolvimento com a polícia, vingança, prisão, perversidade. Está sempre em desacordos. Brigas com amigos, parentes, filhos e com todos que discordem dos seus pensamentos e atos. Cuidado também com inimigos ocultos. Agressões entre casais, dificuldades financeiras, vêm muito dinheiro, mas logo perde. Está sempre cercado de olho grande e inveja. Bem estar fácil no fim de qualquer tempestade. 

Determina a conquista pela força, sem trégua, sem piedade. Os naturais desse Odu são pessoas impulsivas, corajosas e quase sempre violentas. Nunca medem as consequências e nem hesitam diante do perigo. 

Representa a “DÔ a serpente. Rege todos os répteis do campo como também um bom número de animais que vivem na floresta, como macacos, lagartos e certos pássaros como o “sasagolé” (espécie de Tucano), a “alwalokolwê" (espécie de rolinha), os caramujos, os ouriços e todos os peixes. 

Esse Odu rege todos os animais de sangue frio, aquáticos ou terrestres. De uma forma geral ele busca o frescor. 

Criou a piedade e o amor filial. Ao contrário do que algumas pessoas pensam, não se ocupa da fecundação e sim, dos abortos e de falsas gestações. É tido como um signo que mata as crianças, provocando sempre abortos, sempre acompanhados de hemorragias incontroláveis, o que pode ser evitado através de ebós específicos a ele relacionados. 

Os macacos vieram ao mundo por este signo que é o Odu principal dos gêmeos selvagens (“Zun e Hoho”). Seu aparecimento, na consulta de uma mulher grávida pode indicar o nascimento de gêmeos e também a vinda dos “Hauassás” à Terra que é devido a este signo. 

Morfologicamente, Iká Meji exprime a ideia de algo que esteja prestes a explodir como uma granada, uma bomba, uma caldeira. E esta ideia se estende a situações de aspecto explosivo como uma greve, uma briga ou uma situação insustentável. 

Positivo: Esse Odu favorece a um novo despertar e determina um cargo importante, traz muitas surpresas boas e poucas surpresas ruins. Vitória sobre os inimigos, controle de uma situação tumultuada, coragem para enfrentar um problema, sorte com o sexo oposto e conquista amorosa. Ele determina muitas felicidades, tais como: desembaraços de documentos, heranças, bons lucros em todos os tipos de negociações, uniões, casamento, boas amizades, porém, de um momento para o outro a boa situação pode mudar. Pode ter paz, fortuna e bem estar fácil no fim de qualquer tempestade e vitória sobre qualquer coisa. 

Negativo: Indica perversidade, ganho de mulher com o corpo, malfeitos, remorsos, Envolvimento com polícia, inimigos declarados e perigosos, crimes sexuais, violências, agressões impostas ou sofridas, revolta, filho adulterino. Novidades que poderão vir a acontecer, podendo ser boas ou más. Demandas, perdas, investidas que poderão trazer arrependimentos. Paixões, doenças passageiras, tem o vício da juventude e o carisma de um olhar malicioso e penetrante, perigoso com pensamentos intensos. A sua fase negativa indica prisões, gravidez por adultério, estelionato, calúnias, agressões e confusões. 

Ele fala de impotência, frigidez, atrofias e inflamações musculares, problemas de fígado e vesícula, interrupção no fluxo sanguíneo ou menstrual, doenças de pele (erupções), rubéola, sarampo, inflamações externas, desarranjos intestinais e hemorragias seguida de aborto. 

Todos os sacrifícios a ele oferecidos devem ser despachados nas águas. 

Todas as vezes que esse Odu aparece bem posicionado num determinado jogo, significa possibilidades e boas notícias tais como: cargo de santo, viagens, convites, heranças, nomeações, lucros, presentes, reconciliações, compra de imóveis, mudança de residência para uma melhor e etc. 

Obrigações para Obaluaê e Omolu podem ajudar principalmente em caso de doenças. 

 

 


  

15. ÒFÚN-ÒKÀNRÀN - o equilíbrio da existência 

 



Regente: Ori, Obaluaê, Omolu 

Elemento: Água – Rege Audição. É um Odu composto pelo elemento fogo sobre água com predominância da água o que indica dinamismo inicialmente existente, que tende a transformar-se em auxílio poderoso, mas, que o benefício auferido será sempre em favor de outrem. É o macho que luta e se sacrifica em favor da fêmea. A atividade é impulsiva e independente da vontade do agente. É o sem juízo. 

Corresponde ao ponto cardeal Noroeste. 

Proibições: Aos filhos de Obeogundá Meji é vedado comer feijão descascado, pilado e temperado com azeite de dendê, feijão de casca vermelha e suas folhas, galinha d’angola, farinha de acaçá, banana da terra, inhame, assim como todas as coisas oferecidas a Dã, Sakpatá e Nana. Deve também evitar ingerir camarão, carne de antílope, carne de porco, mamão, vinho de palma e azeite de dendê. 

Personalidade: Pessoas com personalidades duvidosas, nunca se afirmam no que realmente querem e desejam; é necessária a ajuda dos outros Odus para ajudar em processos difíceis. 

São pessoas que brigam muito em casa e no trabalho e quase sempre sem motivo, depois se arrependem. Podem ser muito felizes no amor, tem que lutar muito para conquistar a pessoa amada, pois vai encontrar sempre concorrentes em seu caminho. 

Seus filhos são sempre impulsionados pelo desejo de conquista e de domínio, não hesitando, para conseguir esse objetivo, em assumirem atitudes ameaçadoras, que visem manter controle permanente sobre a situação. 

São pessoas corajosas, audaciosas, presunçosas, mas muito solícitas e prontas a socorrer quantos necessitem de seus préstimos. Possuem caráter altivo, sarcástico e indisciplinado. São amantes do trabalho e batalhadores entusiastas. 

Pessoas com esse Odu são valorosas, combativas e imparciais, mas costuma sofrer desilusões amorosas, o que acentua sua agressividade e seu sentimento de rejeição. Têm saúde frágil estão sujeitas a problemas nos olhos, ouvidos e pernas e a distúrbios do sistema neurovegetativo. 

É um Odu masculino representado esotericamente por um quadrado dentro de um círculo. O quadrado representa o domínio que conhecemos, o material, a Terra. O círculo representa à incógnita, o céu e tudo o que desconhecemos. 

O círculo, representação de tudo o que desconhecemos, chama-se “weké”. Verifica-se ainda o “Weké Non”, mestre do oculto e um dos nomes honoríficos de “Lisa”. 

Aquele que encontrar Ireté deve oferecer 40 moedas, uma garrafa de aguardente e uma galinha (Igbadu) que será solta na casa do Babalawô, devendo ser enterrada quando morrer naturalmente. 

Iretê é o signo da terra, é o domínio terrestre. Tudo o que está morto lhe pertence, mas, a morte em si pertence à Oyekú Meji. 

Este signo jamais deve ser invocado em companhia de Osé Meji. Esse Odu representa guerra e paga a justiça com retidão. 

