domingo, 7 de fevereiro de 2021

Padês para Exu e Pombagira

O PADÊ DE EXÚ



Exu come tudo e ganha o privilégio de comer primeiro

Exu era filho caçula de Iemanjá e Orunmilá,irmão de Ogum, Xangô e Oxóssi.

Exu comia de tudo e sua fome era incrontrolável.

Comeu todos os animais da aldeia em que vivia.

Comeu os de quatro pés e comeu os de pena.

Comeu os cereais, as frutas, os inhames, as pimentas.

Bebeu toda a cerveja, toda a aguardente, todo o vinho.

Ingeriu todo o azeite de dendê e todos os obis.
Quanto mais comia, mais fome Exu sentia.
Primeiro comeu tudo de que mais gostava,
depois começou a devorar as árvores, os pastos e já ameaçava engolir o mar.
Furioso, Orunmilá compreendeu que Exu não pararia e acabaria por comer até mesmo o Céu.
Orunmilá pediu a Ogum que detivesse o irmão a todo custo.
Para preservar a Terra e s seres humanos e os próprios orixás, Ogum teve que matar o próprio irmão.

A morte, entretanto, não aplacou a fome de Exu.
Mesmo depois de morto, podia-se sentir sua presença devoradora, sua fome sem tamanho.
Os pastos, os mares, os poucos animais que restavam, todas as colheitas, até os peixes iam sendo consumidos.
Os homens não tinham mais o que comer e todos os habitantes da aldeia adoeceram e de fome, um a um, foram morrendo.
Um sacerdote da aldeia consultou o oráculo de Ifá e alertou Orunmilá quanto ao maior dos riscos: Exu, mesmo em espírito, estava pedindo sua atenção.
Era preciso aplacar a fome de Exu.
Exu queria comer.
Orunmilá obedeceu ao oráculo e ordenou:

“Doravante, para que Exu não provoque mais catástrofes, sempre que fizerem oferendas aos orixás, deverão em primeiro lugar servir comida a ele”.

Para haver paz e tranquilidade entre os homens, é preciso dar de comer a Exu em PRIMEIRO LUGAR.


Fonte: Mitologia dos Orixás; Reginaldo Prandi; Cia das Letras.

Dentro dos rituais sagrados de Exú, não pode faltar de forma alguma seu padê, espécie de farofa crua, na qual é adicionada a farinha de mandioca, e vários elementos, dependendo da necessidade de cada pessoa.

A Mandioca cresce embaixo da terra, portanto é indicada para questões mais materiais, como saúde, dinheiro e prosperidade.

O Milho nasce em cima da terra, portanto é indicado para questões de elevação espiritual, proteção espiritual e demanda.

Da mesma forma existem os líquidos que colocamos para os Exus, que no caso podem ser: Marafo, Gin, Whisky, Champanhe, Azeite de Dendê, Mel e Água.

Marafo, Gin, Whisky são para padês de Exu, que tendem a demandar contra alguém ou algo. Lembrando que a demanda não é ruim, mas apenas uma ferramenta dentro da proteção espiritual e mágica. Ainda podemos considerar a divisão entre Marafo Amarelo e Marafo Branco, sendo que branco é a Cachaça e o Gin e amarelo é o Whisky ou Cachaça envelhecida.

Champanhe tem o mesmo processo, mas pode ser usada como atratora também, para padês exclusivos de Pombogiras. Geralmente do tipo tinto ou rosé, mas é bom lembrar que algumas Pombogiras preferem licor de anis ou anisete.

Azeite de Dendê é o clássico e deve ser usado para nutrir e em substituição do sangue, por sua cor avermelhada. Também é usado para esquentar as coisas ou dar corpo as coisas.

Mel é usado para aplacar a ira de Exu. Não sabemos como o Exu virá a princípio, não sabemos se fizemos algo errado perante a sua ótica ou se estamos em dívida, um padê com mel traz docilidade para a entidade, aplacando seu ânimo para que ele ouça nossos pedidos e não queira criar confusão (porque Exu gosta de confusão).

E por fim a Água que é algo necessário para toda a vida, basicamente é algo que pode ser dado quando o Exu tem sede, neste caso também serve para processos de saúde.

Os mais utilizados de forma geral, são: o padê de água, de dendê, e o de mel. Sendo que esses são muito utilizados quando se realiza algum sacrifício de aves ou de quatro pés para essa divindade.

O padê sem o ritual de sacrifício tem por finalidade, se presentear a Exú para que ele nos ajude em determinados assuntos nos quais necessitamos.

Trata-se de uma comida preferida por todos os exús e sua aplicabilidade remonta das senzalas que existiam no Brasil.

Na África não existia farinha de mandioca, uma vez que esse foi criado pelos índios brasileiros, mas, os antigos sacerdotes, que eram escravos, introduziram esse presente ao culto de exú.

 

Modo de fazer: Pega-se (para um padê), meio quilo de farinha de mesa crua e coloca em um alguidar. Vai despejando o azeite ou o dendê e misturando bem com a mão esquerda e fazendo seus pedidos.

Coloque em uma encruzilhada com uma vela e um copo de bebida (dependendo do exu podem ser 7 velas e a bebida de preferência. Leve também um charuto ou cigarro.

Pode ser colocado em casa desde que haja uma casinha para Exú do lado externo.

 

O padê de dendê serve para se esquentar os caminhos e é muito utilizado para a abertura de caminhos para emprego, para o progresso de uma empresa ou para várias outras utilidades.  Meio kg de farinha de mandioca grossa e crua; 250 ml de dendê. Misturar com a mão esquerda, agradecendo e/ou fazendo seus pedidos a Exu.

