Isso acontece!
Tais operações só atingem a causa mórbida no tecido etérico do perispírito; porém, depois de algum tempo, começam a desaparecer o seus efeitos mórbidos na carne, pelo mesmo fenômeno de repercussão vibratória.
Neste caso, como os enfermos operados ignoram o que lhes aconteceu durante o sono ou mesmo em momento de vigília e repouso, surgem dúvidas quanto a essa possibilidade.
A transferência reflexa das reações produzidas por essas operações processa-se muito lentamente, levando semanas ou até meses, para se manifestarem seus efeitos benéficos no organismo.
TODA A CURA SE DÁ PELA AÇÃO FLUÍDICA
Toda a cura se dá pela ação fluídica, visto que os espíritos agem através dos fluidos e tanto o perispírito como o corpo físico são de natureza fluídica (embora em diferentes estados) e há relação entre eles.
O agente da cura pode ser um encarnado ou um desencarnado. Nela podem ser utilizados ou não passes, água fluidificada e outros processos, como a intervenção no perispírito ou no corpo.
Na cura realizada diretamente no corpo físico, a alteração orgânica no corpo físico é de imediato visível ou passível de constatação pelos sentidos físicos ou aparelhamento material.
Na ação fluídica sobre o perispírito, a cura virá a ser avaliada depois, pelos efeitos posteriores no corpo físico.
PORQUE UMA PESSOA SE CURA E OUTRA NÃO
A cura se processa segundo a nossa fé, merecimento ou necessidade.
Já sabemos que a maior parte das moléstias de fundo grave e permanente não podem ser curadas,
porque representam resgates cármicos em desenvolvimento, salvo quando há permissão do Alto para fazê-lo, mas em todos os casos há benefícios para o doente porque, no mínimo, se conseguirá uma atenuação do sofrimento.
A doutrina espírita não prega o conformismo, portanto, é lícito que busquemos a cura, mas não podemos exigi-la, porque dependerá da atração e fixação dos fluidos curadores por quem deve recebê-los.
É evidente que teremos que lutar contra todas as aflições, mas jamais de forma milagrosa.
Quando uma pessoa tem merecimento, ou sua existência precisa continuar, ou as tarefas a seu cargo exigem boa saúde, a cura poderá ocorrer em qualquer tempo e lugar e, até mesmo, sem intermediários (aparentemente, porque ajuda espiritual sempre terá havido).
Mas, às vezes, o bem do doente está em continuar sofrendo aquela dor ou limitação que o reajusta e equilibra espiritualmente;
“Se, porém, mau grado aos nossos esforços, não o conseguirmos” (a cura), devemos “suportar com resignação os nossos passageiros males”.
“Lembremo-nos de que lesões e chagas, frustrações e defeitos em nossa forma externa são remédios da alma que nós mesmos pedimos à farmácia de Deus (Emmanuel, em Seara dos Médiuns”, cap. Oração e Cura).
A CURA REAL
São raras as pessoas que cogitam sobre a cura real.
A maioria das pessoas inquietas pede alívio, apressadamente, como se a consolação real fosse obra de improviso, a impor-se de fora para dentro.
Em todo o tipo de cura deve existir a nossa participação, de forma vivencial, eliminando as causas que deram origem aos sofrimentos.
Como regenerar a saúde se perdes longas horas na posição da cólera ou do desânimo?
As vezes os males são reversíveis, cessam e retornam porque idêntica condição apresentamos, isto é, tornamos a cair nas mesmas tentações que tínhamos superados e desastradamente repetimos a queda.
A CURA DEFINITIVA
A cura só se dará em caráter duradouro se corrigirmos nossas atuais condições materiais e espirituais. A verdadeira saúde e equilíbrio e a paz que em espírito soubermos manter onde, quando, como e com quem estivermos.
Empenhemo-nos em curar males físicos, se possível. Mas lembremos que o Espiritismo “cura sobretudo as moléstias morais”.
TODOS NÓS PODEMOS CURAR
É muito comum a faculdade de curar pela influência fluídica e pode desenvolver-se por meio do exercício.
Todos nós (que estivermos saudáveis e equilibrados) podemos beneficiar fluidicamente aos enfermos com passes, irradiações, água fluidificada e, aprendendo e exercitando, desenvolvemos nosso potencial de ação sobre os fluidos.
O poder curativo estará na razão direta:
1. da pureza dos fluidos produzidos (qualidades morais, pureza de intenções, etc.);
2. da energia da vontade (o desejo ardente de ajudar provoca maior força de penetração);
3. ação do pensamento (para dirigir os fluidos na sua aplicação).