Positivo: As pessoas desse signo são favorecidas em pequenos negócios e pequenos lucros e poucas são as possibilidades de sucesso, mas também não quer dizer que a pessoa desse Odu será sempre pobre e podem conseguir realizar alguns de seus projetos e sonhos. Domínio absoluto de uma situação, amor correspondido, influência, respeito, auxílio poderoso e dinamismo. Traz riqueza, prosperidade, quando em outra fase de transição para seus nativos, gosta de jogos e tem muito gosto para selecionar e escolherem tipos de relacionamentos. 

Negativo: Este Odu influencia o corpo humano provocando atividades excessivas das funções fisiológicas e da vida celular ocasionando febres, congestos, irritações e enfermidades inflamatórias. É uma figura muito negativa que responde quase sempre com um não. Anuncia tempos ruins, crises agudas, traumatismo, ferimento por acidentes. É ainda causador de hematomas e pancadas. 

Este Odu traz muito sofrimento, perdas, inveja, intriga entre parentes e amigos que entra e sai na sua casa. Está sempre sendo estagnado por alguém, por causa de intrigas, provocações e por má influência. Muita felicidade, mas, perigo de acidentes. Guerra, conflitos, pessoas com problemas nas pernas, disputa por mulheres ou homens, realização de negócios com poucas chances de vitória, progresso incerto. Falta de juízo, atitudes egoístas, indisciplina, uma aventura com final desastroso, violência, ciúmes, cólera incontrolável, violência sexual e estupro. 

Este signo traz os abscessos, os furúnculos e a varíola. Uma febre eruptiva e mortal conhecida como “Nutité” e a hanseníase. 

Traz também riqueza, prosperidade quando em outra fase de transição para seus nativos. Inicia inúmeras situações desconcertantes até ocasionar guerra através de intrigas, inveja, ambição, danos morais e materiais. Processos, separações, perda de dinheiro e da propriedade. 

Ele traz varíola, atrofia muscular, inflamações intestinais, impotência sexual, febres eruptivas, hepatite e lesbianismo. 

Quando ele determina castigos em sua fase regida, as situações se tornam por demais perigosas e delicadas, ocasionando danos morais e materiais tais como processos, separações, perda de dinheiro e de propriedades, de objetos de muito valor, de emprego, risco de haver um crime e risco de incêndio. 

Entre tantas situações pesadas, esse signo também ocasiona sérias perturbações orgânicas e uma demanda perigosa com homem, advindas de uma mulher. 

Apesar das imposições rígidas desse Odu, o mesmo, após uma série de experimentações, finalmente alivia a pessoa por ele regida, possibilitando vitórias, principalmente quando houver questões relacionadas com a justiça às quais receberão julgamento justo. 

Devem o zelador ou zeladora analisar bem para conseguir acertar essas cabeças, pois são complicadas. Apresentam também mudanças repentinas. 

Devem ser passados nove banhos de água de canjica a esse consulente. 

 


 

 

16. ÌRETÈ - sofrimento e esperança

 


 


Regente: Obaluaê e Omolu.

Elemento: Água – Saúde em geral. Ele é composto pelo elemento ar sobre o fogo com predominância do ar o que indica a hesitação do ser diante do domínio dos instintos. É a fêmea que, desejando se entregar finge resistir. É o devaneio, a vocação artística influenciada pelo sentimentalismo e pelo amor. 

Corresponde ao ponto cardeal Sudoeste. 

Cores: azul, branco e dourado, gostando muito de tudo o que é estampado com essas três cores. A cor branca deve se fazer sempre presente e é bom para fazer negócios aos domingos. 

Proibições: Aos filhos de Aláfia Meji é vedado possuir cão e tê-lo perto de si. Comer galo, milho assado, inhame pilado, carne de porco, carne de tartaruga, portar facas ou armas brancas, vestir Agbadá, fazer uso de tabaco e nem ser indiscreto. 

É recomendado aos regidos por este signo, dar esmolas e, quando possível, ter perto de si um destes pequenos altares que os mulçumanos utilizam para fazer as suas preces. 

Personalidade: Pessoas regidas por este Odu, normalmente estão de bem com a vida. Fartura, progresso, prosperidade, felicidade e amor, apesar de haver muita inveja, ciúmes e falsidades. São pessoas calmas, desenvolvidas espiritualmente, com fortes tendências a vencer e terminar seus dias com muita alegria, paz, tranquilidade, estruturação, interiorização, elaborações internas, expansão em geral.

As pessoas deste Odu devem procurar usar sempre roupas brancas aos domingos. 

Confirmação de pleno êxito, contentamento, felicidade, lucros, herança, viagens e, a cor branca deve sempre se fazer presente em sua vida. Grandes chances nos negócios realizados aos domingos, mas apesar de tudo tem suas limitações, como qualquer ser humano. 

Seus nativos podem estar tristes, pobres, mas não se iludam porque de repente transformam tais situações em situações espantosas que assustam a todos. 

Significa também, o sol, a luz, a verdade, desembaraço, felicidade, tranquilidade, lucros, herança, viagens, amores a realizar. 

A resistência, a tolerância e as mutações são uma constante aliada ao progresso tanto para cima quanto para baixo. É necessário que o babalorixá ou Ialorixá procure o equilíbrio do Odu. 

Não deve ficar triste, pois tem a felicidade nas mãos, necessitando apenas de uma boa orientação. Deve fazer sempre banhos de limpeza. 

Calmas, racionais e espiritualizadas, as pessoas com esse ODU têm domínio sobre suas paixões. São excelentes nas áreas de vendas e de artesanato, mas desistem facilmente dos seus projetos e perdem o interesse por aquilo que já conquistaram.

Estão sujeitas a problemas cardiovasculares, psíquicos e de visão. 

Obs.: As perguntas devem ser feitas sempre dirigidas a Orunmilá e sempre serão duas jogadas para cada pergunta feita. 

Como mestre das línguas, indica quando alguém tem duas palavras e utiliza o poder da eloquência a seu favor. Tem o domínio da boca e, assim como Legba, diz coisas boas e más. Morfologicamente representa dois braços abertos, uma vulva pronta a ser penetrada, uma possibilidade de conquista e de prazer, uma acolhida afetuosa e sincera. 

Sua influência no corpo humano pode provocar inércia da vida celular ou disfunções fisiológicas, apatia dos órgãos e relaxamento patológico dos tecidos. 

É um Odu feminino, representado esotericamente por um busto humano, trajando blusa especial, chamada anteriormente de “Nahwâmi”, e conhecido atualmente como “Kansã”. Esta blusa é usada no Abomehy somente pelos ministros do rei. 

Positivo: Esse Odu significa triunfo, lucros e boas propostas. Vocação artística, sinceridade no amor, amor correspondido, sabedoria, conquista de alguma coisa, prazeres e acolhimento afetuoso. A indicação de Aláfia é a representação favorável do Universo, é a verdade, o sucesso e a paz, dando indicações importantes, bons lucros, recebimento de herança, viagens prósperas e amor correspondido. Ele traz confirmação do pleno êxito, contentamento, felicidade, lucros, herança, viagens. 

É um signo muito bom, sempre pronto a beneficiar e que responde afirmativamente, embora prenunciando tempo variável. 