 

Se você possui um Bara de Oxalá só ofereça padê de azeite de oliva.

 padê de azeite de oliva costuma ser usado para se conseguir um equilíbrio em determinado setor da vida de uma pessoa.

 

O padê de Mel: serve para se adoçar uma pessoa, para fazer com que exú nos traga, por exemplo, o livramento de uma perseguição, para que uma pessoa que é nosso inimigo se transforme em nosso amigo, para ajudar em questões amorosas entre tantas outras utilidades.

Misturar, usando a mão esquerda, meio kg de farinha de mandioca grossa e crua com mel o suficiente para virar uma massa. Cercar com folhas de louro e 7 moedas. (Para pedidos ligados a prosperidade).

 

Em caso de abertura de caminhos para uma empresa, para se atrair clientes para um comércio, para que se arrume emprego, é aconselhável que se coloque sete moedas correntes. Para as demais utilidades pode-se colocar de uma a sete moedas correntes.

 

Padê para Soluções Rápidas - Meio kg de farinha de mandioca grossa crua; 250 ml de dendê; 1 cebola em rodelas; 21 pimentas dedo de moça. Refogar ligeiramente a cebola e as pimentas no dendê aquecido. Juntar a farinha e misturar.

 

  

Padê de Cachaça -  Misturar meio kg de farinha de mandioca grossa e crua com 1 garrafa de pinga, manipulando com a mão esquerda.

 

Padê de Carvão― Dois pedaços de carvão; meio kg de farinha de mandioca grossa e crua.  Amassar bem o carvão, até virar pó. Misturar com a farinha e colocar no alguidar, manipulando com a mão esquerda.

 

Padê de Água - Misturar 250 g de farinha de mandioca grossa e crua com água o suficiente para formar uma massa consistente. Manipular com a mão esquerda. Colocar a água aos poucos. Faz uma limpeza profunda.

 

 

Padê de Carne de Porco -  Um kg de carne de porco; 1 cebola roxa em rodelas; pimenta; dendê. Aquecer o dendê numa panela e refogar ligeiramente a carne, a cebola e a pimenta. Colocar a carne no alguidar e sobre ela despejar o dendê ainda bem quente, com a cebola e a pimenta. (Geralmente é oferecido a Exu de Omolu).

 

 Padê de Caldo de Cana - Misturar, com a mão esquerda, meio kg de farinha de mandioca grossa e crua com 1 copo de caldo de cana e 1 copo de pinga.

 

Padê de Coração de Frango - Refogar no dendê quente 1 cebola em rodelas, pimenta vermelha e meio kg de corações de frango. Juntar meio kg de farinha de mandioca grossa e crua. Misturar e fazer a oferenda.

 

Padê (ou Apadê) de POMBA GIRA

 

Padê de Licor de Menta e Campari - Meio kg de farinha de mandioca fina e crua; dois copos de licor de menta; dois copos de Campari. Dividir a farinha em duas partes. Numa se mistura o licor e na outra o Campari. Colocar num prato de papelão ou alguidar (metade/metade) e enfeitar com rosas vermelhas ou pétalas dessas rosas.

 

Padê de Champanhe -  Meio kg de farinha de mandioca fina e crua; meia garrafa de champanhe. Misturar e enfeitar com rosas vermelhas ou pétalas.

 

Padês da Sra. Pombagira Maria Padilha - Meio kg de farinha de mandioca crua e fina, misturada com dois copos de uísque e enfeitada com rosas ou pétalas de rosas vermelhas;

Meio kg de fubá; 250 ml de dendê; 200 g de azeitonas pretas; 200 g de camarão; uma cebola em rodelas. Aquecer o dendê, passar o camarão, depois a cebola, e misturar o fubá. Enfeitar com as azeitonas e rodelas de cebola.

 

Padê com Corações de Frango - Uma porção de farinha de mandioca fina, um punhado de corações de frango, cebola picada, dendê e mel. Aquecer o dendê e refogar os corações de frango, juntando a cebola. Regar com mel. Enfeitar com pétalas de rosas vermelhas.

Indicado para suavizar conflitos nos relacionamentos e para desfazer bloqueios sentimentais e emocionais.

 

Padê de Mel - Um punhado de farinha de mandioca fina e um copo de mel. Despejar a farinha e ir acrescentando o mel, misturando com a mão esquerda. Pedir harmonização de situações conflituosas.

 

Padê com Farinha de Milho Amarela - Um punhado de farinha de milho amarela e outro de açúcar cristal ou mascavo. Misturar a farinha e o açúcar com a mão esquerda, pedindo uma orientação e auxílio para questões urgentes. Regar com champanhe vermelho (escuro).

 

Observação: No geral, os Padês (farofas) são manipulados com a mão esquerda, no sentido anti-horário, e colocados em alguidar (ou prato de papelão) forrado com folhas de mamona previamente lavadas e depois untadas com dendê.

Quando se está autorizado pelos Guias a fazer a oferenda (pedido de auxílio) por outra pessoa, então se manipula com a mão direita e no sentido horário (para atrair a proteção em favor daquele por quem se pede), mas sempre nos casos especificamente indicados e autorizados.

 

PADÊ BÁSICO  – OFERENDA PARA EXU

1 Alguidar de barro tamanho médio;
1 KG de Farinha de Mandioca Grossa Crua;
300 ml de azeite de dendê;
Pinga Branca (Marafo);
Pimenta Calabresa;
Pimenta do Reino;
7 Pimentas dedo de moça;
3 Charutinhos;
3 Velas Pretas;
1 Cebola;
1 Copo de vidro.

Como fazer:

Pegue o alguidar de barro e lave-o com pinga branca, após coloque a farinha de mandioca, o azeite de dendê, um pouco de marafo, pimenta calabresa e pimenta do reino, misture.

