Os sete pecados capitais são quase tão
antigos quanto o cristianismo. Mas eles só foram
formalizados no século VI, quando o papa Gregório Magno, tomando por base as
Epístolas de São Paulo, definiu como sendo sete, os principais vícios de
conduta.
A lista só se tornou
“oficial” na Igreja Católica no século XIII com a Suma Teológica, documento
publicado pelo teólogo são Tomás de Aquino.
No documento, ele
explica o que os tais sete pecados têm que os outros não têm.
O termo “capital” deriva
do latim caput, que significa cabeça, líder ou chefe, o que quer
dizer que as sete infrações são as “líderes” de todas as outras.
1 - A GULA
Vem do latim de
mesmo nome, é o desejo insaciável de ingerir, em geral comida e bebida e também
comer e comer sem pensar nos outros não se satisfazendo com o que os outros
colocam em seu prato. Segundo tal visão, esse pecado também está relacionado ao
egoísmo humano: querer adquirir sempre mais e mais, não se contentando com o
que já tem, uma forma de cobiça. Ela seria controlada pelo uso da virtude da
temperança.
2 - A AVAREZA
Do latim “avaritia”,
a avareza é o apego excessivo e descontrolado pelos bens materiais e pelo
dinheiro. Na concepção católica, a avareza é considerada um dos sete pecados
capitais, pois o avarento prefere os bens materiais ao convívio com Deus. Neste
sentido, o pecado da avareza conduz à idolatria, que significa tratar algo, que
não é Deus, como se fosse um. É considerado o pecado mais tolo por se firmar em
possibilidades.
A avareza, no
cristianismo, é sinônimo de ganância, ou seja, é a vontade exagerada de possuir
qualquer coisa. Mais caracteristicamente é um desejo descontrolado, uma cobiça
de bens materiais e dinheiro, ganância. Existe também avareza por informação ou
por indivíduos, por exemplo.
3 - A LUXÚRIA
A luxúria (do latim
luxuriae) é o desejo passional e egoísta por todo o prazer corporal e material.
A luxúria, às vezes, é definida como o desejo perante o prazer sexual mal
administrado embora incorpore outros tipos de desejo como o da comida, bebida e
superioridade em relação aos demais. Por este entender, a luxúria está, assim,
também, bastante relacionada com a gula, a soberba e a avareza pois, através de
ambas, o pecador deseja adquirir o prazer. Também pode ser entendido em seu
sentido original: “deixar-se dominar pelas paixões”.
Consiste no apego
aos prazeres carnais, corrupção de costumes; sexualidade extrema e lascívia.
4 - A IRA
Conhecido também
por cólera, é o sentimento humano de externar raiva e ódio por alguma coisa ou
alguém. É o forte desejo de causar mal a outrem, e um dos grandes responsáveis
pela maior parte dos conflitos humanos no transcorrer das gerações.
5 - A INVEJA
A inveja (do latim
invidia) é o desejo exagerado por posses, status, habilidades e tudo que outra
pessoa tem e consegue. É considerada pecado porque uma pessoa invejosa ignora
suas próprias bênçãos e prioriza o status de outra pessoa no lugar do próprio
crescimento espiritual. O invejoso ignora tudo com que foi abençoado e possui
para cobiçar o que é do próximo.
A inveja é frequentemente
confundida com o pecado capital da Avareza, um desejo por riqueza material, a
qual pode ou não pertencer a outros. A inveja na forma de ciúme é proibida nos
Dez Mandamentos da Bíblia.
6 - A PREGUIÇA
Do latim “prigritia”.
A pessoa com este pecado capital é caracterizada pela Igreja Católica como
alguém que vive em estado de falta de capricho, de esmero, de empenho, em
negligência, desleixo, morosidade, lentidão e moleza, de causa orgânica ou
psíquica, que a leva à inatividade acentuada.
7 - O ORGULHO (SOBERBA)
O orgulho (do latim
superbia) é conhecida também como soberba. Está associado ao orgulho excessivo,
arrogância e vaidade.
Em paralelo,
segundo o teólogo Tomás de Aquino, a soberba era um pecado tão grandioso que
era fora de série, devendo ser tratado em separado do resto e merecendo uma
atenção especial. Aquino tratava em separado a questão da vaidade, como sendo
também um pecado, mas a Igreja Católica decidiu unir a vaidade à soberba,
acreditando que neles havia um mesmo componente de vanglória, devendo ser então
estudados e tratados conjuntamente.
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