A indicação deste signo é feliz, tanto para o consulente quanto para o Babalawô, pois o cliente terá daí em diante, um novo início de vida, necessário apenas de uma pequena orientação e alguns agrados ao orixá, fazendo resguardo às terças-feiras para Orunmila usando branco até que todas as pendências sejam resolvidas. 

Para favorecer a atuação do Odu, a pessoa por ele regida ou sob sua influência deverá tomar banho de acaçá com mel e/ou usar ervas calmas e doces como saião, colônia branca, manjericão branco, poejo, algodão, alecrim, alfazema e 16 folhas de Obi (se a pessoa for de Xangô usar folhas de Orobô). 

Negativo: domínio dos instintos (as necessidades físicas sobrepujando a razão e induzindo ao erro) falta de determinação para dizer não, pessoa de caráter dúbio, de duas caras, sem palavra. 

Todo resguardo para esse Odu é de 16 dias. 

Ebó para Obaluaê ou Omolu são recomendados para os problemas de saúde.

 

  


 

 

ÓPÌRÀ - Ausência de Odu

 Se os 16 búzios caírem fechados, indica que algo não vai bem na vida do consulente, na vida do sacerdote ou com o próprio jogo. A indicação seria de caminhos totalmente fechados

Se houver essa caída, devemos fechar o jogo e reiniciá-lo e logo em seguida investigar se o problema está com o sacerdote ou o jogo precisa ser reenergizado.

 

NA TRADIÇÃO DE IFÁ, O BÚZIO ABERTO É NA POSIÇÃO DA ABERTURA NATURAL DELE E FECHADA É A PARTE QUE QUEBRAMOS.

 


Material pesquisado e compilado por Regina  Augusta

domingo, 8 de março de 2015

APOMETRIA - O QUE É E SUAS LEIS


O que é Apometria? - YouTube

A prática vai além do conhecimento teórico. Aprenda mais: Apometria Prática - Para uso pessoal

HISTÓRIA
O Dr. José Lacerda de Azevedo, médico da turma de 1950, em Porto Alegre, foi carinhosamente qualificado por seus pares, como o “Preceptor da Medicina Espiritual”. 
Durante o ano de 1965, esteve em Porto Alegre, um psiquista porto-riquenho chamado Luiz Rodrigues que realizou uma palestra no Hospital Espírita de Porto Alegre, demonstrando uma técnica que vinha empregando nos enfermos em geral, obtendo resultados satisfatórios. 
Denominada Hipnometria, essa técnica foi defendida no VI Congresso Espírita Pan-americano, em 1963, na cidade de Buenos Aires. Essa técnica consistia na aplicação de pulsos magnéticos concentrados e progressivos no corpo astral do paciente, ao mesmo tempo em que, por sugestão, comandava o seu afastamento. 
O Sr. Luiz Rodrigues era um investigador, não era espírita e tampouco médico, mas trouxe possibilidades novas e um imenso campo para experimentação se conduzidas com métodos objetivos e sistemáticos. 
Imediatamente, o Dr. José Lacerda testou a metodologia com Dona Yolanda, sua esposa e médium de grande sensibilidade. Utilizando a sua criteriosa metodologia, a sua sólida formação doutrinária, a observação constante dos fenômenos, aprimorou solidamente a técnica inicial (Hipnometria), designando-a por “Apometria”. Identificou-se na época, um grande complexo hospitalar na dimensão espiritual, denominado Hospital Amor e Caridade, de onde partiam o auxílio e a cobertura aos trabalhos assistenciais dirigidos por ele, para sanar os “distúrbios espirituais”. 
O termo Apometria vem do grego Apó - preposição que significa além de, fora de, e Metron - relativo à medida. Representa o clássico desdobramento entre o corpo físico e os corpos espirituais do ser humano. Não é propriamente mediunismo, é apenas uma técnica de separação desses componentes. 
Os distúrbios espirituais são classificados como: 
-Indução Espiritual; 
-Obsessão Espiritual; 
-Pseudo-Obsessão; 
-Simbiose; 
-Parasitismo; 
-Vampirismo; 
-Estigmas Cármicos não Obsessivos: 
-Físicos e Psíquicos; 
-Síndrome dos Aparelhos Parasitas no Corpo Astral; 
-Síndrome da Mediunidade Reprimida; 
-Arquepadias (magia originada em passado remoto); 
-Goécia (magia negra); 
-Síndrome da Ressonância Vibratória com o Passado; 
-Correntes Mentais Parasitas Auto-induzidas. 

O êxito da Apometria reside na utilização da faculdade mediúnica para entrarmos em contato com o mundo espiritual da maneira mais fácil e objetiva, sempre que quisermos. Embora não sendo propriamente uma técnica mediúnica, pode ser aplicada como tal, toda vez que desejarmos entrar em contato com o mundo espiritual. 
A Apometria é uma técnica de desdobramento que pode ser aplicada em todas as criaturas, não importando a saúde, a idade, o estado de sanidade mental e a resistência oferecida. É um método geral, fácil de ser utilizado por pessoas devidamente habilitadas e dirigentes capazes. 
O dirigente capaz, não é aquele que memoriza toda a sistemática de um trabalho de apometria, mas sim aquele que, entende o que, como e porque o trabalho deve ser realizado de uma determinada maneira, assim como pesquisa sempre junto a sua equipe, as informações e acontecimentos inerentes ao trabalho. 
Para tal, o dirigente deve se valer das treze leis da apometria, assim como das técnicas apométricas desenvolvidas para facilitar e orientar os trabalhos. 
O trabalho de apometria é sempre realizado por uma equipe, constituída por: Dirigente titular; Dirigente substituto; Médiuns de incorporação; Médiuns videntes; Doador de energia, e Notário ou "Escriba.". 


As 13 leis da apometria: 

PRIMEIRA LEI: - LEI DO DESDOBRAMENTO ESPIRITUAL 

-Técnica: Nesta Lei geral se baseia a Apometria. No campo dos fenômenos anímicos a técnica de sua aplicação representa uma verdadeira descoberta. Ela possibilita explorar e investigar o plano astral, com bastante facilidade. Não dá condições, é evidente, de nos aprofundarmos até abismos trevosos do interior do planeta, nem nos permite a ascensão a píncaros espirituais, mas com ela podemos assistir os desencarnados na erraticidade, com vantagens inestimáveis tanto para eles como para os encarnados que lhes sofrem as obsessões. A técnica é simples. Com o comando, emitem-se impulsos energéticos através de contagem em voz alta - (tantos e tantos números) quantos forem necessários. De um modo geral, bastam sete - ou seja, contagem de 1 a 7 ". 
Toda vez que, em situação experimental ou normal, dermos uma ordem de comando a qualquer criatura humana, visando à separação de seu corpo espiritual - corpo astral - de seu corpo físico, e, ao mesmo tempo, projetarmos sobre ela pulsos energéticos através de uma contagem lenta, dar-se-á o desdobramento completo dessa criatura, conservando ela sua consciência. 
A aplicação desta técnica possibilita explorar e investigar com facilidade o plano astral. O comando é dado enquanto emitem-se impulsos energéticos através de contagens em voz alta. Nos manuais de apometria, principalmente nas obras do Dr. Lacerda, esclarece-se que a contagem de 1 até 7 geralmente é suficiente, porém se for preciso deve-se contar quantos números forem necessários. 
Uma das muitas críticas que a Apometria recebe daqueles que ainda não têm sequer um certo conhecimento é sobre a necessidade de realizar contagens e ou estalar os dedos quando se pronuncia os números. De fato, as contagens e comandos, não podem ser confundidos com atos ritualísticos, o que muitos espíritas ortodoxos alegam sobre a metodologia da Apometria. Todavia, o próprio Dr. Lacerda explicou que as contagens não são usadas como rituais, mas uma forma prática de verbalizar a emissão de energia mental. O trabalho é mental, portanto as contagens são uma forma de apoio e de organização, pois qualquer palavra poderia ser dita, ou até mesmo não dita, já que a energia é emitida pela mente. 
O desdobramento é produzido pela emissão da energia da mente que, direcionada pelo comando, cria o fluxo energético formado pelas forças cósmicas e mental/física. Logo, é justamente um fenômeno anímico do médium/operador (emissão de energia própria) que permite o desdobramento. Este é um dos diferenciais das técnicas da Apometria: a passividade dos médiuns é substituída por atividade e participação direta nos planos astrais. 