Essa mistura deve ficar úmida, porém não pode ficar pastosa.
Corte a cebola em rodelas, por cima da farofa, enfeite-a com as rodelas de cebola e as 7 pimentas dedo de moça.

Feito isso, coloque a oferenda no lugar desejado, coloque as velas formando um triangulo em volta do alguidar. antes de acender as velas ofereça para o Exu que se destina a oferenda e depois acenda.

Coloque pinga branca dentro do copo de vidro e coloque o copo ao lado esquerdo do alguidar.

Acenda os 3 charutinhos, bafore cada um deles 3 vezes em toda a oferenda e depois coloque-os no alguidar.

Faça os seus pedidos ou agradecimentos.

 

PADÊ BÁSICO  – OFERENDA PARA POMBAGIRA

1 Alguidar de barro tamanho médio;
1 Kg de Farinha de Mandioca Grossa Crua;
300 ml de azeite de dendê;
Champanhe Rose;
Pimenta Calabresa;
Pimenta do Reino BRANCA;
7 Pimentas dedo de moça;
7 Cigarros longos;
3 Velas vermelhas;
3 Rosas vermelhas;
1 Taça de vidro.

Como fazer:

 

Pegue o alguidar de barro e lave-o com champanhe, após coloque a farinha de mandioca, o azeite de dendê, um pouco de champanhe, pimenta calabresa e pimenta do reino BRANCA, misture.

Essa mistura deve ficar úmida, porém não pode ficar pastosa.
Despetale as 3 rosas vermelhas, por cima da farofa, enfeite-a com as pétalas de rosa e as 7 pimentas dedo de moça.

Feito isso, coloque a oferenda no lugar desejado, coloque as velas formando um triangulo em volta do alguidar. antes de acender as velas ofereça para a Pombagira que se destina a oferenda e depois acenda.

Coloque champanhe dentro da Taça de vidro e coloque a taça ao lado esquerdo do alguidar.
Acenda os 7 cigarros longos, bafore cada um deles 3 vezes em toda a oferenda e depois coloque-os no alguidar.

Faça os seus pedidos ou agradecimentos.

 

Ainda existem outros tipos de padês chamados negativos, que servem para livrar uma pessoa da praga, por exemplo, da feitiçaria, do olho grande etc.

Pode-se servir o padê para exú independente de lua ou dia de semana, não sendo aconselhável somente nas sextas feiras, pois esse é um dia consagrado a Oxalá e assim sendo, como existe uma kizila entre Exú e Oxalá, não se recomenda que seja feita qualquer oferenda para essa entidade, deixando o dia de sexta feira somente dedicado a se presentear Oxalá e assim mesmo sem matança, somente com comida seca e reza.

Como qualquer Orixá do panteão africano, exú também tem seu Oriki, ou seja, um conjunto de palavras litúrgicas que são utilizadas para invocá-lo. A esse conjunto de palavras dá-se o nome também de Reza.

As rezas de exú servem para acordá-lo, para invocá-lo para que se digne e vir receber a oferenda que lhe trazemos como para que interaja em nossa vida ou na vida de uma pessoa que necessita dessa intervenção.

Todo trabalho, mesmo para Exú, é necessário estar de corpo limpo, sem sexo, bebida ou qualquer outra substância nociva ao lido com os fundamentos do Axé Orixá.

Ir a um jogo de Búzios é importante para ver qual o tipo de problema existe na vida daquela pessoa e qual Exú se digna a olhar por ela e ajudar.

Nunca, em hipótese alguma, devemos invocar exú sem uma necessidade real, pois o mesmo é dotado de uma força que ser humano algum é capaz de controlar.

Exú não é o diabo e nem representa bagunça. A falta de respeito com Exú pode ocasionar muitos problemas.

Ele pode ser seu amigo incondicional ou virar as costas de uma vez. Não brinque com Exu.

ORIKI DE EXÚ (REZA) 

Oríkì fún Èsù

Èsù pèlé o, okanamaho, ayanrabata awo he oja oyinsese,
seguri alabaja, olofin apekayu, amonise gun mapo

Nko o
Èsù, ba nse ki imo
Èsù, keru o ba onimimi
Èsù, fun mi ofo ase mo pele Òrìsà
Èsù, alayiki a juba
Àse

Oríkì para Exú

Elogiado é o espírito do mensageiro divino
Mensageiro Divino, eu chamo a você por seus nomes de elogio
Mensageiro Divino guia minha cabeça para minha rota com destino
Mensageiro Divino, eu honro a sabedoria infinita
Mensageiro Divino, ache lugar onde submergir meus sofrimentos
Mensageiro Divino, dê força para minhas palavras de forma que evoque as forças da natureza fortemente
Mensageiro Divino, nós pagamos nossos cumprimentos dançando em círculo
Axé

Reuni esse material para que possamos nos informar sobre o que geralmente é feito mas é preciso responsabilidade e conhecimento sobre o seu Exú para trata-lo. Não são todos iguais e por isso, na dúvida faça um padê genérico.

Um abraço.

Regina.


OSSANHE - comida e reza

 

OsanyinOssaniynOssain, Ossanhe ou Ossanha, conforme as religiões africanas, é o Orixá das folhas sagradas, ervas medicinais e litúrgicas. Sua importância é primordial. Nenhuma cerimônia pode ser realizada sem sua interferência. 

 


Os Ingredientes Da Comida De Ossayn

1 alguidar grande (4);
3 kg de inhame;
Folhas de fumo ou café;
Azeite de oliva;
Sal.

(Se for à mata para colocar, precisa de velas para acender para Exu, Ogun e Oxossi para entrar e sair em segurança).


O Modo De Fazer A Oferenda De Ossain

Descasque e cozinhe todos os inhames. Depois de amolecerem, amasse-os bem (com as mãos ou pilão).