No Evangelho há numerosos relatos em que Jesus ou seus seguidores curam por ação fluídica e Allan Kardec examina algum deles em “A Gênese”, cap. XV.
A mediunidade de cura, propriamente dita, é mais rara, é espontânea e se caracteriza “pela energia e instantaneidade da ação”.
O médium de cura age “pelo simples contato, pela imposição das mãos, pelo olhar, por um gesto, mesmo sem o concurso de qualquer medicamento”.
Em seguida a operação, eles erguem-se lépidos, e sem qualquer embaraço ou dores, manifestam-se surpreendidos pelo seu alívio inesperado e eliminação súbita de seus males.
OS ESPÍRITOS CIRURGIÕES SÃO AJUDADOS POR OUTROS ESPÍRITOS
O espírito quando opera incorporado no médium é sempre auxiliado por companheiros experimentados na mesma tarefa, os quais cooperam e o ajudam no controle da intervenção cirúrgica.
O diagnóstico, seguro e rápido, e que, antecipadamente, examinam as anomalias dos enfermos a serem operados.
Entidades experimentadas na ciência química transcendental preparam os fluidos anestesiantes e cicatrizantes; e depois os transferem do mundo oculto para o cenário físico, materializando-os na forma líquida ou gasosa, conforme seja necessário.
AS OPERAÇÕES CIRÚRGICAS FEITAS A DISTÂNCIA POR IRRADIAÇÃO
As operações cirúrgicas realizadas a distância através dos médicos espirituais podem ser realizadas diretamente no corpo físico ou somente no perispírito.
Embora o êxito das operações mediúnicas dependa especialmente do ectoplasma específico para cura, a ser fornecido por um médium de cura e controlado pelos espíritos de médicos desencarnados, há circunstâncias em que, devido ao teor sadio dos próprios fluídos do enfermo, as operações, mesmo as processadas somente no perispírito, produzem resultados miraculosos no corpo físico.
O processo de “refluidificação” com o aproveitamento dos fluidos do próprio doente, lembra algo do
recurso de cura adotado na hemoterapia praticada pela medicina terrena em que o médico incentiva o energismo do enfermo debilitado, extraindo-lhe algum sangue e, em seguida, injetando no mesmo;
processo que acelera a dinâmica do sistema circulatório.
No entanto, quer se trate de operações mediúnicas feitas diretamente na carne do paciente ou mediante fluidos irradiados a distância, o sucesso operatório exige sempre a interferência de espíritos desencarnados, técnicos e operadores que submetem os fluidos irradiados pelos "vivos", a avançado processo de química transcendental nos laboratórios do “lado espiritual”.
DIFICULDADES ENCONTRADAS PELOS ESPÍRITOS TERAPEUTAS
Durante o tratamento fluídico operado à distância, a cura depende muitíssimo das condições psíquicas em que forem encontrados os enfermos durante a recepção dos fluidos.
Os espíritos terapeutas enfrentam sérias dificuldades no serviço de socorro aos pacientes cujos nomes estão inscritos nas listas dos Centros espíritas.
O ENFERMO DEVE SE PREPARAR PARA RECEBER A CURA
Além das dificuldades técnicas resultantes de certo desequilíbrio mental do ambiente onde eles atuam, outro empecilhos os aguardam em virtude do estado psíquico dos próprios doentes.
- Às vezes, o enfermo tem a mente saturada de fluidos sombrios devidos a conversações maledicentes de intrigas, calúnias e fofocas;
- outro, ei-lo em excitação nervosa devida a violenta discussão política ou desportiva; acolá, os espíritos terapeutas encontram o doente envolto na fumarada intoxicante do cigarro ou na bebericagem de um alcoólico.
- Outras vezes, os fluidos irradiados das sessões espíritas penetram nos lares enfermos, mas encontram o ambiente carregado de fluidos agressivos provenientes de discussões ocorridas entre os seus familiares.
É evidente que os desencarnados tem pouco êxito na sua tarefa abnegada de socorrer os enfermos quando estes vibram recalques de ódio, vingança, luxúria, cobiça ou quaisquer outros sentimentos negativos.
Eu sou testemunha de que isso é possível e acontece exatamente como está escrito aqui. Como somos imediatistas, muitas vezes desacreditamos quando o processo é lento mas se nos mantivermos firmes, com certeza a cura virá na medida em que tivermos fé.
Um abraço!
Regina
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