SEGUNDA LEI: - LEI DO ACOPLAMENTO FÍSICO 

Toda vez que se der um comando para que se reintegre no corpo físico o espírito de uma pessoa desdobrada, (comando se acompanhado de contagem progressiva, dar-se-á imediato e completo acoplamento no corpo físico) ". - A Lei do Acoplamento físico tem sua aplicação ao inverso do desdobramento, ou seja, aplica-se a mesma técnica para reverter o desdobramento ou reacoplar. 
-Técnica: Se o espírito da pessoa desdobrada estiver longe do corpo, comanda-se primeiro a sua volta para junto do corpo físico. Em seguida, projetam-se impulsos (ou pulsos) energéticos através de contagem, ao mesmo tempo que se comanda a reintegração no corpo físico. Caso não seja completa a reintegração a pessoa sente tonturas, mal-estar, sensação de vazio que pode durar até algumas horas. Via de regra há reintegração espontânea, instantaneamente ou em poucos minutos (mesmo sem comando); não existe o perigo de alguém permanecer desdobrado, pois o corpo físico exerce atração automática sobre o corpo astral. 
Apesar, não se deve deixar uma pessoa desdobrada, ou, mesmo, mal acoplada, para evitar ocorrência de indisposições de qualquer natureza, ainda que passageiras. Assim, ao menor sintoma de que o acoplamento não tenha sido perfeito, ou mesmo que. se suspeite disso, convém repetir o comando de acoplamento e fazer nova contagem. 
No atendimento dos pacientes, temos encontrado pessoas com corpos desdobrados e afastados do Corpo Físico, em grande desarmonia, formando verdadeiras linhas de perturbação. 


TERCEIRA LEI: LEI DA AÇÃO À DISTÂNCIA, PELO ESPIRITO DESDOBRADO. 
(Lei das Viagens Astrais comandadas por agente encarnado)

Toda vez que se ordenar ao espírito desdobrado do médium uma visita a lugar distante, fazendo com que esse comando se acompanhe de pulsos energéticos através de contagem pausada, o espírito desdobrado obedecerá à ordem, conservando sua consciência e tendo percepção clara e completa do ambiente (espiritual ou não) para onde foi enviado. 
-Técnica: Ordena-se ao médium desdobrado a visita a determinado lugar, ao mesmo tempo que se emite energia com contagem lenta. Ele se desloca seguindo os pulsos da contagem, até atingir o local estabelecido. Como permanece com a visão psíquica, transmite, de lá, descrições fiéis de ambientes físicos ou espirituais, nestes últimos se incluindo a eventual ação de espíritos sobre encarnados. 
Este tipo de desdobramento exige certos cuidados com o corpo físico do médium, que deve ficar em repouso - evitando-se até mesmo que seja tocado. O conhecimento desta lei é muito útil nos trabalhos mediúnicos, pois possibilita ao médium treinado visitar locais no astral ou no mundo físico, localizar e examinar pacientes, informando ao dirigente dos trabalhos a sua situação ou mesmo atuar auxiliando espíritos socorristas ou socorrendo necessitados. 
Os pacientes desdobrados, geralmente tem condições de informar qual a sua real situação, revelando se o seu problema é obsessão ou simples ressonância com o passado, a causa de suas aflições. Nesse caso, podem auxiliar o dirigente que pode aproveitar essas informações para o diagnóstico e uma boa orientação do tratamento. Já os médiuns desdobrados, quando acompanham o paciente em viagem ao passado, podem localizar vítimas e socorrê-las, transportando esses infelizes em campos magnéticos comandados pela mente do dirigente dos trabalhos. 
Em caso de ressonância com o passado, pode-se levar o paciente a reviver e rever situações desagradáveis e não resolvidas, dando um melhor direcionamento e solução a esses recalques, geralmente conseguindo libertá-lo das fontes desarmonizadoras. Aliás, essa é a técnica de cura utilizada nas terapias de vida passada. 

QUARTA LEI: - LEI DA FORMAÇÃO DOS CAMPOS-DE-FORÇA. 
(Campo Vibracional Amoroso) 

Toda vez que mentalizarmos a formação de uma barreira magnética, por meio de impulsos energéticos através de contagem, formar-se-ão campos-de-força de natureza magnética, circunscrevendo a região espacial visada na forma que o operador mentalizou ou imaginou. 
Hoje, quando precisamos transportar espíritos violentos para outras dimensões espaciais ou contê-los, não usamos mais esta lei. Mentalizamos um campo vibracional amoroso que podem ser piramidais, esféricos, cúbicos, cônicos ou qualquer outra forma que se desejar, o que facilita sobremaneira o trabalho desobsessivo. Podem ser também utilizados na proteção dos ambientes de trabalhos mediúnicos. 
Outras vezes, ao nos defrontarmos com barreiras ou construções destinadas ao mal no astral inferior, aí sim, podemos nos utilizar dessa lei mentalizando instrumentos visando a demolição desses campos e a libertação dos espíritos que normalmente aí se encontram aprisionados, bem como destruir aparelhos e laboratórios destinados a tortura de encarnados e desencarnados. 
-Técnica: Mentalizamos fortemente uma barreira magnética e projetamos energias para sua concretização, através de contagem até sete. Há de se formar um campo-de-força simples, duplo ou triplo, e com frequências diferentes conforme desejarmos. A densidade desses campos é proporcional à força mental que os gerou. Os antigos egípcios eram peritos nessa técnica, pois seus campos-de-força duram até hoje, conforme temos verificado. Usavam-no para a proteção de túmulos, imantação de múmias e outros fins. 
Exemplo de um Campo Magnético (Pirâmide - Cruz luminosa - Mesa) mentalizado pelo dirigente do trabalho mediúnico com Apometria, destinado a auxiliar a segurança organizada e mantida pelos mentores espirituais. 