Não esqueça de lavar muito bem o alguidar com água e mel e forre com as folhas, também lavadas. Coloque a papa em cima, regando com azeite e adicionando uma boa porção de sal (não precisa exagerar na pitada).
Leve essa oferenda para a mata ou numa praça que tenha árvores. Não acenda velas de modo algum, esse orixá não suporta o fogo, que destrói suas folhas. Os pedidos que podem ser feitos para Ossaiyn estão relacionados à cura de doenças.

Não esqueça de saudar o Orixá com Oriki (reza) e seus cânticos e pedir licença ao entrar na mata.

 

 A Letra Escrita Em Yoruba Do Oriki: Oro


Agbénigi, òròmodìe abìdi sónsó
Esinsin abedo kínníkínni;
Osanyin a ri ibi ri ohun.
Bi Eledumare.
Alase Ewé. Osanyin!
Nibo ni Orunmilá nló ti ko mú Exu dani.
Nibo ni Orunmilá nló ti ko mú Osanyin dani.
Aroni elese kan xoxo.
Babá ni alaxé ewe fun Orunmilá ati gbogbo awon okanlenigba imalé.
Aképè nigbà òràn kò sunwòn
Elésè kan jù elésè méjì lo.
A niyi kaye bi Eledumare
Agba axé |Ogun ta gie-gie
Aroni elese kan ti o gba olokunrun kalé.
Bi Eni gbe omodé. Aro obi-oko lielie.
Ewe o, ewe o, ewe o! A npé o, wa jé wa ooo.
Omo awo ni nxé Oogun. Osanyin wa jé wá.

Tradução Para Português Do Oriki De OSSAIN: Reza


Agbenigi, o pintinho que possui cloaca pontuda, a mosca que possui fígado de tamanho ínfimo.
Ossaim, que vê aqui a acolá, como Eledumare.
O portador do axé das folhas.
Ossain. Para onde vai Orumilá, que não leve consigo Exú?
Para onde vai 
Orunmilá, que não leve consigo Ossain?
O aleijado, que possui uma única perna.
O pai, senhor do axé das folhas, perante Orunmilá e as duzentas e uma divindades.
Aquele que é chamado quando as coisas não vão bem.
Ele, que tem uma única perna, é melhor do que aquele que têm as duas.
É respeitado em toda parte, assim como Eledumare.
Com o axé da magia e da medicina, mostra-se com firmeza.
O aleijado, que possui uma única perna e que, ainda assim, salva o doente com a mesma facilidade com que alguém segura um recém-nascido.
O aleijado que possui pênis forte.
Para ele, todas as folhas tem finalidade mágica e medicinal.
Ó folha! Ó folha! Ó folha!
O chamamos no sul,



Ele responde no norte.
Ele, que é louvado e respeitado por toda parte.;
Estamos chamando por você. Venha nos atender.
É o filho do AWO que pratica medicina e magia.
Ossain, venha nos ouvir!

 

Um abraço.

Regina

domingo, 5 de julho de 2020

VODUM KPOSUN,KPÓ OU POSSUN

VODUM KPOSUN,KPÓ OU POSSUN


Vodun, Vodou, Conjure: The Animistic Arts Of The African Diaspora ...

Vodun Kposun pertence à familia de Heviosô e são chamados de Ji-Vodun (divindades que habitam o céu), mas também  está fortemente relacionado com os Ayi-Vodun (divindades que habitam a terra),que tem como Vodun principal os Voduns da familia de Sakpatá-Azansun,Vodun do panteão da Terra.

Este Vodun (kposun) traz a integridade da força encantada da origem do espirito do leopardo, motivo êste que o  levou a fazer parte dos filhos de Heviosô e tambem ter fortes ligações com os Sakpatas-Azansun, voduns este qualificados como filhos de Mawu/Lisa. Portanto kposun está ligado à Terra e tambem ao céu, que segundo algumas lendas é este Vodun que abre a passagem dos mortos junto com Avimadjé (vodun  do culto de Azansun) para que Ku (a morte) possa receber os espiritos dos mortos no firmamento.

Os principais cuidados na iniciação do Vodun Kposun é ter conhecimento do equilibrio entre essas duas forças de Heviosô e Sakpata, para que o adpeto que esteja sendo iniciado não venha a sofrer  interferência de Ku (a morte) Vodun  este que Kposun tem fortes ligações. Sendo assim o iniciando terá segurança de vida.

Vejamos tambem que Vodun Kposun teve sua origem nos principios quando surgiram os filhos de Mawu/Lisa,quando surgiu os Sakpata e Hevioso portanto  foi bem antes da origem de Agassu que já vimos nas histórias da dinastia dos homens leopardos que foi entre os anos de 1550 e 1575 onde nasceram os tres filhos do leopardo no Clã Real.

Agassu é da linhagem da Dinastia dos homens leopardos e está incluso no culto dos HENU-VODUN,que é um dos cultos praticados em homenagem aos Voduns Reais,(ou seja os espiritos dos Reis que fundaram estas Dinastias),no qual podemos constatar pelas datas fornecidas acima,dando a entender que não são filhos de Mawu/Lisa, porem são considerados Voduns no qual o povo Fon lhe presta muita honra e respeito a todos os antepassados dos Clãs Reais.

A tradução de Kposun tambem é Homem Leopardo. O culto de Kposun é somente realizado no Brasil pela nação Jeje Mahi, é um Vodun de caracteristicas próprias e sendo impossibilitado de ser cultuado pelas demais tradições afro-descendentes. No Brasil Kposun tem alguns Vodunsi inciados dentre eles a finada Doné Aide de Kposun que foi inciada pelo saudoso Doté Antonio Pinto da Silva, conhecido por muitos pelo nome carinhoso  de Tata Fomutinho,do Kwe Ceja Hounde de Cachoeira, BA.


Um abraço

Regina

 


YEMONJÁ - HISTÓRIA

YEMONJÁ

 

É uma belíssima ninfa negra de grandes e belos seios desnudos e volumosos, aparece sempre com uma longa vestimenta da cintura para baixo, na cor azul, com um adorno em forma de coroa, chamado Akoro, mais conhecida com Adé, na cor prateada, tendo nos braços braceletes de prata e Idès. Em suas mãos um leque de prata em forma de peixe, chamado Abebè e uma espada chamada de Kupanga Omyi Benbe ou Lida, demonstrando assim, as riquezas encontradas nas águas profundas do leito do rio.

Yemonjá aparece como a esposa principal de Oxalá, é a mais jovem e preferida. Seu culto é realizado em Abéòkutá, onde encontramos seu principal templo. É divindade das águas doces e salgadas ao mesmo tempo e, em particular, é a Deusa do Rio Ogún.

Ela é considerada Mãe de: Ogún, Xangô, Oba, Oxossi e de Oxún – nascida de um caso ilícito que teve com Ifá.

Yemonjá é festejada junto com Oxún no Ipétè de Oxún.  Yemonjá é Mãe da água – Odo Iya – e também dos peixes que representam a fecundidade. As doenças em que suas filhas são punidas, por motivos de desobediência são os distúrbios menstruais, esterilidade, baixo ventre, problemas causados por umidade excessiva. A fertilidade é controlada, nas mulheres, por Yemonjá.

Ela é uma rainha majestosa, importante e bela. Representa um tipo de mulher robusta, alta, forte, sensual e fecunda.

Seu nome deriva de Yèyé omo ejá ("Mãe cujos filhos são peixes"), é o orixá dos Egbá, uma nação iorubá estabelecida outrora na região entre Ifé e Ibadan, onde existe ainda o rio Yemonjá... As guerras entre as nações Yorubás levaram os Egbá a emigrar na direção oeste, para Abeokutá, no início do século XIX.

Evidentemente, não lhes foi possível levar o rio, mas, em contrapartida, transportaram consigo os objetos sagrados e os suportes do àse da divindade O rio Ògùn que atravessa a região, tornou-se, a partir de então, a nova morada de Yemonjá. Este rio Ògùn não deve, entretanto, ser confundido com Ògún, o deus do ferro e dos ferreiros, contrariamente à opinião de numerosos que escreveram sobre o assunto no fim do século passado.

O principal templo de Yemonjá está localizado em Ibará, um bairro de Abeokutá. Os fiéis desta divindade vão todos os anos buscar a água sagrada para lavar os axés, não no rio Ògùn, mas numa fonte de um dos seus afluentes, o rio Lakaxa. Essa água é recolhida em jarras, transportada numa procissão seguida por pessoas que carregam esculturas de madeira (ère) e um conjunto de tambores. O cortejo na volta vai saudar as pessoas importantes do bairro, começando por Olúbàrà, o rei de Ibará.

Yemonjá seria a filha de Olokun, Deus em Benin, ou deusa, em Ifé, do mar. Numa das histórias ela aparece casada pela primeira vez com Orunmilá, o Senhor das Adivinhações, depois com Olofin, o Rei de Ifé. Com este último teve dez filhos, cujos nomes enigmáticos parecem corresponder a outros tantos Orixás.

Deusa das águas, mares e oceanos, esposa de Oxalá e mãe de todos os Orixás, é a manifestação da procriação, da restauração, das emoções e símbolo da fecundidade. Yemonjá: Ye-Omo-Yá_mãe de todos os peixes, que são seus filhos e estão contidos em suas estranhas de água. Está associada ao poder genitor, a interioridade, aos filhos contidos em si mesma. Seu adedé (leque) simboliza a cabeça mestra. Ela é muito bonita, vaidosa e dança com o obebé (espelhinho) e pulseiras. Em alguns mitos ela é considerada como sendo mulher de Oranyan, descendente de Odùdùwa, fundador místico de Oyo, de quem ela concebeu Sàngó (o Orixá patrono do trovão e ancestral divino da dinastia dos Alafins, reis de Oyo). Desta forma ela se vincula ao fogo, o fogo aparece como uma interação de água e ar.

Na Nigéria ela é patrona da sociedade Geledes, sociedade feminina ligada ao culto das Yamis, as feiticeiras.

No Rio de Janeiro, Santos e Porto Alegre, o culto a Yemonjá é muito intenso durante a última noite do ano, quando centenas de milhares de adeptos vão, cerca de meia noite, acender velas ao longo das praias e jogar flores e presente no mar.

No Novo Mundo, Yemonjá é uma divindade muito popular principalmente no Brasil e em Cuba. Seu axé é assentado sobre pedras marinhas e conchas, guardadas numa porcelana azul.

Conta uma das lendas que ela foi casada  pela primeira vez com Orunmilá, senhor das adivinhações, depois com Olofin, rei de Ifé, cansada de sua permanência em Ifé, fugiu em direção ao oeste. Outrora, Olokun lhe havia dado, por medida de precaução, uma garrafa contendo um preparo, pois não se sabia o que poderia acontecer amanhã, com a recomendação de quebrá-lo no chão em caso de extremo perigo. E assim Yemonjá foi instalar-se no entardecer da terra oeste. Olofin, Rei de Ifé, lançou seu exército à procura de sua mulher. Cercada, Yemonjá ao invés de se deixar prender e ser conduzida de volta a Ifé, quebrou a garrafa, segundo as instruções recebidas. O criou-se o rio na mesma hora levando-a para Okun (o oceano), lugar de residência de Olokun, seu pai.