QUINTA LEI: - LEI DA REVITALIZAÇÃO DOS MÉDIUNS 

Toda vez que tocarmos o corpo de um médium (cabeça ou mãos) mentalizando a transferência de nossa força vital, acompanhando-a de contagem de pulsos, essa energia será transferida. O médium começará a recebê-la, sentindo-se revitalizado. 
-Técnica: Pensamos fortemente na transferência de energia vital de nosso corpo físico para o organismo físico do médium. Em seguida, tomamos as mãos do médium ou colocamos nossas mãos sobre sua cabeça, fazendo uma contagem lenta. 
A cada número pronunciado, massa de energia vital - oriunda de nosso próprio metabolismo - é transferida de nosso corpo para o médium. A técnica é simples, como diz o enunciado, é a mesma técnica de passe ou imposição de mãos, aplicada com conhecimento das leis da física e força da mente. 
Existem grupos de médiuns que trabalham em média de três a quatro horas sem nenhum cansaço pois, na atualidade treinamos os médiuns para que entreguem à passividade só 50% de suas possibilidades mediúnicas mantendo o máximo de consciência. Com essa providência, ao invés do fenômeno de incorporação, teremos somente a sintonia com o espírito. Como resultado temos melhor rendimento, baixo gasto energético e o médium pode interferir na comunicação, a qualquer momento, e informar detalhes sobre a vida do espírito. 


SEXTA LEI: - LEI DA CONDUÇÃO DO ESPÍRITO DESDOBRADO, DE PACIENTE ENCARNADO, PARA OS PLANOS MAIS ALTOS, EM HOSPITAIS DO ASTRAL 

Espíritos desdobrados de pacientes encarnados somente poderão subir a planos superiores do astral, se tiverem livres de teias magnéticas. 
-Técnica: É comum ao desdobrar-se um paciente a fim de conduzi-lo ao plano astral superior (para tratamento em hospitais) e encontrá-lo, já fora do corpo, completamente envolvido em sudários aderidos ao seu corpo astral, laços, amarras e toda a sorte de teias de natureza magnética, colocadas por obsessores interessados em prejudicá-lo. 
Nesses casos, é necessária uma limpeza perfeita do corpo astral do paciente, o qual pode ser feito, e de modo muito rápido, pelos espíritos dos médiuns desdobrados. Se estes não puderem desfazer os nós ou não conseguirem retirar esses incômodos obstáculos, o trabalho será feito pelos socorristas que nos assistem. 
Note-se que os passes habitualmente ministrados em casas espíritas são ineficazes nesses casos, pois o passe age apenas sobre a aura do paciente, e mais no campo vibratório. 
Com frequência fornecemos energias aos médiuns desdobrados, para que possam retirar do paciente essas teias e o material mais pesado. Lembramos que é sempre através de contagem que se transfere qualquer forma de energia. Insistimos: a contagem até sete (ou mais) nada tem de místico nem constitui ato mágico. Acontece que, em geral, 7 ou 10 impulsos energéticos são suficientes. 
Essas "amarras" são muitas vezes em forma de algemas, cordas, microprocessadores, rádio emissores, metais que liberam partículas no organismo humano, parafusos (rosca contrária) embutidos nas articulações das pessoas, etc., operações realizadas nos corpos sutis, mas que provocam dores, desarmonias e problemas em nível físico, muitas vezes inutilizando a pessoa. 
Temos notado que esses instrumentos ou aparelhos são muitas vezes de alta tecnologia, onde inteligências privilegiadas atuam a serviço do mal utilizando-se dos modernos conhecimentos da cibernética, eletrônica, mecânica, física, química, biologia, etc. 
Os mesmos são colocados também em órgãos vitais provocando reações de difícil diagnóstico médico. Como forma de removê-los procedemos a uma limpeza através da cromoterapia mental, após incorporá-la num médium experiente. O próprio médium sentindo as dificuldades do paciente e onde mais os bloqueios atuam, pode mais facilmente remove-los. 
Instruindo o paciente, através do desdobramento, ele mesmo atua na limpeza e liberação das amarras, recuperando suas possibilidades energéticas. (As cores que mais usamos são, por ordem: verde-suave, violeta-forte, amarelo-limão-cintilante, azul-celeste e rosa). Após isso nos parece então que entra a maior colaboração e atendimento dos espíritos socorristas (companheiros de trabalho desencarnados) que atuam junto aos encarnados nas mesas mediúnicas, ficando o paciente liberado para encaminhamento a hospitais no astral ou ao retorno imediato a seu corpo físico. 


SÉTIMA LEI: -LEI DA AÇÃO DOS DESENCARNADOS SOCORRISTAS SOBRE PACIENTES DESDOBRADOS 

Espíritos socorristas agem com muito mais facilidade sobre enfermos se estes estiverem desdobrados, pois que uns e outros, desta forma, se encontram na mesma dimensão espacial. 
-Técnica: Estando os pacientes no mesmo universo dimensional dos espíritos protetores (médiuns, técnicos, enfermeiros e outros trabalhadores), estes agem com muito mais profundidade e rapidez. Os diagnósticos tendem a ser mais precisos e as operações ou cirurgias astrais também são facilitadas, pois quase sempre o espírito do paciente é conduzido a hospitais do astral que dispõem de abundantes equipamentos, recursos altamente especializados, com emprego de técnicas médicas muito avançadas e aperfeiçoadas. 
A Apometria, desdobrando os pacientes para serem tratados, concorre decisivamente para o êxito de seu tratamento espiritual - e poderá se constituir em importante esteio no tratamento dos espíritos. Não está longe o dia, acreditamos, em que a Medicina será integral: enquanto médicos encarnados tratarem das mazelas físicas, seus colegas desencarnados se encarregarão das enfermidades do espírito, encarnados e desencarnados trabalhando juntos. 
Como a maioria das doenças, talvez 80% delas, começam no corpo astral, bem se pode imaginar a extensão das aplicações da Apometria, especialmente no campo das doenças mentais. Nessas, a terapêutica é grandemente facilitada, pois é viabilizado o tratamento e afastamento de obsessores, causa mais frequente das psicopatias". 

OITAVA LEI: - LEI DE AJUSTAMENTO DE SINTONIA VIBRATÓRIA DOS 
ESPÍRITOS DESENCARNADOS COM O MÉDIUM OU COM OUTROS ESPÍRITOS DESENCARNADOS, OU DE AJUSTAMENTO DE SINTONIA DESTES COM AMBIENTE PARA ONDE, MOMENTANEAMENTE, FOREM ENVIADOS 