Yemonjá seria a filha de Olokun, Deus em Benin, ou deusa, em Ifé, do mar. Numa das histórias ela aparece casada pela primeira vez com Orunmilá, o Senhor das Adivinhações, depois com Olofin, o Rei de Ifé. Com este último teve dez filhos, cujos nomes enigmáticos parecem corresponder a outros tantos Orixás.

Deusa das águas, mares e oceanos, esposa de Oxalá e mãe de todos os Orixás, é a manifestação da procriação, da restauração, das emoções e símbolo da fecundidade. Yemonjá: Ye-Omo-Yá_mãe de todos os peixes, que são seus filhos e estão contidos em suas entranhas de água. Está associada ao poder genitor, a interioridade, aos filhos contidos em si mesma. Seu adedé (leque) simboliza a cabeça mestra. Ela é muito bonita, vaidosa e dança com o obebé (espelhinho) e pulseiras. Em alguns mitos ela é considerada como sendo mulher de Oranyan, descendente de Odùdùwa, fundador místico de Oyo, de quem ela concebeu Sàngó (o Orixá patrono do trovão e ancestral divino da dinastia dos Alafins, reis de Oyo). Desta forma ela se vincula ao fogo, o fogo aparece como uma interação de água e ar.

Na Nigéria ela é patrona da sociedade Geledes, sociedade feminina ligada ao culto das Yamis, as feiticeiras.

No Rio de Janeiro, Santos e Porto Alegre, o culto a Yemonjá é muito intenso durante a última noite do ano, quando centenas de milhares de adeptos vão, cerca de meia noite, acender velas ao longo das praias e jogar flores e presente no mar.

No Novo Mundo, Yemonjá é uma divindade muito popular principalmente no Brasil e em Cuba. Seu axé é assentado sobre pedras marinhas e conchas, guardadas numa porcelana azul.

Conta uma das lendas que ela foi casada  pela primeira vez com Orunmilá, senhor das adivinhações, depois com Olofin, rei de Ifé, cansada de sua permanência em Ifé, fugiu em direção ao oeste. Outrora, Olokun lhe havia dado, por medida de precaução, uma garrafa contendo um preparo, pois não se sabia o que poderia acontecer amanhã, com a recomendação de quebrá-lo no chão em caso de extremo perigo. E assim Yemonjá foi instalar-se no entardecer da terra oeste. Olofin, Rei de Ifé, lançou seu exército à procura de sua mulher. Cercada, Yemonjá ao invés de se deixar prender e ser conduzida de volta a Ifé, quebrou a garrafa, segundo as instruções recebidas. O criou-se o rio na mesma hora levando-a para Okun (o oceano), lugar de residência de Olokun, seu pai.

Para Yemonjá, Olodumare destinou os cuidados da casa de Osalá, assim como a criação dos filhos e de todos os afazeres domésticos.
Yemonjá trabalhava e reclamava de sua condição de menos favorecida, afinal, todos os outros deuses recebiam oferendas e homenagens e ela, vivia como escrava.

         Durante muito tempo Yemonjá reclamou dessa condição e tanto falou, nos ouvidos de Osalá, que este enlouqueceu. O ori (cabeça) de Osalá não suportou a reclamação de Yemonjá.

Osalá ficou enfermo, Yemonjá deu-se conta do mal que fizera ao marido e, em poucos dias, utilizando-se de ori (banha vegetal), de omi-tutu (água fresca), de obi (fruta conhecida como nóz-de-cola), eyelé-funfun (pombos brancos) e esò (frutas) deliciosas e doces, curou Osalá.
         Osalá agradecido foi a Olodumare pedir para que deixasse a Yemonjá o poder de cuidar de todas as cabeças. Desde então ela recebe oferendas e é homenageada quando se faz o bori (ritual propiciatório à cabeça) e demais ritos à cabeça.

... Yemonja se apaixona

         Orunmilá que tinha os segredos da noite precisava ser detido com seus feitiços desenfreados. Era um dos homens mais bonitos e encantadores, tinha todas as mulheres, mas não queria nenhuma e não amava nenhuma. Osalá queria tirar a maldade e os segredos de Orunmilá mas só havia um jeito de conseguir tal feito pedindo a mulher mais bonita que o encantasse e tirasse todos os segredos dele.

         Então o povo Orisá duvidou e Osalá chamou Yemonja, que não tinha filhos, família e nenhuma, para seduzi-lo e conhecer os seus segredos.

          Osalá fez com ela um trato no qual ela só teria essas intenções e que depois voltaria para reinar ao lado dele novamente.  Yemonja foi e com o tempo eles se apaixonaram.

Yemonja e Orunmilá já não conseguiam viver longe um do outro. Ela conseguiu tirar todos os segredos e feitiços dele e eles tiveram muitos filhos Orisás.

 

QUALIDADES

 

YEYEMOWO – Fundamento com Obatalá, usa ade de pérola, veste-se azul e amarelo, verdadeira dona do Ori, qualidade em extinção. Solteirona e impositiva. Só pode ter uma na casa (iniciada).

Iemowô, na África, é a mulher de Oxalá. 

YAMASEMALE – Divindade independente, come inhames. A maternidade está relacionada a Yemonjá, embora a gravidez e o parto sejam mais junto com Oxún. Não é feita na cabeça de ninguém, apenas assenta-se e faz-se uma Iyàsesu.

Na África, Yamassê é mãe de Xangô;

 OLOSSÀ – Em extinção. É a quinta, come com Oxun e Nana. Veste verde claro e suas contas são branco cristal, come carneiro castrado na hora do sacrifício.

Olossá, a lagoa africana na qual deságuam os rios.