Pode-se fazer a ligação vibratória de espíritos desencarnados com médiuns ou entre espíritos desencarnados, bem como sintonizar esses espíritos com o meio onde forem colocados, para que percebam e sintam nitidamente a situação vibratória desses ambientes. 
-Técnica: Quando se quiser entrar em contato com desencarnado de nível vibratório compatível com nosso estado evolutivo, presente no ambiente, projeta-se energia em forma de pulsos rítmicos, ao mesmo tempo que se comanda a ligação psíquica. Por esta técnica se estabelece a sintonia vibratória entre o sensitivo e o desencarnado, facilitando grandemente a comunicação. Ela abre um canal sintônico entre a frequência fundamental do médium e a do espírito: ao comandar esta técnica, os pulsos energéticos fazem variar a frequência do sensitivo do mesmo modo como acontece nos receptores de rádios, quando giramos o dial. 
Se o espírito visitante tiver padrão vibratório baixo ou se estiver sofrendo muito, o médium abaixa sua tônica vibratória ao nível da entidade, e fica nessa situação até que ela se retire. Tão logo acontece a desincorporação, devemos elevar o padrão vibratório do médium. Se isso não for feito, o sensitivo ficará ainda por algum tempo sofrendo as limitações que o espírito tinha, manifestando sensações de angústia, opressão, mal-estar etc. 
Quando, nos atendimentos esses irmãos reagem violentamente nos ameaçando, - na maioria das vezes apenas porque se consideram vítimas inocentes, e negam-se a reconhecer que a Lei Divina apenas lhes fez experimentar a colheita da semeadura imprudente do passado buscamos sintonizá-los com seus familiares, geralmente esquecidos, pois, pela fixação no ódio e na vingança perderam o contato com laços afetivos. Fazê-los ver que têm chances de reencarnar e ter uma vida bastante harmoniosa e que nós mesmos, que no mais das vezes saímos dos mesmos lugares no astral inferior, somos o exemplo desta possibilidade. A visão panorâmica (passado, presente e futuro) do encadeamento cármico implica iluminação instantânea do espírito, pois aí ele percebe que não era nenhuma vítima inocente, e no mais das vezes foi mais cruel do que sua atual vítima. 
Muitas vezes também os médiuns novatos são assediados por obsessores ligados ao seu passado e que vendo seus desafetos encaminharem-se para a vivência evangélica e sentindo que lhes fica mais difícil alcançá-los, agem rapidamente vibrando seu ódio e tentando fazer com que desistam do caminho do bem. Devemos estar precavidos para essas investidas, pois muitos médiuns promissores abandonam a mediunidade nessa fase e mais tarde amargam pesadas obsessões, pois em muitos casos a mediunidade se manifesta motivada por resgate Cármico ou compromisso que o médium assumiu no astral antes de sua encarnação. 

NONA LEI: - LEI DO DESLOCAMENTO DE UM ESPÍRITO NO ESPAÇO E NO TEMPO. 

Se ordenarmos a um espírito incorporado a volta a determinada época do passado, acompanhando-a da emissão de pulsos energéticos através de contagem, o espírito retorna no tempo à época do passado que lhe foi determinada. 
- Técnica: Costumamos fazer o espírito regressar no passado para mostrar-lhe suas vivências, suas vítimas, sua conduta cruel e outros eventos anteriores a existência atual, no objetivo de esclarecê-lo sobre as Leis da Vida. Também usamos essa técnica, e com grande proveito para conduzir magos negros ao Passado, a fim de anular os campos energéticos que receberam em cerimônias de iniciações em templos. 
A mesma técnica temos aplicado com ótimos resultados nos tratamentos de pacientes encarnados, rebeldes, perturbados, viciados etc., que na maioria das vezes, adotam diante da vida uma postura de fuga e, desencorajados, negam-se a enfrentar as realidades que suas provas lhe impõem, julgam-se vítima inocentes que "não pediram para nascer", debitando a culpa de suas mazelas aos pais, aos outros, à sua condição, ou a Deus. Esqueceram que no mais das vezes imploraram à Bondade Divina uma oportunidade de obter um corpo físico que lhes aliviasse a consciência incendiada de remorsos. Então uma conscientização bem orientada para esse tipo de paciente encarnado produzirá resultados "milagrosos". Principalmente quando trabalhamos com o processo de Desdobramento Múltiplo e Dissociação de Níveis, pois nos dá a possibilidade de trabalhar com cada uma das partes do agregado homem-espírito, dando uma melhor condição de sincronia dos fluxos que fluem das estruturas superiores do espírito para o nível de consciente e deste para as mesmas, melhorando o discernimento e diminuindo as desarmonias comportamentais. 

DÉCIMA LEI: -LEI DA DISSOCIAÇÃO DO ESPAÇO-TEMPO 

Se por aceleração do fator Tempo, colocarmos no futuro um espírito incorporado, sob comando de pulsos energéticos, ele sofre um salto quântico, caindo em região astral compatível com seu campo vibratório e peso especifico cármico Km negativo ficando imediatamente sob a ação de toda a energia Km de que é portador. 
-Técnica: Chamamos de Km o peso específico do Carma do indivíduo, isto é, a energia cármica negativa de que está carregado. Constitui a massa cármica a resgatar de uma determinada pessoa; por ser assim individual, consideramo-la específica. O fator m indica a massa maléfica desarmônica. Esta Lei é importante porque nela se baseia uma técnica para tratamento de obsessores simples, mas renitentes. Observamos que um espírito, ao ser dissociado do espaço em que se encontra, através da aceleração do fator tempo, dá um verdadeiro salto quântico (à semelhança dos elétrons, nos átomos). Consegue instalar-se num espaço do futuro hostil (espaço frequentemente ocupado por seres horrendos, compatíveis com a frequência vibratória do recém-chegado viajante). 
Nesses casos de dissociação do Espaço-Tempo ocorre fenômeno sobremaneira interessante. Ao acelerar-se o Tempo, a carga cármica a resgatar que normalmente seria distribuída ao longo do tempo, 300 anos, por exemplo - fica acumulada, toda de uma só vez, sobre o espírito. Essa é a causa da sensação de terrível opressão, de que começa a se queixar. Desse incômodo, mas momentâneo mal-estar, podemos nos servir, apresentando-as como provas das consequências de seus atos e de sua repercussão negativa na harmonia cósmica. 
A técnica é muito simples: Projetamos energias magnéticas por pulsos rítmicos e através de contagem, sobre o espírito incorporado, ao mesmo tempo em que se lhe dá a ordem de saltar para o futuro. O salto quântico acontece imediatamente, e o espírito passa a se ver no novo ambiente, sentindo a profunda hostilidade. Dá se o abrupto encontro com toda a massa cármica negativa, com grande incômodo para o culpado. Devemos ter muito cuidado com o espírito durante este encontro. Se o desligarmos do médium de repente, sem preparação, será literalmente esmagado pelo campo energético acumulado, transformando-se em "ovóide". Para desligar o espírito do médium, devemos fazê-lo, antes, retornar para a época presente. 
Este processo é fácil de ser entendido. Ao ser projetado para o futuro, o espírito passa a viver em uma nova equação de Tempo, de vez que o futuro ainda não foi vivido por ele, mas seu carma negativo (Km) continua a sobrecarregá-lo. Como este Km ainda não foi resgatado, também não foi distribuído ao longo do tempo: fica condensado e acumulado sobre seu Corpo Astral, comprimindo-o e se, de repente, o desligarmos do médium, toda a massa negativa (ainda não espalhada em outras reencarnações) precipita-se sobre ele de uma vez só. E ei-lo reduzido a "ovóide". 
Explicamos melhor. É como se esse espírito possuísse um caminhão de tijolos a ser descarregado ao longo de sucessivos amanhãs, mas que tivesse atirada essa carga de uma só vez, sobre sua cabeça - por acidente. O esmagamento seria inevitável. 
Esta Lei nos tem sido muito útil no trato com encarnados rebeldes, viciosos e inconsequentes; projetamo-los no futuro e o fazemos ver as consequências dos atuais comportamentos desregrados. A criatura costuma levar um choque, no mais das vezes, ilumina-se e percebe que está construindo sofrimentos para si próprio, resolvendo-se pela mudança de atitude diante da vida, dos outros e de si mesmo. 