OGUNITA – Casada com Ogún Alakibebè, mãe de Ogún Akoro, come carneiro e todos os bichos machos, castrados na hora do sacrifício, come com Ogún seu filho nos campos e caminhos. Veste-se de azul marinho e branco cristal ou verde e branco.

Vive perto das praias, no encontro das águas com as pedras. Traz na cintura um facão e todas as ferramentas que Ogún usa, penduradas em suas vestes. Sua maior quizila é a pata.

Na África, Yemonjá Ogunté é casada com Ogum Alagbedé.

YEMONJÁ OGUNTÉ

É o orixá do rio Ogum, que corre por Oyó e Abeokuta, vem do território de Nupe, perto de Bida; também se diz que vem de Tapa, e associada com Abeokuta e Ibadán e de Shaki.

Mãe da vida, e considerada como mãe de todos os orixás.

É dona das águas e representa o mar, fonte fundamental da vida. Por isso se diz que "o santo nasce do mar".

Foi mulher de Babalú Ayé, de Aggayú, de Orula y de Ogum.

Ogunté – Veste-se de azul-claro e branco ou verde claro e branco, e vive nos arrecifes próximos da praia. É uma guerreira terrível que carrega, preso à cintura, um facão e outras armas de ferro confeccionadas por Ogun Alagbedé, seu marido.

É indomável, mas justiceira.

Vive com Ogun em campanhas de guerra. Dizem que é rancorosa, severa e violenta, que não aceita pato em seus sacrifícios e adora carneiro. Gosta de  comer galo na companhia de Ogun. Fala-se também, que Ogunté gosta que seus animais sejam castrados na hora do sacrifício.

Seu nome completo é "Yemonjá Ogunté Ogunmasomi" e, entre os ararás é conhecida como Akadume.

Está sincretizada com Nossa Senhora das Neves e gosta que seus adimús sejam regados com muito mel.

Seu nome não deve ser pronunciado por quem tenha ela assentada, sem antes tocar a terra com os dedos e leva-los aos lábios.

Uns dizem que vem da terra de Oyo; e outros, de Mina (versão de Cuba).


"Yemonjá Okuté u Okuti"  - Lá do azul celeste, esta nos arrecifes da costa.

"Porteira de Olokun". O mesmo se acha no mar, no rio, no lago, e no mato.

Geralmente por ser do monte se assenta em pedra de ametista e não em pedra do mar.

"Esta Yemonjá trabalha muito". E uma amazona terrível. O rato  pertence a ela. Como envia mensagens a seus homens e pode trasformar-se em rato pra os visitar, ela teme o cachorro.

E de caráter violento,   muito severa e não perdoa.

Vive dentro no mato virgem. E feiticeira,   experta em preparar afoxé. (pós mágicos, que se preparam com seivas de animais, usados para o bem e para o mal).

Gosta de dançar com um majá enroscado nos braços. Não gosta do pato e sim do carneiro.

São seus os corais e madrepérolas.

FLORES: Flor da água, violeta,   rosas brancas.

PERFUME: Verbena.

ANIMAIS: Carneiro, galo, pomba, galinha de Angola, tartaruga,   galinha.

Yemonjá Ogunté não come pato.

SAUDAÇÃO:   Seus filhos apóiam o corpo no chão do meio lado,  sobre o braço do lado esquerdo e direito, e saúdam-na assim: Omí o Yemayá, Omí Lateo, Omí Yalodde.

 ASAABA ou SOBÀ – É a sexta, é velha, manca da perna esquerda devido a uma luta com Exu, muito rabugenta e traiçoeira, fala de costas, fia as roupas de Oxalá e comanda as camadas profundas do mar. Foi casada com Orumilà Ifà e usa uma corrente de prata no tornozelo, come a pata e tem pavor de carneiro, come junto com Omolú, Oxún Karê e Oxalá.

Na África, ela é manca e está sempre fiando algodão.

AKURÁ – É a oitava. Vive nas espumas do mar, aparece vestida com lodo do mar e coberta de algas marinhas. Muito rica e pouco vaidosa. Adora carneiro, come com Nana, veste o verde água e contas iguais.

AYIO – É a nona. Muito velha e veste sete anáguas para proteger-se. Vive no mar e descansa na lagoa. Come com Oxún e Nana.

 

IYASAGBA – Velha, traiçoeira e rabugenta. Seu fio de cristal é verde claro. Fundamento com Xangô. Esta qualidade passeia sobre as ondas e mora nas profundezas dos oceanos.

 

IYASESU – É a sétima, jovem, é a mensageira de Olóòkun, o deus do mar. Vive nas águas sujas do mar e é muito esquecida e lenta. Come com Obaluaê e Ogún, veste verde água e suas contas são branco cristal. Come pata e carneiro castro na hora do sacrifício. Altiva e destemida.

Na África ela é muito voluntariosa e respeitável; mensageira de olokun.

 ATARAMAGBA – Jovem, próxima a Oxún, sua cor é azul turquesa, na obrigação de sete anos come porca.

YAWODO – Iyaomiodo – Deusa do Rio Ógun, é jovem.

 OLOKUN – Não tem culto específico.

 LAPAROGUN – Jovem, se veste de amarelo, branco e azul. Está ligada a Logun. Come junto com Oxún na cachoeira.

 IYAOMIKALE – Veste-se de amarelo e azul. Come junto com Oxun na cachoeira. Usa um argolão de metal do Orixá.

Vive perto das praias, no encontro das águas com as pedras. Traz na cintura um facão e todas as ferramentas que Ogún usa, penduradas em suas vestes. Sua maior quizila é a pata.

 

DETALHES DE YEMONJÁ:

Cores – branco, azul, verde-claro – azul-turquesa, rosa-claro (Iyaomiodo).

Comida – acaçá, egbo, obi, arroz, inhame, orogbo, peixes.

Dia da semana – Sábado

Data – 02 de fevereiro no Rio Vermelho – Bahia

Folhas – erva passarinho, canela de macaco, capeba, betis cheiroso, mutamba, iroko, saião, erva de bicho, colônia, condessa, graviola, erva santa luzia, lágrima de nossa senhora, pata de vaca, macassá, umbaúba, papo de peru.

O cristal representa seu poder genitor e sua interioridade.

Ileké – branco (cristal), verde-claro, azul-claro

Metal – prata, estanho, platina, ouro branco, brilhante, latão branco

Partes do corpo – cabeça

Símbolo – espada (para as guerreiras), abebe

Sacerdote – Omo Yemonjá

Toque – Barvun, Ijexá


OFÓ FÚN BIBO ORÍ

 Òrúnmìlá ní odi edún,

Mo ní odi èdún.

Òrúnmìlá ní odi èdùn okán,

Mo ní odi èdùn okàn.

Oní tí egbé eni nbá lówó, tá àbá lòwò, ò ní orí eni l’àá képè.

Oní tí egbé eni bá à nse,

Óhun rere táàbá rí ohún rere se, ò ní orí eni l’àá.

Orí mì, wá se lé gbè léhin mi.

Igba, igba, ní orògbò nso lóko

Igba, ní obì nso lóko,

Igba, igba, ní ataare nso lóko,

Igba, ajé kó wole tó mi wá,

Oògun, aísàn, ejó, wàhálà,

Ikú, àíríjé, àìrímu kó pòórá.

Tí efun bá wo inú osún ápòórá.

Kí gbogbo wàhálá mi pòórá.

Àwíse ní ti Ifá, àfòsé ní ti Òrúnmìlà.

Àbá tí Alágemo bádá ni Òrisá òkè ngbà.

Kon kon ní ewé inón njó.

Wárá, wárá, ní omodé nbo oko Èsìsí.

Ilé ogbá ònòn ò gbá ní ti àrágbá.

Gbogbo ohun tí mo so yìí,

Kí arò kó ró mò.

Àse, Àse, Àse!

 

TRADUÇÃO

ENCANTAMENTO PARA PROPICIAR A CABEÇA.

Orunmilá que fortifica os tristes,

Fortifique a mim, que estou triste.

Orunmilá que consola o coração triste,

Console meu coração que está triste.

Senhor da comunidade, aquele que é honrado e respeitado, é a cabeça de alguém cansado que implora a tua ajuda.

Senhor da comunidade fica comigo,

Que as coisas boas me encontrem e que obtenhamos coisas boas. É a cabeça de alguém cansado que implora a tua ajuda.

Minha cabeça venha defender a casa e minha retaguarda.

Que de duzentos em duzentos o orogbo cresça na floresta.

Que aos duzentos o obi cresça na floresta.

Que de duzentos em duzentos o ataré cresça na fazenda.

Que aos duzentos, a força do dinheiro entre em minha casa.

Que os feitiços, as doenças, as confusões, as aflições,

A morte, a fome e a sede não tenham lugar na minha vida.

Quando o efun entra no osun este desaparece.

Que todas as minhas aflições desapareçam.

Que a palavra de Ifá e a de Orunmilá se realizem, como uma canção.

E ao encontrarem Alaguemo, se realizem desde o alto, através dos Orixás.

A folha do fogo queima rapidamente (que minhas súplicas sejam assim realizadas)

Que haja leite com fartura para as crianças, como na fazenda de Esisi.

Que minha casa, meus caminhos e meus conhecidos se tornem grandes.

Que todos os meus pedidos desabrochem e transforme-se em realidade,

Para que, ao nascer o dia eu encontre a felicidade.

Axé, Axé, Axé!

 

ORIKI DE YEMANJÁ

Woyo, awoyo jé ile jé odo

Yemonjá a so igbo oju omam

Arubo Olokun

Feré obimrin oji fon ni taraobá

 

TRADUÇÃO

Come Yemonjá, em casa e na beira do rio,

Yemonjá que faz o mato virar milho,

Velha dona do mar

Flauta de mulher que ao amanhecer soa na corte do rei.

 

ORIKI DE YEMANJA USADO NA SANTERIA CUBANA

 

Iwo kam aiyagbá Orisá, yuló yanfé nitori gbogbo naa Orisá,

Bawo ri dagba Olodumare na agbara iwo kilodo olugba ni gbobo oni laiye iwo.

Iyami dudu dara naa Iyagba kimi yokotá nilekun,

Iyá tisó niabuku kpelu naa meje,

Aso wiwoo omo lokun gbogbo omó Orisá,

Babalorisa ati Iyalorisa nibinle durode iwo ati kunle ni lese ati fenukune,

Gbogbo awaomó iwo feri yo ati funukeji,

Jikan naa jubelo daradara, ni gbogbo naa ariyayo Orisá oni balo

Nitori omi korin, dukpe Yemonjá

 

TRADUÇÃO

Oh, Santa Rainha e mãe querida de todos os Orixás, A quem Olodumare confiou todas as águas do mundo Minha mãe, Rainha Negra e Linda que tem assento e trono sobre os mares.

Mãe que, com suas sete saias – as águas dos sete mares –

Protege a todos os filhos de Orixás, babalorixás e ialorixás aqui em nossa casa.

Todos nós, teus filhos, ajoelhamos e beijamos o chão onde pisas, 

 Na esperança de te vermos bailar a mais linda dança da festa dos Orixás.

Permita, então, que cantemos para ti, em sinal de agradecimento por tudo o que nos tem dado.

Axé.


Um abraço

Regina