DÉCIMA PRIMEIRA LEI: - LEI DA AÇÃO TELÚRICA SOBRE OS ESPÍRITOS DESENCARNADOS QUE EVITAM A REENCARNAÇÃO. 

Toda vez que um espírito desencarnado, possuidor de mente e inteligência bastante fortes consegue resistir À Lei de Reencarnação, sustando a aplicação dela nele próprio, por largos períodos de tempo, começa a sofrer a atração da massa magnética planetária, sintonizando-se em processo lento, mas progressivo, com o Planeta. O Planeta exerce sobre ele uma ação destrutiva, deformante, que deteriora a forma do espírito e de tudo o que o cerca, em degradação lenta e inexorável. O corpo astral se corrói e desgasta e o espírito perde a aparência e a estética normais e vai se transformando num ser repelente. Este processo tem semelhança com o envelhecimento de uma casa em que a ação do tempo vai produzindo sinais de progressiva ruína, como o deslocamento de paredes, rachaduras, perda de reboco, etc. Tão lenta é a degradação que nem mesmo o espírito que a padece costuma percebê-la. 
- Técnica: A adaptação ao meio é da dinâmica da Vida. Dela, de seus vários níveis de complexidade e degraus evolutivos se ocupam as ciências biológicas. Mas a fonte da Vida é o Espírito. E o meio do Espírito é a Eternidade. Cada vez que reencarna - mergulhando num determinado Tempo do Planeta, de um certo país, de uma comunidade, família e humanos com quem irá conviver - a cada nova germinação na Matéria o Espírito tem um reencontro com cósmicas e eternas opções. 
Ou evolui, aumentando a Luz de si mesmo, que conquistou através de anteriores experiências na noite dos tempos, ou "involui" (a forma do perispírito), fabricando suas próprias sombras e as dores e horrores que terá de suportar para reajustar-se à Harmonia Cósmica, que perturbou. De tempos em tempos, de ciclo em ciclo, passos grandes ou pequenos vão sendo dados e, tais fenômenos de deterioração da forma, também são passageiros. Vistos da Eternidade, têm a duração de uma moléstia curável. O espírito, mais tempo ou menos tempo, reintegra-se ao fluxo reencarnatório e assim vivendo e morrendo, reconquista o caminho perdido. 


DÉCIMA SEGUNDA LEI: - LEI DO CHOQUE DO TEMPO 

Toda vez que levarmos ao passado um espírito desencarnado e incorporado em um médium, fica ele sujeito a outra equação de Tempo. Nessa situação, cessa o desenrolar da sequência do tempo tal como o conhecemos ficando o fenômeno temporal atual (presente) sobreposto ao passado. 
O deslocamento cria tensão de energia potencial entre a situação presente e os deslocamentos para o passado. Enquanto o espírito permanecer incorporado no médium, nada lhe acontece; apenas passa a viver e vislumbrar a nova situação ambiental que lhe foi imposta. No entanto, se for bruscamente desligado do médium, sai do campo de proteção do mediador e fica como que solto na outra dimensão espaço-temporal. Recebe em cheio então, a energia potencial criada pelo deslocamento. Essa energia é suficientemente forte para destruir sua estrutura astral através do choque que se produz. Ele se reduz a ovóide, vestido apenas com suas estruturas espirituais superiores: corpos átmico, búdico e mental superior. Para que um espírito não sofra tal agressão quando submetido a tratamento no passado, é necessário trazê-lo lentamente de volta ao presente, através de contagem. 
- Técnica: É a mesma descrita nas leis anteriores: emprego de pulsos energéticos através de contagem. 

DÉCIMA TERCEIRA LEI: - LEI DA INFLUÊNCIA DOS ESPÍRITOS DESENCARNADOS EM SOFRIMENTO, VIVENDO AINDA NO PASSADO, SOBRE O PRESENTE DOS DOENTES OBSEDADOS. 

Enquanto houver espíritos em sofrimento no passado de um obsedado, tratamentos de desobsessão não alcançarão pleno êxito, continuando o enfermo encarnado com períodos de melhora, seguidos por outros de profunda depressão ou de agitação psicomotora. 
-Técnica: Em primeiro lugar, procede-se ao atendimento dos obsessores que se encontram em volta do paciente, retirando-os para estâncias do astral especializadas no tratamento de tais casos. 
Nunca deve esquecer que obsessor, ou qualquer sofredor, só se atende uma única vez. Se bem feito o tratamento, com assistência espiritual devida, todos os espíritos malfazejos são retirados definitivamente - num único contato, deixar o obsessor solto após breve esclarecimento evangélico (como se faz tradicionalmente) é um erro. Não é com simples diálogo de alguns minutos que se demovem perseguidores renitentes (ou magos negros). Reafirmamos: esse procedimento clássico torna o trabalho inócuo e até prejudicial. 
A remoção de todos esses seres pode ser feita em algumas sessões. Se o doente depois, não apresentar melhoras definitivas, devemos dar início ao estudo de suas encarnações anteriores. Para tanto, abrimos as frequências dessas encarnações, para atendimento aos espíritos que estacionaram no tempo. Todos eles, quase sempre, são profundo sofredores. Alguns ainda se encontram acorrentados em masmorras, outros vivem em cavernas ou se escondem em bosques, temerosos, famintos, esfarrapados. Eles maldizem quem os prejudicou, formando campos magnéticos de ódio, desespero e dor, profundamente prejudiciais. 
Quando o enfermo encarnado recebe o alívio que se segue, o afastamento dos espíritos mais próximos - os que estão na atual encarnação, esse alívio não se consolida porque as faixas vibratórias de várias frequências, oriundas do passado, refluem e se tornam presentes, por ressonância vibratória. O enfermo encarnado, partícipe ou causante daqueles passados de barbarismos, continua a receber as emanações dessas faixas de dor e ódio. Sente também ele, íntima e indefinida angústia, sofrimento e desespero. Somente terá paz se o passado for passado a limpo. 
De encarnação em encarnação, vai-se limpando essas faixas do passado. Espíritos enfermos, dementados e atormentados, são recolhidos para o tempo presente e internados em Casas de Caridade do Astral, para tratamento eficiente. É ao final, quando o enfermo encarnado manifesta sinal de melhora, que sua cura se consolida e, o persistente trabalho de desobsessão, aprofundando-se no passado, terá conduzido à regeneração e à luz centenas, quando não milhares de irmãos desencarnados. 
Dr. Lacerda recomenda atender obsessores que estejam no presente, em volta do paciente, perturbando-o. Procede-se em seguida atendimento das faixas de passado, liberando espíritos que possam ainda estar aprisionado em masmorras ou perdidos, fixados e vivenciando as desgraças causadas pelo antigo algoz, hoje transformado em vítima, buscando socorro. 
No caso de o paciente não apresentar melhoras é preciso proceder uma revisão cuidadosa, verificar comprometimentos em existências passadas tais, como iniciações, acordos, juramentos, excomunhões, maldições etc. Muitas vezes o problema não é de obsessão e sim de auto obsessão movida pelo medo desses antigos comprometimentos e suas implicações. 
Por outro lado, muito embora atendido, obsessores afastados e vítimas socorridas, o paciente ainda sofrerá a influenciação negativa por um certo tempo, pois os laços estabelecidos e vivenciados por longo tempo com seus antigos comparsas numa permanente troca energética entre obsessores e obsedados, estabeleceram uma interdependência difícil de ser rompida. Criou-se por adaptação, como que um casamento entre ambos e uma brusca separação pode gerar grandes transtornos ao encarnado que, de um momento para outro, sente-se profundamente vazio e mutilado. 
Os laços mentais são mais demorados no seu desfazimento, e o que é pior, tem ação à distância. Pensamento é sintonia, como todos nós sabemos, e o paciente precisa buscar opção física e mental imediata, de natureza superior, buscando desligar-se de suas angústias e dores, colaborando conscientemente na própria recuperação. Na medida em que o pretérito for revisto e passado a limpo, a criatura vai se harmonizando. Se estiver empenhado na busca da correção dos próprios erros, pode ficar definitivamente curada e junto à sua cura, centenas e até milhares de espíritos terão sido também conduzidos à regeneração. 
Uma outra aplicação da Apometria é a Despolarização dos estímulos de memória: Tudo o que o espírito vivencia, e tudo o que acontece ao seu redor ao longo do tempo e do espaço, é gravado nos bancos de memória do seu psiquismo e jamais se apagará. Quando esses fatos, experiências ou clichês são negativos, podem gerar desarmonias que se refletirão no corpo físico, na forma de doenças e distorções comportamentais. Mas esses estímulos podem ser minimizados (apagados por tempo indeterminado ou determinado), deixando o ser mais livre para novas aquisições. 

(As 13 Leis da Apometria retirado da ASSOCIAÇÃO E NÚCLEO ESPÍRITA RAMATÍS)

sábado, 21 de fevereiro de 2015

ODUS O que são:


Sobre Os Caminhos Que Percorremos - Arbache Innovations Blog ...

Odu quer dizer caminho, destino e são os presságios da nossa encarnação.
É aquilo que a pessoa traz ao mundo quando nasce e é o que vai regê-la por toda a vida. Cada pessoa traz o um Odu de origem, são eles que trazem a inteligência a cada criatura do universo e cada um deles tem a sua característica própria. 
O odu é como um signo, é uma marca que a pessoa traz de acordo com tudo aquilo que ela faz de bem ou de mal através de todas as encarnações que ela teve e através do seu registro arcático.
Signo quer dizer marca e Odu também é uma marca, uma característica e uma destinação.
Os odus são os principais responsáveis pelo destino do homem e do mundo que os cerca e cada um possui um nome e uma característica própria que divide os caminhos e é também, um dos muitos conhecimentos nos etano de Ifá. 
Os Orixás não mudam o destino da pessoa e nem a vida, e sim executam funções dentro da natureza, liberando energia para que todos possam se alimentar e viver. 
Cada pessoa pode ir de encontro ou seguir um caminho alheio ao seu  destino e quando isso acontece, Odu o avisa para que possa mudar isso,ou seja, o seu destino, a sua conduta foge as regras siderais que estão predestinadas. Quando estamos no caminho negativo alguma coisa tem que ser feita mas isso não é Odu que impõe e sim, a própria pessoa.
Quando nascemos, somos regidos pelo Odu do Ori, que quer dizer "a cabeça", e ele representa o nosso eu, aquilo que está dentro da gente assim como o Odu que traz as informações do nosso destino. Então o Odu da nossa cabeça é o que nos guia no dia a dia, é o trono onde os Orixás vão se sentar. 
Para vencermos o lado negativo ao qual estamos dispostos nesta vida, no nosso caminho, os Odus tem uma resposta para melhorar tudo na nossa vida, porque afinal de contas, ele fala de tudo na vida. Fala dos sentimentos, do futuro, do presente, das doenças, da conduta da pessoa, o que pode ser evitado, o que a pessoa deve comer no decorrer da sua vida e o que não deve comer para evitar perdas e também para que não atraia para si, coisas e energias negativas. 
Tudo para o povo Africano tem dois lados. É o perfeito equilíbrio. Temos a mão direita, temos a mão esquerda, temos o dia e a noite, e dentro da nossa vida, temos os acertos e os erros, as vitórias e as derrotas. Todo e qualquer Odu tem um lado que vem trazendo boas novas, como também tem o outro lado que vem pressagiando problemas, é quando as pessoas falam: “O Odu está negativo, o Odu está ruim”. Não! 
Os odus são sempre positivos e nós, apenas nós, com o nosso comportamento e nossa maneira de agir e reagir na vida é que podemos estar atraindo coisas ruins.
Existem muitas lendas de como nasceram os Odus, porém a mais bonita dizia que Ifá era mudo até a sua juventude e o pai de Ifá aconselhado por alguns sacerdotes que existiam naquele tempo, fizeram com que ele desse com o bastão na cabeça de Ifá e de tanto bater na cabeça dele, ele começou a falar e cada palavra era um Odu e assim foram saindo os Odus principais. 
Existem 16 Odus principais que depois de desmembrados, perfazem um total de 256 Odus, que com mais desmembramentos vai dar mil e poucos. O conhecimento de todos os Odus exige um estudo complexo e demorado mas a partir dos principais tem-se uma idéia do que estamos passando e o que podemos melhorar.

Odu e Carma

É muito comum a pessoa confundir esses dois como se o odu da pessoa estivesse inserido no carma.
Carma é a lei de ação e reação. Se você faz uma coisa, seja ela boa ou ruim, você vai ter resposta daquilo na sua vida. O carma, não é necessariamente uma coisa ruim, porque se você tem uma boa ação, se você faz a ação correta para a sua vida, o retorno vai ser positivo. Então o carma é simplesmente isso, a lei de ação e reação. Já os odus são os caminhos do destino de uma pessoa associada as suas energias particulares e o que ela herdou por parte dos antepassados, a relação dela com os elementos água, terra, fogo e ar e vários outros contextos psicológicos, espirituais, físicos e mentais. Para os africanos, não existe carma, ou seja,não há nada na vida que não possa ser mudado ou atenuado.
A magia do Odu é importante porque através do conhecimento deles, você pode saber o que deve fazer na sua vida para ter um resultado positivo. 
Por isso carma é uma coisa e odu é outra completamente diferente. O odu é a consciência do seu destino. É a consciência da sua energia que você traz no seu DNA físico e espiritual.
Utilizar-se dos conhecimentos de Ifá que é o Deus da Sabedoria, é como uma busca de conhecer a si mesmo.
O bom é que Ifá sempre nos responde com soluções ou atenuações e costumo dizer que ele é otimista porque sempre tem uma solução para tudo. 
Um abraço.
Regina

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